Os Aminoácidos
Por: SamaraHelena • 9/5/2018 • Trabalho acadêmico • 5.584 Palavras (23 Páginas) • 425 Visualizações
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Aminoácidos
- São monômeros que constituem um peptídeo ou uma proteína
- Todos os aminoácidos são constituídos de um carbono quiral ligado a um grupo amino, um grupo carboxi, um hidrogênio e uma cadeia lateral, que é a parte que difere um aminoácido de outro.
- O grupo carboxila ioniza-se em solução aquosa e liberando prótons, adquirindo carga negativa (forma protonada)
- O grupo amino ioniza-se em solução aquosa e recebendo prótons, adquirindo carga positiva (forma desprotonada)
- Um aminoácido se liga a outro através de ligações peptídicas:
- Ligações covalentes muito fortes/estáveis
- A ligação é com o grupo aminoterminal de um aminoácido com o grupo carboxiterminal de outro
- Ocorre através de uma reação de condensação com desidratação.
- Tem caráter parcial (50%) de dupla ligação graças a ressonância eletrônica – Elétrons oscilando entre o C e o N.
- Possuem dois possíveis estereoisomeros: Levógiro (L-aminoácidos) e dextrogiro (D- aminoácidos). Os L-aminoácidos são os únicos reconhecidos pelas enzimas do corpo humanos. Os D-aminoácidos só estão presentes em pequenos peptídeos e em algumas bactérias.
- Ponto isoelétrico: É o pH no qual a molécula de aminoácido apresenta carga líquida = 0. É a média do pK1 e pK2.
Classificação
- Quanto à carga elétrica: Varia com o pH
- Neutro: 1COOH e 1NH2
- Ácido: 2COOH e 1NH2
- Básico: 1COOH e 2NH2
- Quanto as propriedades do grupo R
- Apolares
- Podem ser alifáticos ou aromáticos (são hidrofóbicos e participam de ligações hidrofóbicas)
- O grupo R é hidrofóbico
- Não doam prótons
- Não participam de ligações de hidrogênio
- Tendem a agrupar-se nas proteínas estabilizando a estrutura
- Localizam-se geralmente no interior da proteína
- Polares
- Neutros (sem carga)
- Carga positiva (básicos)
- Carga negativa (ácidos)
- Solúveis em água
- Formam ligações de hidrogênio com a água
- Localizam-se geralmente na superfície da proteína
Observação: O grupo SH é um importante componente do sítio ativo muitas enzimas. Formam pontes dissulfídicas que estabilizam a estrutura de muitas proteínas. Formam ligação covalentes entre partes da proteína ou entre duas cadeias proteicas.
- Quando a síntese
- Essenciais: Necessidade de ingestão
- Não essenciais: Produzidas pelo organismo
Peptídeos e Proteínas
- Os aminoácidos formam os peptídeos e proteínas através das ligações peptídicas
- Peptídeos são moléculas que “não cresceram muito” para ser proteína.
- Oligopeptídeos: Oligo = poucos.
- Polipeptídeos: Poli = muitos.
- Mais de 100 aminoácidos ligados: Proteína.
- Os peptídeos também são ionizáveis. Os grupos R são os responsáveis pela ionização
- Apesar de serem pequenos (poucos aminoácidos ligantes), os peptídeos são biologicamente ativos. Possuem função de formar proteínas, são neurotransmissores, fazem transporte e são percussores de cetoácidos, aminas biogênicas, glicose, nucleotídeos, heme e creatina.
- Os aminoácidos tendem a formar proteínas pela diminuição da entropia do sistema (melhor rearranjo).
- Cada aminoácido de uma proteína é chamado de RESÍDUO.
- Os aminoácidos expressam a informação genética, com função específica.
- Funções das proteínas: Estrutural, transporte, enzimática, contrátil, mensagens celulares, construção celular, defesa e sistema nervoso (receptores e canais iônicos)
Estrutura das proteínas
- Primária
- É simplesmente a sequência de aminoácidos (um aminoácido ligado a outro) – Isso é determinado geneticamente.
