A Alergias e Genética - imunologia
Por: Hana Kathine Vasconcelos Silva Gomes • 7/5/2021 • Resenha • 811 Palavras (4 Páginas) • 315 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CURSO DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA E MICROBIOLOGIA
DISCIPLINA IMUNOLOGIA
RESUMO COMENTADO DO ARTIGO
Genética da Asma e Doença Alérgica
O artigo fala da origem genética da asma atópica (alérgica), a partir da constatação,
após diversos rastreios de todo o genoma para a asma, de vários loci que
provavelmente contêm os principais genes relacionados à atopia e à asma. Essa
patologia se deve a uma combinação de fortes fatores genéticos e ambientais e, em
crianças e adultos jovens, é geralmente acompanhada por fenômenos alérgicos, por
exemplo elevação da concentração sérica total de imunoglobulina E.
Nesse contexto, triagens em famílias de diferentes grupos populacionais foram
realizadas, de modo a identificar ligação de diferentes cromossomos a características
quantitativas relativas à asma. A partir daí, o artigo em questão aborda as regiões do
genoma relacionadas constantemente com os efeitos genéticos subjacentes à
patogenia da asma.
Dentre os cromossomos estudados, foi observado que o 5q31 tem ligação genética
com a concentração de IgE sérica total, se associa aos níveis de eosinófilos e
resistência à esquistossomose, além de conter vários genes que modulam respostas
atópicas, como os que codificam as proteínas IL-4, IL-13, IL-5, CD14 e GM-CSF. A
secreção de citocinas do tipo IL-4, IL-13 e IL-5 estão relacionadas com o perfil de
resposta th2, o qual está associado à resposta alérgica. Diversos polimorfismos foram
identificados em IL-13, os quais se associam a níveis elevados de IgE. Já em relação
à IL-4, polimorfismos importantes dentro do gene do receptor de IL-4 α foram
associados com atopia e asma. Um polimorfismo presente no início da transcrição do
CD14 está associado a altos níveis de sCD14 e baixos níveis de IgE. Em suma,
apesar de os polimorfismos identificados no cromossomo 5 não terem,
comprovadamente, influência no processo alérgico, a coincidência de genes de
citocinas não homólogas dentro de um mesmo intervalo indica que tal região se
relaciona com a regulação coordenada da resposta de citocinas.Já no cromossomo 6, a região do MHC de classe II possui genes que reconheceram
influências na capacidade de responder a alérgenos específicos, enquanto os genes
da classe I e da classe III podem ter efeitos importantes nas respostas atópicas, mas
ainda não foram testados de forma eficiente. Enquanto isso, o polimorfismo no
complexo TNF se associa à variação na expressão do NF-α e na presença de asma,
o que indica que a resposta asmática tem natureza inflamatória, apesar de sua base
ser alérgica.
Outro cromossomo estudado foi o 11q, no qual se localiza a cadeia β do receptor
FcεRI (alta afinidade para IgE), que é central na resposta alérgica por atuar como o
gatilho alérgico em mastócitos e outras células e o seu polimorfismo tem sido
associado à atopia, assim como à hiper-responsividade brônquica e à dermatite
atópica grave. Outrossim, sugere-se que o cromossomo 12 possui regiões que são
um verdadeiro locus de atopia principal, uma
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