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Antimicrobianos: Tuberculose e Hanseníase

Por:   •  19/11/2019  •  Seminário  •  2.412 Palavras (10 Páginas)  •  251 Visualizações

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[pic 1]

Doença infectocontagiosa e endêmica, provocada pelo Mycobacterium tuberculosis, tb. dito bacilo de Koch. O diagnóstico (padrão ouro) é realizado por meio da cultura.

Características do Mycobacterium tuberculosis:

  • Bacilos aeróbios, retos ou ligeiramente curvos, imóveis, não formadores de esporos ou capsulas
  • Crescimento lento (15-20h)
  • Resultado de cultura (3-6 semanas)

É uma doença fatal se não for tratada, levando ao óbito em  5 anos. Porém, o tratamento (além de extremamente eficaz), no Brasil, é fornecido gratuitamente pelo SUS.  Fatores que dificultam o controle e aumentam óbitos:  

  • Pobreza  
  • AIDS  
  • Aumento expectativa de vida

DICA DE PROVA

 A

infecção dupla por tuberculose e HIV

 aumenta em mais de 200% a

chance de óbito quando comparado a pessoas com tuberculose e sem HIV. A explicação para o porque essas duas comorbidades vem ocorrendo de forma concomitante é pq o bacilo de Koch ao invadir os macrófagos se multiplicam de forma tão intensa que acabam provocando a lise dessa célula, liberando os patógenos. Com isso, há liberação de fatores (citocinas) que estimulam a replicação do HIV, consequentemente, há uma queda no Cd4.  

A queda do cd4 torna a imunidade deficiente, o que estimula ainda mais o bacilo que, por sua vez, estimula ainda mais a replicação do HIV.

 

      [pic 2] 

[pic 3] 

 

🡺 Farmacoterapia  [pic 4]

Os objetivos principais da farmacoterapia são:  

  • Interromper a transmissão da doença tornando os pacientes não infectantes
  • Impedir as morbidades e mortalidades curando os pacientes com a doença
  • Evitar o surgimento de resistência bacteriana  Os princípios básicos da terapia consistem em:  
  • Associação medicamentosa adequada, doses corretas e uso por tempo suficiente  
  • Evita a persistência bacteriana e o desenvolvimento de resistência aos fármacos e assegura a cura do paciente  
  • Tratamento maioria dos casos é ambulatorial

DICA DE PROVA

 Quais os casos em que a terapia deve ser hospitalar?

 

                 Meningoencefalite tuberculosa

 

Intolerância aos medicamentos anti-TB incontrolável em ambulatório

 

Estado geral que não permita tratamento em ambulatório

 

Intercorrências clinicas e/ou cirúrgicas relacionadas ou não a TB que necessitem de tratamento e/ou procedimento em unidade hospitalar

 

 

Casos em situação de vulnerabilidade social como ausência de residência fixa ou grupos com maior possibilidade de abandono, especialmente se for um caso de retratamento, falência ou multirresistência

 

O Tratamento é uma junção de quatro medicamentos, conhecido como Coxcip 4. São eles:  [pic 5]

  • Isoniazida 🡪 Inibe a síntese do ácido micólico  
  • Rifampicina 🡪 Inibe a síntese RNA atuando na RNA polimerase  
  • Pirazinamida 🡪 Inibe a síntese da membrana celular  
  • Etambutol 🡪 Inibe a síntese da parede celular

O esquema clássico dura 6 meses, sendo 2 meses como fase de ataque e 4 meses como fase de manutenção. Cada fase tem um objetivo, especificado abaixo:  [pic 6]

 

             [pic 7] 

Obs: A grande problemática do abandono de tratamento (e consequente desenvolvimento de cepas resistentes) é que ao final da fase de ataque (2 meses) o paciente já não apresenta sintomas e se sente “curado” o que o leva a abandonar o tratamento antes de realizar a fase de manutenção, cujo principal objetivo é vencer as cepas resistentes e só assim oferecer a cura efetiva.  

                   

[pic 8] 

 

🡺 Rifampicina  [pic 9]

É um fármaco bactericida com elevada potência antimicrobiana. Ademais, é uma droga de espectro amplo. Sua ação antimicrobiana é:

  • Ação contra maioria das bactérias gram (+) → muito ativa contra Staphylococcus aureus e estafilococos coagulase (-)
  • Associação com aminoglicosídeos e glicopeptídeos → efeito sinérgico contra estafilococos
  • Ação contra muitos microrganismos gram (-) → E. coli, Pseudomonas, Proteus, Klebsiella, Meningococos e H. Influenzae Dentre os efeitos indesejáveis:  
  • Hepatotoxicidade 
  • Aumenta a degradação de outras drogas como anticoncepcionais ( ou seja, mesmo em uso durante o tratamento a mulher pode engravidar), anti-HIV, digoxina, metoprolol, verapamil, metadona, anticoagulantes, halotano, barbitúricos [pic 10]

 

🡺 Isoniazida  [pic 11]

É uma droga bactericida com boa tolerância e baixa toxicidade. Quanto aos efeitos indesejáveis:

  • Hepatotoxicidade  (efeito colateral de maior importância) [pic 12]
  • Inibe o metabolismo hepático do diazepam e da fenitoína → elevação da concentração sérica destas substâncias e aumento do risco de manifestações tóxicas
  • Neuropatia periférica 🡪 Causa dormência, dor nos pés e nas mãos). Ocorre por competição da isoniazida com a vitamina B6 (piridoxina).  [pic 13]

Portanto, é prevenível e reversível com a administração suplementar de vit B6. Fora isso, há fatores que pré dispõem essa patologia: carência vit B6, desnutrição, alcoolismo ou uso doses elevadas

  • Neurite óptica 🡪 (ocorre em alguns pacientes, pois não é um efeito tao comum dessa droga) é reversível desde que a droga seja suspensa precocemente  

 

🡺 Pirazinamida [pic 14]

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