Logística Hospitalar. Infante e Santos.
Por: Bella Maranhão • 25/8/2016 • Trabalho acadêmico • 1.040 Palavras (5 Páginas) • 552 Visualizações
Logística Hospitalar. Infante e Santos. PUC RJ. 2007. P. 14 – 42
O texto apresenta o conteúdo do segundo capítulo do livro escrito por Infante e Santos, intitulado Logística Hospitalar. Este capítulo é dividido em três tópicos, A Cadeia de Suprimento Hospitalar, O Desafio da Gestão da Logística Hospitalar e A Complexidade da Gestão da Cadeia de Suprimentos em Organizações de Saúde, nos quais também são inseridos subtópicos no desenvolvimento.
No tópico sobre A Cadeia de Suprimento Hospitalar os autores definem uma organização de saúde como um sistema produtivo de integração com outros setores, como de insumos e equipamentos. Além disso, o abastecimento da saúde envolve um sistema complexo de grande fluxo de materiais, pacientes, profissionais, informações, transações financeiras e pagamentos. É devido a toda essa complexidade que a logística desses sistemas precisa ser muito bem planejada e executada, a fim de garantir a disponibilidade eficiente desses fluxos para não haver faltas ou excessos.
Primeiramente, para uma boa logística, a dispensação de medicamentos é um fator de grande importância para o estabelecimento. O controle da farmácia em relação a demanda é o principal método de regulação da entrada e manipulação de medicamentos, de forma que qualquer falha pode gerar prejuízos para o local e até para os pacientes. O texto revela a necessidade do envolvimento direto do setor de compras, o controle de estoque, a padronização e ter a equipe devidamente treinada e capacitada (Cavallini e Bisson, 2002), mas também aliado a isso envolve a comunicação efetiva entre os diferentes profissionais da saúde para a avaliação dos casos para garantir um controle ideal dos medicamentos e materiais. A dispensação pode ser realizada por doses coletivas, em que a farmácia disponibiliza os medicamentos no nome do estabelecimento. Por esse meio é possível ter o controle das movimentações, facilidade na disponibilização de medicamentos para uso imediato, pouco volume de requisições a farmácia, entre outros. Por outro lado, há um controle fraco dos estoques, desvio das atividades de profissionais como enfermeiros, além de perdas do produto. Outra forma é a dose individualizada, em que a dispensação é feita no nome do paciente por meio de prescrição médica, o que promove uma otimização do estoque, bom controle do armazenamento, menor número de erros na transcrição. O lado negativo desse sistema são o alto custo e a necessidade do funcionamento da farmácia ser 24 horas. Por último, há também o meio da dose unitária, que consiste na dispensação no nome do paciente pela prescrição médica com sistema posológico rígido. Esse último método é ideal na otimização de recursos humanos da farmácia e resulta em menor número de devoluções para a farmácia, embora requer um custo maior.
Para o efetivo controle, os autores destacam a necessidade de especificação de materiais, sua seleção e padronização, classificação. Para a especificação, é requerido a descrição do material partindo do geral para o particular, inclusão de todas as informações necessárias para identificá-lo de modo a não gerar dúvidas, evitar características desnecessárias ou redundantes e utilização da terminologia padronizada. Para reduzir a variedade desnecessária de materiais que atendam às mesmas finalidades, é realizada a simplificação, que serve para reduzir o custo de terapêutica, racionalizar o número de medicamentos, facilitar os processos logísticos de planejamento, aquisição, armazenamento, distribuição e controle dos medicamentos, disciplinar a prescrição médica e uniformizar a terapêutica, aumentar a qualidade da farmacoterapia, padronizar a inclusão e exclusão de medicamentos. A classificação é a parte mais detalhada, apesar de ser simples para facilitar a busca do medicamento. É possível classificar materiais em ABC a partir da em ordem decrescente de montante e aplica-las em estoque, consumo, venda e fornecedores. Outra classificação de materiais é a XYZ, que leva em consideração a criticidade de materiais. A segunda classificação mostra ser a mais adequada já que prioriza os materiais de maior utilidade no setor, permitindo a definição de níveis de atendimento diferenciados para os graus de criticidade dos materiais utilizados na unidade hospitalar (Barbieri e Machline, 2006). Para potencializar essas classificações, realizaram a combinação das duas. Além disso, há o método de PQR que se mostra bastante necessário, consistindo na organização de materiais a partir da frequência que eles são utilizados no ano, o que permite uma maior facilidade para atender os casos mais comuns e incidentes.
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