Metabolismo
Por: Rômulo Passos • 17/11/2015 • Trabalho acadêmico • 2.021 Palavras (9 Páginas) • 427 Visualizações
Metabolismo lipídico em repouso e durante o exercício físico
Adilson Ferreira de Andrade*, Ícaro Fagundes Rauber*, Rômulo de Oliveira Passos*, Guilherme Eckhardt Molina**
* Discentes em fisioterapia- Unieuro
** Docente, Dr- Unieuro
Resumo
O organismo humano necessita diariamente de energia que obtemos através dos alimentos. Os lipídios, carboidratos e proteínas são macronutrientes que fornecem substratos energéticos para manter as funções vitais durante o repouso ou exercício. Os lipídios são moléculas altamente energéticas e representam o principal substrato usado pelo organismo durante o exercício físico aeróbio e são regulados através da ação hormonal. O objetivo deste artigo é apresentar uma breve revisão da literatura sobre o gasto de lipídios em repouso e durante o exercício físico.
Abstract
The human body needs daily energy we get from food. The lipids, proteins and carbohydrates are macronutrients that provide energy substrates to maintain vital functions during rest or exercise. The lipid molecules are highly energetic and represent the main substrate used by the body during aerobic exercise and are regulated by hormonal action. The aim of this paper is to present a brief review of the literature on the spending of lipids at rest and during exercise.
Introdução
O organismo utiliza diariamente carboidratos, proteínas e lipídeos dos alimentos que ingerimos a fim de fornecer substrato energético para manter as atividades corporais durante o repouso e o exercício. Durante o exercício os principais nutrientes utilizados para obter a energia são as gorduras e os carboidratos, sendo que as proteínas contribuem em menor proporção para a energia total utilizada1,2.
Os lipídeos são moléculas altamente energéticas, fornecendo 9 kcal/g estocados anidramente nos adipócitos e músculos, fazendo com que sejam mais eficiêntes quanto ao estoque energético que o glicogênio. São capazes de fornecer um bom número de ATPs, cerca de 147 moléculas, processo que depende exclusivamente do alto consumo de oxigênio, para sua oxidação3.
Para se obter energia a partir dos lipídeos armazenados nos adipócitos, várias etapas devem ser ultrapassadas, que são elas: a mobilização dos ácidos graxos (AG), dos adipócitos, seguido do transporte dessa substância ate as células musculares, mobilização dos ácidos graxos dos estoques intramusculares de triglicerídeos (TG), transporte para dentro da mitocôndria e por fim, a sua B oxidação4.
A mobilização de ácidos graxos depende da lipólise no tecido adiposo realizada pela enzima lipase. Na lipólise os TG são transferidos até o sítio de clivagem enzimática por ação das LHS, formando glicerol e AG5.
O modo de obtenção de energia no exercício também depende do tipo de estimulação do músculo. A demanda energética provocada por uma demanda muito intensa e geralmente suprimida pela degradação de glicogênio muscular, a demanda de estimulação intensa média é suprimida através de uma combinação da degradação aeróbia de glicídeos e lipídeos1,2,6.
Em casos de estimulação muito prolongada os depósitos de glicogênio não são suficientes e os AG assumem um papel cada vez mais significativo de acordo com a extensão do exercício. Os AG podem suprir de 70 a 90% de demanda energética de um trabalho muscular2.
Baseados no fato de que TG é o principal substrato energético para realização de exercício físico de baixa e moderada intensidade e longa duração, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão atualizada dos estudos de contribuição energética dos lipídeos durante o exercício físico1.
Métodos
Este trabalho foi elaborado a partir de uma revisão de literatura do período, realizada através do uso da base de dados Medline, Scielo e também foi utilizado o google acadêmico. As palavras-chaves usadas na pesquisa foram: lipídeos, metabolismo e exercício físico. Foram selecionados os artigos de interesse para o estudo, ou seja, aqueles que faziam referência em seus dados a aspectos relevantes a cerca do papel lipíco no exercício. Foram consultados 35 artigos de periódigos científicos, dos quais 20 foram descartados da pesquisa e 15 artigos foram selecionados a consultados integramente.
Papel dos triglicerídeos durante o exercício físico
A energia necessária para realização do exercício físico é obtida pela oxidação do glicogênio muscular, da glicose sanguínea, e dos ácidos graxos livres (AGL), provindas do TG do tecido muscular (TGm), do tecido adiposo, do plasma, das lipoproteínas e em menor proporção os aminoácidos1.
Umas das etapas da produção de energia para o exercício é obtida pela lipólise dos TG que liberam três moléculas de AG e um glicerol. Por sua vez o glicerol liberado pela lipólise não é utilizado para a produção de energia no músculo podendo ser transformado em glicose no fígado e posteriormente utilizado como fonte energética para o cérebro7.
O TGm pode fornecer energia durante um exercício intenso por pelo um terço do total de energia fornecida pelo glicogênio. Porém, durante treinamento intenso ou competição a energia oriunda dos TG pode ser considerada suplementar aquela fornecida pelo glicogênio muscular. Estudos mostram que o treinamento provoca maior aumento nas taxas de lipólise e oxidação de do TGm em relação TG estocado no tecido adiposo8.
Outro estudo comparando pessoas não treinadas e que se excitam com a mesma intensidade que indivíduos treinados, apresentam maior oxidação de lipídeos durante o exercício se, contudo, aumentar a lipólise9.
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