Trabalho Objetivos Específicos
Por: Catherine Lima • 26/10/2020 • Dissertação • 3.556 Palavras (15 Páginas) • 240 Visualizações
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 2
2 OBJETIVOS 4
2.1 Objetivo Geral 4
2.2 Objetivos Específicos 4
3. REFERENCIAL TEÓRICO 5
3.1 Erva-mate 5
3.1.1 Constituintes químicos 5
3.2 Compostos fenólicos e antioxidantes 6
4. METODOLOGIA 8
4.1 Amostras 8
4.2 Doseamento de Polifenóis 8
4.3 Doseamento de Flavonóides 8
4.4 Doseamento de Taninos condensados 9
4.5 Determinação da capacidade antioxidante 9
4.5.1 Método de captura do radical DPPH 9
4.5.2 Método FRAP 9
4.5.3 Sistema β-caroteno/ácido linoléico 10
4.6 Quantificação em CLAE-DAD 11
4.7 Análise estatística 11
5. CRONOGRAMA 12
6. ORÇAMENTO 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 16
1. INTRODUÇÃO
A erva-mate (Ilex paraguariensis A. St. -Hil), pertencente à família
Aquifoliaceae, é encontrada naturalmente no Brasil, Argentina e Paraguai
(GORZALCZANY et al., 2001). No Brasil, os estados do Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul são os que mais consomem esta planta com suas folhas e ramos finos, secos e triturados na forma de bebida (chimarrão, tererê ou chá mate) (BONDARIK et al., 2006). Esta planta tem importante atividade biológica, principalmente pelo alto teor de compostos fenólicos existentes, que são reconhecidos pela sua atividade antioxidante (ARÇARI, 2009).
O chimarrão é uma bebida preparada a partir da infusão de erva-mate, com água em temperatura entre 70-100ºC, tendo como produto um mate amargo que se toma em cuia de porongo por uma bomba de metal (BERKAI, BRAGA, 2000). A erva-mate apresenta altas concentrações de flavonóides que passam para a bebida durante o processo de infusão da erva (BASTOS, TORRES, 2003).
Apesar de ser uma espécie utilizada há muito tempo e de grande importância econômica para o país, ainda hoje o setor ervateiro enfrenta sérios problemas, principalmente os relacionados com o controle de qualidade da erva-mate. Tal fato decorre de as indústrias serem na sua maioria rudimentares e conservarem os processos produtivos como tradição. Além disso, os ervais brasileiros são predominantemente nativos, em consórcio com outras espécies florestais, tais como: congonha, caúna, guavirova, alfeneiro, capororoca, pimenteira, pessegueiro bravo e outras espécies (VALDUGA et al., 1997).
Para a erva-mate, a conservação tem por princípio a redução da quantidade de água e da atividade de água a um nível tal que as reações deteriorativas durante a estocagem ocorram na menor velocidade possível. Desta forma, segundo SARANTÓPOULOS, OLIVEIRA e CANAVESI (2001), a embalagem deve constituir barreira ao vapor d’água e apresentar integridade do sistema de fechamento, evitando o ganho de umidade que permitiria o crescimento microbiológico e outras alterações químicas e físicas.
Tendo em vista a ampla disseminação da embalagem à vácuo para a ervamate e a não comprovação de seus benefícios, bem como o elevado uso deste tipo de bebida no estado do Rio Grande do Sul, este trabalho justifica-se pelo fato de inexistem estudos acerca da atividade antioxidante e composição de fenólicos da erva-mate tipo chimarrão embalada à vácuo em comparação com a embalagem tradicional. Com isso, este trabalho pretende verificar se há benefícios na manutenção desta atividade farmacológica neste tipo diferenciado de embalagem.
Este estudo prevê a avaliação da composição química e atividade farmacológica de uma planta – Ilex paraguaiensis – utilizada frequentemente pela população. Dessa forma, este projeto insere-se na linha de pesquisa de Produção, Desenvolvimento e Controle de Qualidade de Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos do Grupo de Pesquisa em Estudos Farmacêuticos da URI Campus de Santiago.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Avaliar se a embalagem à vácuo influencia no conteúdo de compostos fenólicos e atividade antioxidante de erva-mate de diferentes ervateiras.
2.2 Objetivos Específicos
- Adquirir de 3-4 amostras de erva-mate embaladas de forma tradicional (sem vácuo) e 3-4 amostras embaladas à vácuo;
- Extrair as amostras adquiridas por maceração e por infusão;
- Quantificar nos extratos obtidos polifenois totais, flavonoides e taninos condensados por meio de espectrofotometria no UV-Vis;
- Avaliar a atividade antioxidante das amostras através dos ensaios de DPPH, betacaroteno-ácido linolênico e FRAP;
- Quantificar uma (1) ou mais substâncias nos extratos por meio de cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a detector de massas (CLAEDAD-MS);
- Avaliar por meio de análises estatísticas se houve diferença significativa entre os resultados obtidos para as amostras embaladas à vácuo e de forma tradicional;
- Elaborar no mínimo um (1) artigo para publicação em periódico de alto impacto e um (1) resumo para congresso científico na área.
- Contribuir com a formação acadêmica de aluno do curso de Farmácia através do desenvolvimento de um pensamento crítico e reflexivo com base em suas experiências e leituras acerca do que está realizando.
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Erva-mate
A árvore da erva-mate é uma planta dióica de 4 a 15 m de altura, possui copa densa, tronco curto de 30 a 40 cm de diâmetro, com casca externa de coloração acinzentada. Suas folhas são simples, alternas, de margem crenada, medem de 8 a 10 cm de comprimento por 3 a 5 cm de largura. Possui base aguda e ápice ligeiramente obtuso, pecíolo relativamente curto, medindo até 1,5 cm de comprimento, e um tanto retorcido. O fruto é uma baga-dupla globosa muito pequena, medindo de 6 a 8 milímetros de diâmetro, cor vermelho-arroxeado em sua maturidade. Possui 4 sementes pequenas, ásperas e duras. A floração ocorre de setembro a novembro e a frutificação de janeiro de março (SINDIMATE, 2014).
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