- Determina a estrutura espacial da proteína e os tipos de interações que serão possíveis entre as cadeiras laterais dos aminoácidos
- Secundária
- É o arranjo espacial bidimensional
- Pode ter dois tipos de estruturas estáveis: Alfa - hélice e conformações Beta
Alfa – Hélice
- Formação de pontes de hidrogênio entre ligações peptídicas vai formar uma hélice
- Para ser um hélice estável, os grupos R devem estar para forma
- Estabilizada por ligações de hidrogênio
- Desestabilizada por aminoácidos com a mesma carga (repulsão) e por prolina
Conformações Beta
Folhas B
- Segmentos de cadeias paralelos
- Ligações de hidrogênio perpendicular entre unidades de segmentos distantes ou de intercadeias
- Os grupos R devem estar para cima e para baixo
- Desestabilizada por aminoácidos com a mesma carga (repulsão) e por prolina
Voltas B
- São os elementos conectores, que vão conectar as folhas beta com a alfa – hélice (estrutura supersecundária)
- Encontradas próximas á superfície de proteínas
- Terciária
- É o arranjo tridimensional da proteína
- A proteína se dobra sobre si mesma, com a ajuda das Chaperonas (também são proteínas)
- É estabilizada por ligações não covalentes (ligações de hidrogênio, interações eletrostáticas e interações hidrofóbicas) e por ligações covalentes (dissulfetos)
- Quaternária
- Proteínas que possuem duas ou mais cadeias polipeptídicas distintas
- Podem ser idênticas ou diferentes.
- Exemplo: Hemoglobina. Possui quatro cadeias: Duas alfa, que são idênticas entre si, e duas beta, que também são idênticas entre si porém diferentes das alfa.
- Supersecundárias
- Também são chamadas de “motivo” (é o primeiro termo que descreve os padrões estruturais)
- É o agrupamento de dois ou mais elementos estruturais (barril beta)
- O segundo termo que descreve os padrões estruturais é chamado de “domínio”:
- Polipeptídios com mais de uma centena de resíduos de aminoácidos que se novelam em duas ou mais unidades globulares estáveis.
- É uma parte da cadeia polipeptídica que é independentemente estável ou pode se movimentar como uma entidade isolada em relação ao resto das proteínas
Classificação quanto às propriedades físicas:
- Globulares
- Cadeias peptídicas fortemente enoveladas
- Possuem forma globular ou esférica
- São solúveis em água
- Fibrosas
- Cadeias peptídicas compridas e filamentosas
- Não são solúveis em água
- Possuem função estrutural ou protetora: Queratina (cabelo), colágeno, actina e miosina
Alteração da estrutura proteica – Desnaturação
- Altera a conformação mais estável
- Perde a função biológica, mas não o valor nutritivo
- Provoca distensão da estrutura, quebra de ligações covalentes e não covalentes (mas não de ligações peptídicas, ou seja, não acontece desnaturação na estrutura primária)
- Causas de desnaturação: Calor, extremos de pH, metais pesados, agentes redutores, solventes orgânicos, uréia e detergentes
Enzimas
- São proteínas que agem como catalizadores, muito mais eficientes que catalisadores inorgânicos
- Nem todas as enzimas são proteínas. Alguns RNA’s têm função de catalisador.
- Possui um sitio catalítico, que é a porção da molécula onde ocorre a atividade catalítica
- Possui especificidade com o substrato (reconhece partes especificas do substrato)
- Deriva da formação de múltiplas interações fracas entre a enzima e a molécula do substrato específico
- Interações fracas: ligação de hidrogênio, ligação hidrofóbica, dissulfeto e dipolo-dipolo.
- Redução da entropia pela ligação
- Para a enzima ligar-se ao substrato, primeiro precisa acontecer a dessolvatação do substrato (expulsa a água) e depois acontece o encaixe induzido (enzima muda a sua conformação para que o substrato se encaixe perfeitamente)
- São estéreo-específicas
- Podem ter a sua atividade regulada
- Dependem de temperatura e do pH: Cada enzima tem uma temperatura e um pH ótimo
- Podem ter sua atividade inibida (fármacos)
- Funções: Área médica e engenharia
- Algumas enzimas precisam de ajuda (componente químico adicional) para realizar a função:
- Esses componentes são: Cofator (íons inorgânicos) e coenzimas (moléculas orgânicas complexas)
- Ligam-se na região catalítica
- Holoenzima: Enzima formada por uma porção proteica e uma ou mais coenzimas.
Classificação das enzimas
- Óxido redutases: Reações de óxido redução
- Transferases: Transferência de grupos funcionais
- Hidrolases: Reações de hidrólise
- Liases: Adição a ligações duplas
- Isomerases: Reações de isomerização
- Ligases: Formação de laços covalentes com gasto de ATP
Teoria da catálise
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