Resenha: O Paciente como ator principal da atenção farmacêutica
Por: Keit Carvalho • 4/4/2018 • Resenha • 1.070 Palavras (5 Páginas) • 355 Visualizações
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA FARMÁCIA
ATENÇÃO FARMACÊUTICA/ PATRICIA SODRÉ
ALUNA KEITELANE MOTA CARVALHO
RESENHA CAPITULO 6 “O paciente como ator principal da atenção farmacêutica”.
A atenção farmacêutica vem nos mostrar o quanto é importante o contato pessoal entre o farmacêutico e o paciente, que a sensibilidade, a demonstração de afeto e cuidado é a grade chave para conseguir junto ao paciente êxito no tratamento empenhado, o dialogo é a melhor forma de se obter informações pessoais e demonstrar total confiança para que o paciente se sinta seguro. É preciso saber escutar sem julgar, sem olhar de indiferença, escutar o paciente de forma acolhedora fara ele se sentir melhor e ter mais confiança. Ajudar o paciente a se ajudar, essa é a chave para o sucesso, mostrar ao paciente que estamos presentes para toda e qualquer ajuda, porem ele precisa querer ser ajudado, levando em consideração as condições sócio demográficas, financeiras entre outras; o farmacêutico precisa reconhecer o paciente como alguém que tem desejos, necessidades, preocupações, medos, e assim conhecer a realidade do paciente, para poder melhor compreende-lo e ajuda-lo. O paciente ele precisa saber da sua doença como ela está agindo no seu corpo e como lhe dá com o medicamento, a forma de uso as reações adversas, se essa realmente é a melhor terapêutica a ser usada, quais são suas opções de terapêutica, pois ele tem o direito de opinar, fazer alguma recomendação, ou ate mesmo discordar do tratamento, por isso o paciente precisa se sentir assistido e bem compreendido pelo farmacêutico. Tudo isso são estratégias usadas para atingir total abertura com o paciente, como também ouvir tentar compreender como as doenças e o medicamento implicam na sua vida, considerar todas as possibilidades que possam explicar o que esta acontecendo com o paciente, ser curioso em relação a tudo que o paciente relatar, e se questionar, será que estou focando só no medicamento¿ estou reconhecendo a realidade vivida do paciente¿ tudo isso terá que ser abordado, é importante que ao final do encontro seja feita uma avaliação pessoal, sobre o que aconteceu no encontro, se poderia ter feito algo diferente ou o que aprendi com esse paciente, e o que posso fazer no próximo encontro.
Segundo autor (FRANK, 1991, p11) o que quer seja que acontece meu corpo acontece comigo... ninguém deveria me pedir pra separar minha cabeça do meu corpo e depois falar do meu corpo como se fosse uma coisa assim, sei lá, afastada de mim. Essa parte que o autor relata, mostra que na maioria das vezes os profissionais da área de saúde cometem esse erro, de preocupar-se apenas com a patologia em si, e não como o paciente se sente em relação a tudo que esta acontecendo na sua vida, como seu estado emocional está diante da doença ou tratamento, pois nada adianta tratar do corpo e deixar a mente adoecer, não tem como separar uma coisa da outra pois corpo e mente trabalham juntos. A relação entre medico paciente é sempre muito técnica, eles fazem uma entrevista para diagnosticar o problema, e “o paciente tem a percepção de estar sendo desumanizado, objetificado e estereotipado, além de se sentir desvalorizado e impotente diante dos seus problemas de saúde” (STRAUSS et all., 1982; COYLE, 1999). Então pensamos em que saúde se quer¿ pois a qualidade de vida do paciente tem que ser em primeiro lugar para que ocorra tudo bem no tratamento, então a atenção farmacêutica vem com esse cuidado ao paciente, traz a ajuda que ele precisa para encara de forma saldável a doença e suas dificuldades, quando o Barry et al (2001) fala a frase “mundo da vida ignorado” e “mundo da vida bloqueado”, ele quer dizer desse distanciamento da vida do paciente com a patologia e seu tratamento, pois os médicos tratam da doença, seu olhar é voltado para a parte do corpo onde está localizada a doença, dessa forma criando problemas psicológicos nos pacientes que sofre com falta de compreensão e cria medos e angustias, não é feito um acolhimento com o paciente para que ele tenha confiança e se sinta confortável, na medicina são usadas muitas tecnologias, mas são falhos em prestar o conforto as pessoas. O paciente quando tem doença crônica e precisa do uso do medicamento constantemente, passa por uma experiencia de efeitos dos medicamentos tanto no corpo quanto na mente, e esse paciente tem que estar bem preparado e amparado para esses efeitos, a atenção farmacêutica tenta influenciar tanto nas decisões das prescritoras como no próprio paciente e seu trajeto de cuidado, isso facilitara a adesão ao tratamento. Os autores frisam sobre a necessidade dos pacientes em fazer uso de medicamentos para tratamento a longo prazo de uso crônico, que é encarado como se tivesse perdido o controle da vida, ou é sinal de envelhecimento, é visto como um fardo, por isso a preocupação farmacêutica em fazer ajuste para seu maior conforto, o paciente muitas vezes tende a questionar o valor do medicamento, pois não tem condições de continuar o tratamento por condições financeiras e cabe ao farmacêutico orientar a disponibilidade do sus.
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