O Paciente Hepatopata

Casos clínicos – o paciente neurológico

CASO CLÍNICO 1

Um homem de 63 anos vai ao médico com uma história de vários meses de dificuldade da marcha e de coordenação. Ele está com dificuldade para caminhar e quase caiu em várias ocasiões, especialmente ao tentar mudar de direção. Ele também percebe que usar suas mãos é difícil, e outras pessoas têm notado que suas mãos tremem. O exame físico é notável por um tremor em repouso nas mãos que desaparece com o movimento intencional. Ele tem uma marcha arrastada com dificuldade de girar. Há a chamada rigidez em roda dentada em seus braços, uma sensação de abalos com a flexão e extensão dos braços.

• Qual é o diagnóstico provável?

Parkinson

• Quais fatores clínicos tornam provável este diagnóstico?

Tremores em repouso que desaparecem com o movimento, dificuldade de marcha, rigidez nos braços e dificuldade na mudança de direção

CASO CLÍNICO 2

Uma mulher de 35 anos chega a clínica com a queixa principal de visão dupla. Ela refere que diplopia é intermitente e tem agravado progressivamente a cerca de 2 meses, que era rara de início mas agora ocorre todos os dias. A paciente trabalha como programadora de computadores e os sintomas pioram quanto mais ela fixa firmemente a visão na tela do computador. Além disso, ela notou que suas pálpebras caíram e esta alteração piora quando trabalha muitas horas no computador. Esses dois sintomas regridem com o repouso. Em geral, a paciente sente-se cansada, mas não observou qualquer fraqueza ou queixas neurológicas. A história clínica é inexpressiva. O exame físico é marcado apenas pelos déficits neurológicos. O exame dos nervos cranianos detecta redução dos movimentos laterais do olho direito e ptose bilateral, que pioram com os movimentos oculares repetitivos. Além disso, exame das funções motoras, sensoriais e reflexas é normal.

• Qual é o diagnóstico provável?

Miastenia gravis

• Qual a patogenia da doença?

Células morrem, principalmente por conta da excitação excessiva pelo neurotransmissor glutamato, e as fibras musculares que elas suprem sofrem atrofia

CASO CLÍNICO 3

Um homem de 72 anos é trazido ao setor de emergência com fraqueza do lado direito de início repentino. O paciente estava tomando seu desjejum quando repentinamente perdeu a força do lado direito, de forma que não conseguia mais movimentar seu braço ou sua perna direita. Além disso, ele percebeu perda da sensibilidade no braço e na perna direitos e dificuldade de falar. Sua esposa ligou para a emergência, e o paciente foi trazido para o setor de emergência. A história clínica é marcada por hipertensão de longa data. Hipercolesterolemia e doença arterial coronariana recém-diagnosticada. Ao exame físico, a pressão arterial é de 190/100mmHg. O exame neurológico é marcado por ptose facial direita e hemiparesia grave à direita. O reflexo de babinski está presenta à direita. A TC do cérebro não mostra evidências de hemorragia.

• Qual é o diagnóstico?

AVC isquêmico transitório

• Cite alguns fatores de risco para este distúrbio.

Hipercolesterolemia, doença arterial coronariana e hipertensão de longa data