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O papel da escola no aprimoramento dos usos sociais da escrita desde a educação infantil.

Por:   •  26/11/2015  •  Artigo  •  3.077 Palavras (13 Páginas)  •  558 Visualizações

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Tema: O papel da escola no aprimoramento dos usos sociais da escrita desde a educação infantil.

Delimitação do tema: Alfabetização: Uma  prática desafiadora

Objetivo Geral: Realizar um estudo, buscando identificar os possíveis desafios e dificuldades no processo de alfabetização adotados pelos professores na Educação Infantil, da Instituição de Ensino  CAIC – Navegantes – Santa Catarina

Objetivo Específico:

  • Identificar a metodologia utilizada pelos professores da Educação Infantil
  • Quantificar o número de alunos não alfabetizados e ou letrados
  • Implantar metodologias que possam contribuir para construção dos conhecimentos         

Justificativa: Nos dias atuais onde o aprimoramento da leitura e escrita é primordial para a inserção na sociedade, é notável e presente os desafios que as escolas públicas enfrentam, onde a alfabetização das crianças cuja classe social predominante popular destaca-se como uma questão educacional não resolvida por completo, representando uma questão social fundamental na sociedade letrada a qual se implica.

        Compreender que as dificuldades  apresentadas durante o processo de alfabetização fazem parte da construção do sujeito, e que são por vezes desafiadoras por parte dos educando, já que em sala de aula, deparam com uma turma heterogênea, de famílias diferenciadas é um grande desafio educacional.

        Para tanto, faz-se necessário que os educadores se apropriem de referenciais teóricos que possam contribuir para uma prática ampliada no processo de alfabetização, já que com tantas dificuldades, ainda hoje, percebe-se no cotidiano escolar, a leitura como desafio maior do que apenas soletrar a escrita e a escrita como a transcrição da fala.

        A fim de romper concepções de ensino aprendizagem, é necessário prescrutar o cotidiano das salas de aula à procura de pistas, indícios e sinais (GINBURG,  1991), que possam revelar o que muitas vezes permanece invisível aos olhos da escola: os processos e estratégias de leitura e escrita utilizadas por seus alunos e alunas, reveladores múltiplas e originais forma de buscar caminhos para aprender.

        Reconhecer as escolhas metodológicas utilizadas pelos professores da Instituição estudada, é o objetivo desse projeto, cuja finalidade é de saber identificar aonde se encontra o problema da compreensão da leitura e escrita, partindo do pressuposto teórico, para que ocorra uma mudança na práxis educadora que contemplem o ensino adotado pelos professores e da escola.

 

Referencial teórico:

O saber com a leitura e a escrita varia de acordo com a apropriação que as crianças têm em sua vida cotidiana, de vivenciar tais práticas, de acordo com o meio em que ela vive, as oportunidades que lhe são ofertadas, os espaços dos quais frequentam e se relacionam.

Conforme Porangaba (2012) “é necessário refletir a alfabetização tendo como base as teorias do pensamento construtivista e progressista através de Piaget, Vygotsky e Ferreiro, bem como, analisar fatores que interferem no processo de alfabetização”.

Pesquisas realizadas por Rego, 1988;  Carraher  ( 1984 apud REGO, 1988 ),  Carraher  &

Rego (1984 apud REGO, 1988) demonstrou, por exemplo, que crianças cujas famílias vivenciam muitas experiências com a leitura e a escrita, vendo familiares escrevendo, lendo e ouvindo histórias, chegam à escola com uma compreensão maior dos usos e funções sociais da língua escrita, quando comparado às crianças oriundas de famílias com poucas vivências de práticas de leitura e escrita.

          Conforme Soares (2008),

[…] o essencial é que as crianças estejam imersas em um contexto letrado – o que é uma outra designação para o que também se costuma chamar de ambiente alfabetizador – e que nesse contexto sejam aproveitadas, de maneira planejada e sistemática, todas as oportunidades para dar continuidade aos processos de alfabetização e letramento que elas já vinham vivenciando antes de chegar à instituição  de educação infantil” (Citado no Caderno Pedagógico de Alfabetização e Letramento p. 95-6)

Nesse sentido, acredita-se que a Educação Infantil pode colaborar para aprimorar as  habilidades de uso da linguagem escrita principalmente para aquelas que apresentam experiências de letramento insuficiente.

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998) orienta que a oralidade, a leitura e a escrita devem ser trabalhadas de forma integrada e complementar. O mesmo define que as práticas de leitura devem proporcionar a valorização da leitura como fonte de prazer e entretenimento.

De acordo com Martins Filho, A. e Martins Filho, L.J. (2012) “é preciso colocar as crianças em lugar de destaque no que diz respeito às metodologias de ensino, permitindo que sejam atores sociais pertencentes a grupos sociais, sendo produtores da história e da cultura” (Trecho retirado do prefácio do capítulo 4 intitulado Alfabetização e Prática Pedagógica do Caderno Pedagógico de Alfabetização e Letramento)

Observa-se ainda hoje nas instituições de Educação Infantil, a existência de práticas de leitura e escrita com objetivos de decorar sem uso social, ou seja, atividades de cópias, memorizações, padrões silábicos para alfabetização.

Para Ferreiro (1996) a leitura e escrita são sistemas construídos paulatinamente. As primeiras escritas feitas pelos educandos no inicio da aprendizagem devem ser consideradas como produções de grande valor, porque de alguma forma os seus esforços foram colocados nos papéis para representar algo.

Faz-se necessário uma reflexão sobre a prática dos educadores, enquanto profissionais na Educação Infantil, apropriando de novos conhecimentos, artefatos culturais, buscando subsídios para a execução de seu trabalho educacional-pedagógico, garantindo a introdução adequada da criança numa sociedade que lê e escreve.

De acordo com Ferreiro, 2007

Mas os professores acham difícil ensinar recorrendo a essa magia desafiadora. Têm a sensação de “perder tempo” quando lêem em voz alta. Preferem fichas de pré-escrita ou de pré-grafismo, rituais de “ma-me-mi-mo-um”,a cópia de letras, sílabas ou palavras e de frases sem sentido. E continuam a fazê-lo como se fazia a séculos atrás, embora, nos tempos da Internet, do correio eletrônico e da digitalização de documentos seja necessários outros saberes para se ter acesso à cultura escrita. (FERREIRO, 2007, p. 65)

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