O CICLO CIRCADIANO E O USO TERAPÊUTICO DA MELATONINA NOS DISTÚRBIOS DO SONO
Por: Laura Pinheiro • 29/8/2018 • Artigo • 585 Palavras (3 Páginas) • 329 Visualizações
O CICLO CIRCADIANO E O USO TERAPÊUTICO DA
MELATONINA NOS DISTÚRBIOS DO SONO
Anna Karoline Marques da Silva
Laurecina Aparecida Pinheiro Candido1
Andressa Damacena Lima Santos1
Everlyn Ferreira da Silva1
Jeferson de Oliveira Salvi
Palavras chave: Ritmo circadiano; transtorno do sono; tratamento hormonal.
INTRODUÇÃO: As perturbações do sono estão cada vez mais frequentes na sociedade, como consequência dos diversos estilos de vida, influenciados por fatores distintos, essa condição patológica proporciona desalinho mental que impacta na saúde física. A melatonina (Mel) é um hormônio relacionado à regulação do ciclo circadiano, que é definido como o ritmo que regula as atividades biológicas cíclicas em um período de 24 horas. Esse ritmo é controlado pelo sistema nervoso central e sofre a influência de fatores ambientais e sociais. OBJETIVOS: O presente estudo teve por objetivo discutir os aspectos farmacológicos atribuídos a melatonina, bem como a efetividade farmacológica aplicada ao transtorno do sono. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão por meio da pesquisa de artigos científicos na biblioteca Scientific Eletronic Library Online(scielo), PubMed-NCBI e MedlinePlus. Utilizando as seguintes palavras-chave: Melatonina, tratamento hormonal, ciclo circadiano, nos idiomas português e inglês, considerando os artigos dos últimos 5 anos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A primeira abordagem terapêutica no transtorno do sono devem combinar medidas não farmacológicas e medidas farmacológicas. Os nãos farmacológicos incluem o cumprimento das regras de higiene do sono. No tratamento farmacológico, recorre-se ao uso de fármacos com efeito ansiolítico e hipnótico que possibilitam regularizar o sono. A N-acetil-5-metoxitriptamina, conhecida como melatonina, é uma pequena molécula lipofílica produzida no sistema nervoso central, secretada pela glândula pineal. Seus níveis encontram-se aumentados no período escuro do dia, modula o sono, atua na redução da temperatura do corpo e na regulação do ciclo circadiano. Sua molécula é altamente conservada ao longo da cadeia evolutiva e possui variados efeitos endócrinos e parácrinos. Ela atua por meio de receptores próprios (MT1, MT2 e MT3) e seu alto coeficiente de partição óleo-água permite que se difunda com facilidade nas células, onde exerce funções antioxidantes, interage com receptores nucleares e impede a interação do complexo cálcio calmodulina com proteínas alvo. Seu uso foi avaliado como hipnótico em doses de 0.3 a 10 mg. Meta-análises de ensaios para o tratamento da insônia, com diversas doses e formas de libertação, mostrou um leve, porém significativo benefício na latência e no tempo total de sono. O seu efeito em particular, pode levar a um aumento da adenosina que por sua vez, desempenha um importante papel na regulação da homeostase do sono: Em consonância com esses pressupostos, um estudo elaborado por Comai & Gobbi (2014) mostra que o subtipo de receptor MT 2 desempenha um papel de mediador no envolvimento da melatonina com a regulação do sono. Ao contrário dos hipnóticos de uso corrente, a Mel
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