ENTAMOEBA HISTOLYTICA COMO CAUSADORA DA AMEBÍASE: CAUSAS, PREVENÇÕES E TRATAMENTO
Por: Lucas Calais • 9/11/2019 • Trabalho acadêmico • 661 Palavras (3 Páginas) • 451 Visualizações
ENTAMOEBA HISTOLYTICA COMO CAUSADORA DA AMEBÍASE: CAUSAS, PREVENÇÕES E TRATAMENTO
Lucas Souza CALAIS (lucascls8@gmail.com)1. Dhanyelle Amanda VOLPATO (dhanyvolp27@gmail.com)2. Gaia Libner CARVALHO (libnergaia@gmail.com)3. Mariana AMARAL (marianaamaralcm@gmail.com)4. Thaissa AMIM (Amimthai@gmail.com)5
Palavras-chave: Entamoeba, Ameboides, Entamoeba histolytica
INTRODUÇÃO: O gênero entamoeba se resume a organismos ameboides que habitam os canais intestinais de seus hospedeiros, realizando relações de comensalismo. Tal relação biológica é considerada harmônica, por não desencadear prejuízos ao hospedeiro, e ainda assim beneficiar a espécie comensal. Todas as espécies deste gênero, com exceção da Entamoeba moshkoviskii, que é uma ameba de vida livre, realizam esta relação. As espécies pertencentes a este gênero podem causar infecções parasitárias, o que cria, na biologia, um mistério relacionado à virulência destes seres, que podem deixar de ser comensais para se tornar parasitos. A causa desta quebra de relação entre parasito-hospedeiro é incerta, porém, pode estar relacionada a fatores externos ou internos, como a condição imunológica do hospedeiro, sexo, localização geográfica, entre outras. A Entamoeba histolytica, uma das espécies deste gênero, causa a condição patológica conhecida como amebíase, podendo esta ser sintomática ou não. Esta doença pode ser desencadeada dentro ou fora do intestino humano [1]. Este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre a Entamoeba histolytica, e seus fatores parasitários. DESENVOLVIMENTO: A E. histolytica pode infectar diversas espécies, entretanto, apenas humanos são capazes de eliminar, através das fezes, a forma ambiental de sobrevivência do protozoário, chamada de cisto. Estes, podem sobreviver fora do hospedeiro, na água, solo, ou em alimentos. Ao serem ingeridos, os cistos eclodem, tornando-se trofozoítos. A partir deste estágio, o protozoário consegue se reproduzir, podendo causar infecções por encistamento no intestino [2]. Pacientes infectados pelo encistamento manifestam sintomas como febre, dores abdominais e disenteria, em situações mais graves, a infecção pode causar necroses, anemia e perfuração intestinal. O diagnóstico da infecção é realizado a partir da visualização dos trofozoítos, com hemácias fagocitadas do hospedeiro, também pode ser feita através da análise dos cistos e detecção de anticorpos determinados [3]. Como exemplo da detecção da E. histolytica pela detecção de antígenos, pode-se citar o centro universitário do estado do Pará, onde foi utilizado o ensaio imunoenzimático (ELISA), consolidado em 1971, para a detecção. Este método foi utilizado em moradores da região de Belém, para o diagnóstico de anticorpos específicos da E. histolytica. A amebíase nessa região é considerada como sendo um problema grave de saúde pública, dos 334 testes realizados durante as análises, 95 demonstraram resultados positivos, o que mostra uma grande porcentagem de infecção pelo parasito [4]. A prevenção da E. histolytica, enquanto agente patológico, é realizada através da higiene pessoal e do saneamento básico. Tratamentos após a infecção são realizados a partir de medicamentos, como Secnidazol, 2g por dia, Metronidazol 500mg ou 750mg em casos graves, Tinidazol, 2g, e Teclozam em 1500mg por dia. Os medicamentos e suas dosagens podem variar dependendo da idade, sexo e estado de saúde do paciente. Em casos extremos, os pacientes infectados pelo protozoário devem ser isolados e afastados de atividades de manipulação de alimentos [5]. CONCLUSÃO: A Entamoeba histolytica, embora pertença a um gênero que realiza, na natureza, relações harmônicas de comensalismo, pode causar uma infecção parasitária grave. Devem-se tomar as medidas de prevenção adequadas, e, em caso de uma infecção, realizar os devidos tratamentos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: [1] NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana. 11 ed. São Paulo: Ed. Atheneu, 200; 127 a 138 pg. [2] Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo. Manual das Doenças Transmitidas por Alimentos Disponível em
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