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Avaliação Preliminar da Evolução dos Indicadores Básicos de Ocorrência no Período de 2010-2015

Por:   •  2/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  4.137 Palavras (17 Páginas)  •  278 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ (UFPI)

CAMPUS MINISTRO REIS VELLOSO (CMRV)

CURSO DE MEDICINA

APS II – Atenção Primária à Saúde II

Sífilis Materna e Congênita - Avaliação preliminar da evolução dos indicadores básicos de ocorrência no período 2010-2015.

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Eduardo Pinto Conceição

Alyne Silva Araújo

Camila Pereira Miranda Costa

Danielle Laiz Lopes Barbosa

Danilo Andrade de Lima

Deyzon Alves Silva

Everton Lopes de Carvalho

Ricardo Antonio Lo Ré

Parnaíba – PI

2017.1

Sífilis Materna e Congênita - Avaliação preliminar da evolução dos indicadores básicos de ocorrência no período 2010-2015.

Autores:

Eduardo Pinto Conceição*

* Acadêmicos do curso de Medicina - UFPI - Campus Ministro Reis Veloso - Parnaíba  - PI

1. Resumo        

        Este trabalho tem por objetivo revisar a evolução dos indicadores epidemiológicos da infecção por sífilis materna e congênita no Brasil, utilizando-se para tal de informações recentes disponíveis nos banco de dados do Ministério da Saúde e oferecer  informações atualizadas sobre a evolução alarmante da doença nos 10 últimos anos

        Embora as autoridades responsáveis pela área de Saúde Publica tenham evidenciado esforços para reduzir essas taxas, com a implementação de ações e políticas governamentais direcionadas ao problema, tais indicadores permaneceram em constante elevação.

        Foi realizada uma revisão bibliográfica abordando o tema por meio do sistema MEDLINE com os descritores "'sífilis congênita' .and. 'brasil'"; dados recentes obtidos junto ao site do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde do Brasil e da Organização Panamericana de Saúde.

        Os resultados obtidos a partir dos dados numéricos obtidos foi distribuído sob a forma de tabelas e gráficos de fácil visualização e compreensão e que demonstram a evolução das variáveis de estudo ao longo dos últimos anos e a constante desses índices em ascensão sugerem a necessidade de imediata reavaliação e atualização dos programas em curso.

        Dessa forma, urge a busca de ações e projetos que visem minimizar os impactos causados por índices tão elevados, bem como o estabelecimento de novas metas mais realistas para redução dos casos de sífilis materna e congênita no futuro.

Palavras chave: Sífilis Materna. Sífilis Congênita. Saúde publica. Brasil.

2 Introdução

        A Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), sistêmica, causada pela bactéria Treponema pallidum, que pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária) e sua transmissão pode ocorrer de forma sexual ou vertical; é mais frequente em grandes centros urbanos e afeta igualmente todas as camadas sociais. Na sua forma congênita é uma doença transmitida de mãe para criança durante a gestação e pode  apresentar complicações para gestante e feto como: abortamento espontâneo, prematuridade do parto, má-formação do feto, cegueira, problemas mentais, surdez e/ou morte ao nascer.

        A Sífilis Congênita (SC) pode ser classificada, conforme os sintomas e sinais se manifestam em função da idade da criança, sendo definida como Sífilis Congênita precoce quando os sinais e sintomas surgem até o segundo ano de vida e Sífilis Congênita tardia quando os sinais e sintomas se manifestam após o segundo ano de vida.

        A SC tornou-se uma doença de notificação compulsória em 22 de dezembro de 1986, por meio da Portaria no 542 do Ministério da Saúde (publicada no D.O.U. de 24/12/1986), juntamente com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids) (BRASIL, 1986).

        Por conta do crescente número de gestantes infectadas no decorrer da última década, os indicadores de SC seguiram uma evolução similar, praticamente triplicando o número de recém nascidos infectados. LAGO (2000)  relata que esse fenômeno também aconteceu, entre o final da década de 80 e primeira metade dos anos 90, nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos, onde provocou uma grande mobilização. Nos dias atuais, a ocorrência de sífilis em todas suas formas continua aumentando, principalmente nos países em desenvolvimento, sendo considerada pelas autoridades de saúde como uma doença reemergente.

        A SC se insere no quadro de causa perinatal evitável, pois é possível fazer o diagnóstico e proceder ao tratamento efetivo na gestação.

        DOMINGUES e LEAL(2016) descrevem a caracterização da Sífilis Materna em seu tratamento, que pode ser classificado em ADEQUADO e INADEQUADO, observando-se os seguintes critérios para designação como INADEQUADO:

                 . todo aquele realizado com qualquer medicamento que não seja penicilina;

                . tratamento incompleto, mesmo tendo sido realizado com penicilina;

                . tratamento realizado ou finalizado no período menor que 30 dias antes do parto;

        . quando o parceiro não foi tratado, ou foi tratado inadequadamente, e manteve contato sexual com a gestante após seu tratamento, sem usar preservativo.

        Quanto ao tratamento para a sífilis materna, a prevenção da SC pode ser feita com medidas simples,  eficazes e de baixo custo, sendo baseadas no diagnóstico da sífilis materna, no tratamento adequado da gestante e de seu parceiro sexual, promovendo assim a quebra da cadeia de transmissão dessa infecção. Como a ocorrência de casos de SC revela falhas graves no sistema de saúde, a incidência de SC é considerada um indicador para avaliação da qualidade da assistência à gestante.8

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