DIAGNOSTICO, CAUSAS E TRATAMENTO SOBRE O AUTISMO
Por: fabiula2000 • 26/8/2017 • Bibliografia • 1.045 Palavras (5 Páginas) • 396 Visualizações
AUTISMO
DIAGNÓSTICO
Infelizmente o diagnóstico de autismo no Brasil ainda está engatinhando, muitos profissionais não conseguem perceber os sinais de alerta e com isso ocorrendo à demora no diagnostico, influenciando posteriormente a evolução do distúrbio.
Em muitos casos o diagnóstico só é feito na idade escolar, quando a criança começa a apresentar maiores dificuldades em relação ao demais, sendo um diagnóstico extremamente tardio.
É baseando-se nessas situações que se observa a importância e a carência de um treinamento especifico feito com os profissionais, capacitando-os em relação ao distúrbio.
Pois mesmo numa simples consulta de acompanhamento do crescimento da criança os profissionais já devem estar atentos aos sinais e às observações da mãe.
O diagnóstico de autismo é clínico, não havendo nenhum exame que possa detectar o distúrbio, porém são apresentados cinco passos que ajudam a chegar o caminho do diagnóstico adequado, os quais são:
- Entrevista detalhada com pais/cuidadores: Consiste nas informações relatadas pelos responsáveis por esta criança, buscando ver se ela apresenta alguma atitude fora de contexto.
É importante ressaltar que esse não é apenas o único passo que deve ser feito, pois vale lembrar que algumas vezes o entrevistado pode não saber relatar direito ou não se lembrar dos fatos ocorridos e isso irá prejudicar no diagnostico.
- Reunir fotos e vídeos: Para ajudar pode ser apresentado também fotos ou ate mesmo vídeos da criança em ambiente social, facilitando o profissional que faz a entrevista.
- Depoimentos de profissionais e escolas: Essa participação na entrevista de outros além dos familiares é de extrema importância, pois este podem relatar os sinais com maior clareza além de que estarão isentos emocionalmente.
Uso de escalas de avaliação: Proporcionam maior objetividade na avaliação e norteiam o profissional, ajudando-o a não se esquecer de detalhes importantes e demarcando melhor os sintomas apresentados.
A Escala de Traços Autísticos (ATA) ou o Modified-Checklist Autism in Toddlers (M-CHAT) são umas das mais usadas para ajudar na entrevista para o diagnóstico do autismo.
- Dados de história familiar: E por último alguns questionamentos voltados a historia da família, se existe na família algum transtorno neuropsiquiátrico, se as idades maternas e paternas são acima de 40 e também condições de parto, se houve problemas significativos ao nascer como até mesmo prematuridade, fatores estes que segundo estudos influenciam, aumentando o risco da criança ter autismo.
O momento ideal para que ocorra o diagnóstico é entre os 18 e 36 meses, evitando maiores complicações e tornando-se decisivos para o seu futuro.
Qualquer a identificação de sinais por mais leves que sejam é necessário o encaminhamento do caso suspeito para uma avaliação do especialista (geralmente neuropediatra ou psiquiatra infantil) para a confirmação deste diagnostico; alertando aos responsáveis que este encaminhamento seja o mais breve possível, evitando assim maiores complicações.
TRATAMENTO
O tratamento para o autismo deve ser o mais precoce possível, pois não existe cura para o autismo, mas quanto mais cedo diagnosticado melhor os resultados obtidos através do tratamento oferecido.
Cada ser humano é individual, então cada criança com autismo terá um tratamento desenvolvido pela equipe multidisciplinar adequado a satisfazer as suas necessidades.
Um dos tratamentos mais adequados para o autismo é o diagnóstico precoce e posteriormente terapias comportamentais, educacionais e familiares, pois não basta somente o tratamento ser feito com o paciente, e essencial que a família também faça parte para ajuda-lo a inserir a criança na sociedade e aumentar o convívio cada vez mais, maximizando as habilidades sociais e comunicativas dessa criança.
Existe alguns programas que buscam promover um desenvolvimento da linguagem e/ou comunicação e são geralmente feitos na casa da criança priorizando dessa forma o conforto e sob supervisão de um profissional qualificado.
Os métodos mais utilizados e que possuem comprovação cientifica de eficácia são:
- TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handcapped Children): tem o objetivo de melhorar as habilidades e a adaptação da criança, visando à independência e o aprendizado.
- PECS (Picture Exchange Communication System): Consiste numa comunicação alternativa através de figuras, facilitando para aqueles que apresentam dificuldades da fala.
- ABA (Applied Behavior Analysis): é uma analise comportamental, com objetivo que a criança se aproxime do funcionamento normal do desenvolvimento, reduzindo comportamentos indesejáveis e desenvolvendo habilidades.
E através desses programas é possível estimular o desenvolvimento social e a fala, melhorar o aprendizado, diminuir comportamentos que interfiram no acesso às oportunidades do dia a dia e também ajudar aos familiares a lidarem com o autismo.
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