Os Marcadores genéticos para os distúrbios multifatoriais
Por: Carolina Silva Campos • 16/4/2018 • Trabalho acadêmico • 1.081 Palavras (5 Páginas) • 260 Visualizações
Como podem ser detectados os marcadores genéticos para os disturbios multifatoriais?
O mecanismo multifatorial só pode ser entedido reconhecendo-se a complexa interação entre diferentes genes do individuo e, por outro lado, entre o conjunto deles e os fatores ambientais. Vários pares de alelos, espalhados por diversos locos, em geral, exercem efeito integrado e cumulativo; e esses sistemas poligênicos combinam, em geral seus efeitos com o de variados fatores ambientais.
Os sistemas multifatoriais determinam tipicamente , como no caso da estatura, variação contínua de traço quantitativo, em contraste com distribuição descontínua ou discreta de caracteres qualitativos contrastantes, típica da herança mendeliana, condicionada por um único par de alelos, como se observa no grupo sanguíneo MN.
As malformações congênitas incidem em 3 ou 4% dos recém-natos da população geral; e a maioria delas resulta de mecanismo multifatorial. Serão examinadoas aspeculiaridades desse tipo de etiologia por meio de certas afecções comuns.
Existêm casos de várias malformações congênitas multifatoriais poligênicas, como o lábio leporino acompanhado ou não de palato fendido, o palato fendido sem lábio leporino, os defeitos de fechamento do tubo neural, como a anacefalia ea espinha bífida, a esteonose do piloro. Esses traços têm distribuição qualitativa, isto é, o individuo tem ou não o defeito.
O risco de recorrência do labio leporino, com ou sem palato fendido, tem incidência de cerca de 1/1.000: em média , ocorre um caso com o defeito entre mil recém-nascidos. Investigou-se muitas irmandades com um afetado, e conclui-se que após uma criança afetada, a segunda nasce com o defeito em 4% dos casos , isto é, a incidência entre irmãos(ãs) do afetado é de 40 veses maior do que a incidência geral na população. É de 10% a incidência do defeito nas crianças de irmandades que já têm dois afetados. Os dados indicam que o defeito é familial; ocorre nos parentes dos afetados mais do que na população geral, ou nos parentes de pessoas normais tomadas ao acaso na população, para comparação.
Os apectos do lábio leporino exterioriza-se clinicamente por meio de fendas parciais ou completas do lábio superior, uni ou biliares, sempre de posição paramediana. As fendas labiais podem comprometer a gengiva.Considera-se o lábio leporino como sendo total quando se prolonga para cima até o nariz e para trás até o canal palatino posterior. Embriologicamente, o defeito é classificado entre as agenesias faciais e resulta da falta de fusão, total ou parcial, entre o maciço médio e os maciços externos, por ocasião da coalescência entre as massas mesoblásticas faciais, que ocorre entre a quinta e a oitava semanas de vida embrionária.
Um dado estatístico diz que o risco de transmissãodo lábio leporino à prole masculina é maior quando o progenitor afetado é mãe do que quando é o pai.
Outras afecções multifatoriais.
Pé torto congênito, faz parte de várias doenças e síndromes, dentre as quais estão a mielodisplasia, a artrogripose, a embiopatia decorrente da ingestão de aminopteria, as síndromes cérebro-hepatorrenal, da monossomia G, deleção do braço longo do cromossomo 18. Cerca de 10% dos casos de PCT acompanham-se por outras malformações.
Anacefalia e Espinha Bífida, essas duas anomalias estão relacionadas, uma vez que as famílias que apresentam casos de uma são mais propensas a apresentar casos da outra. A incidência da anacefalia é de 2/1.000 nascimentos e a da espinha bífida, de 3/1.000. Os dois defeitos ocorrem com freqüencia duas vezes maoir em crianças do sexo feminino.
Estonose hipertrófica do piloro, ocorre com freqüencia de 3/1.000 lactantes, com incidência 5 vezes maior em meninos. Porém quando o propósito é do sexo feminino, a incidência de outras pessoas afetadasna família é muito maior do que quando o propósito do sexo masculino. Isso indica que as meninas suportam, sem manifestar o defeito, cargas genéticas detrimentais maiores que os meninos.
Hidrocefalia resulta de obstrução das vias de circulação do líquido cefalorraquidiano, o qual, por isso, não é rapidamente absorvido. O diagnóstico é feito pela presença da cabeça aumentada, distensão das veias do couro cabeludo e fontanela grande e tensa, sendo confirmado por transiluminação e pneumoencefalograma. Há dois tipos de hidrocefalia que são produzidos por genes autossômicos recessivos ( hidrocefalia em razão de atresia do orfício de Luschka ou de Magendie ) e outro tipo é determinado por gene recessivo ligado ao X ( hidrocefalia por estenose congênita do aqueduto de Sylvius ).
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