Roteiro de Aula Prática - Osmose

Aula 1 - OSMOSE

OBJETIVO Observar o efeito do contato de soluções com diferentes osmolaridades sobre hemácias humanas.

MATERIAL       a.    Equipamentos e materiais                     - Centrífuga.   - Microscópio óptico.  - Pipetas graduadas.  - Pipeta semi-automática de 10μL.  - Lâminas e lamínulas de vidro.                     - Tubos de ensaio.  - Tubos para hematócritos. Reagentes:  - Solução de cloreto de sódio a 0,3% (hipotônica).  - Solução de cloreto de sódio a 0,9% (isotônica).                     - Solução de cloreto de sódio a 4,0% (hipertônica).              c. Amostra  - Sangue humano colhido com anticoagulante.

PRECAUÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS - Todas as amostras biológicas devem ser consideradas como potencialmente infectantes, logo se faz necessário adotar os critérios de biossegurança estabelecidos pelo laboratório durante a manipulação e descarte de material biológico.

PROCEDIMENTO TÉCNICO Metodologia: Alteração morfológica da hemácia em presença de diferentes soluções. Princípio: As hemácias em presença de soluções de diferentes osmolaridades sofrem nítidas mudanças de volume, as quais podem ser visualizadas à microscopia em objetiva de maior aumento. Técnica: - Pipetar uma gota de sangue em 3 lâminas de vidro.

PROCEDIMENTO TÉCNICO  c. Técnica: - Acrescentar 2 gotas de solução de cloreto de sódio a 0,3% na lâmina 1, solução de cloreto de sódio a 0,9% na lâmina 2 e solução de cloreto de sódio a 4,0%  na lâmina 3. - Observar as lâminas microscopicamente em objetiva de maior aumento.             - Pipetar 500 ul de sangue (com anticoagulante) em 3 tubos de ensaio. Acrescentar igual volume ao tubo 1 de solução de cloreto de sódio a 0,3%, ao tubo 2 de solução de cloreto de sódio a 0,9% e ao tubo 3 de solução de cloreto de sódio a 4,0%. - Homogeneizar delicadamente e aguardar 15 minutos. - Fazer hematócrito a partir de cada tubo.               - Tampar uma das extremidades do capilar com massinha               - Preencher o capilar com o sangue já misturado com as soluções - Centrifugar os capilares a 1.000 rpm por 5 minutos. - Analisar

LEITURA E/OU INTERPRETAÇÃO Microscopicamente observar o volume das hemácias, espaço entre as mesmas e se estas estão agrupadas ou não em comparação com as hemácias colocadas em solução isotônica (lâmina 2). Verificar que as hemácias colocadas em solução hipotônica (lâmina 1) estarão mais agrupadas, terão menor espaço entre as mesmas e serão mais globosas. Por outro lado, as hemácias colocadas em solução hipertônica (lâmina 3) terão maior espaço entre as mesmas, estarão com volume menor e com irregularidades de formato (hemácias crenadas).                                               Quanto aos hematócritos de sangue obtidos a partir de diferentes soluções observar que o hematócrito colocado em solução hipotônica estará aumentado em relação aos demais, podendo ainda evidenciar o plasma corado de vermelho em caso de hemólise. No hematócrito do sangue colocado junto com solução hipertônica observa-se sua diminuição em relação ao controle (contado com solução isotônica).

SIGNIFICADO CLÍNICO Este experimento prático objetiva ao aprendizado de como diferenças na osmolaridade de fluido extracelular influi no volume celular.

SIGNIFICADO CLÍNICO Este dado é de importância principalmente nas células nervosas, já que aumento do volume das células neuronais por diminuição da osmolaridade do extracelular poderá levar a aumento da pressão intracraniana que poderá ser fatal. Adicionalmente, é importante a compreensão de como ficará o volume dos vários compartimentos líquidos do organismo quando em contato com soluções de diferentes osmolaridades, podendo ser citado como exemplo os diferentes tipos de soluções infundidas pela veia. Outro conhecimento é que a infusão de grandes volumes de soluções hipotônicas na veia do paciente poderá levar a hemólise.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. DOUGLAS, C.R. Tratado de Fisiologia Aplicada às Ciências da Saúde. 4ªed. São Paulo: Rose Editorial, 2000. 2. GANONG, W.F. Fisiologia Médica. 19ª ed. Rio de Janeiro: Mc Graw Hill do Brasil, 2000. 3. GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 10ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

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