Resumo sobre o texto: Prescrição e consumo de metilfenidato no Brasil: Identificando riscos para o monitoramento e controle sanitário
Por: Camila Lacerda • 1/12/2015 • Artigo • 590 Palavras (3 Páginas) • 647 Visualizações
Resumo sobre o texto: Prescrição e consumo de metilfenidato no Brasil: Identificando riscos para o monitoramento e controle sanitário
A gestão de riscos relacionados aos medicamentos é realizada em três etapas: determinação do risco, controle/gerenciamento do risco e comunicação do risco. Os dados obtidos nessas etapas, permitem o monitoramento de riscos sanitários, planejamento e avaliação do progresso em saúde de uma comunidade.
O metilfenidato é um medicamento psicoestimulante utilizado para o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o qual é considerado a medicação de primeira escolha para este problema de saúde. Esse medicamento, sujeito a prescrição médica, promove um aumento da atenção e do controle de impulsos de crianças que apresentam TDAH.
O TDAH é um dos transtornos neurológicos comportamentais mais incidente na infância que afeta 8 a 12% das crianças no mundo, sendo o motivo mais frequente de consulta nos serviços de saúde mental envolvendo esses pacientes. O diagnóstico do TDAH é complexo pela ocorrência de comorbidades e deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar.
O Boletim de Farmacoepidemiologia do SNGPC (Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados ) utilizado nesse texto, apresenta uma caracterização descritiva da prescrição e do consumo de metilfenidato no Brasil, nos anos de 2009 a 2011, a partir de dados registrados no (SNGPC). A escolha do tema serve para contribuir com uma reflexão sobre o uso saudável de medicamentos no país, apontar possíveis distorções na utilização de metilfenidato e dar transparência aos dados do SNGPC gerenciados pela Anvisa.
Os estudos de utilização de medicamentos (EUM) objetivam, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estudar a comercialização, distribuição, prescrição e uso de medicamentos na sociedade com ênfase especial nas consequências médicas, sociais e econômicas. Essa definição reconhece a influência de fatores socioantropológicos, comportamentais e econômicos na utilização de medicamentos, os quais são aspectos importantes que devem ser considerados no processo de gestão de riscos em vigilância sanitária.
A análise apresentada neste boletim caracteriza-se como um estudo de consumo de medicamentos e de fatores que condicionam a sua utilização, cujo produto avaliado foi o metilfenidato no período de 2009 a 2011.
De acordo com os dados obtidos, observou-se um aumento real no percentual de consumo de metilfenidato no Brasil, o maior consumo no triênio foi observado no Distrito Federal, e a maior redução do consumo foi no Acre.
Todas as capitais brasileiras tiveram uma estimativa de aumento percentual real no consumo de metilfenidato de 2009 para 2011, à exceção de Rio Branco, Palmas, Maceió e Vitória, que apresentaram redução. As três capitais com maiores estimativas de aumento percentual real no consumo do medicamento foram Salvador, São Paulo e Campo Grande, enquanto que Porto Alegre, Rio de Janeiro e Cuiabá registraram os menores valores.
No triênio estudado, entre as especialidades médicas informadas, houve um predomínio da prescrição de metilfenidato pelas que se dedicam à assistência à criança e ao adolescente e das que tratam de distúrbios estruturais do sistema nervoso.
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