Políticas de Saúde no Brasil: um século de luta pelo direito à saúde.
Por: AledioC • 25/9/2018 • Resenha • 669 Palavras (3 Páginas) • 235 Visualizações
Políticas de Saúde no Brasil: um século de luta pelo direito à saúde.
1900 – 1930: O início do século do progresso. Com o advento do capitalismo no Brasil, iniciaram-se os primeiros movimentos de industrialização do país, e cresce o número de imigrantes, entretanto, a saúde ainda era precária no país, principalmente no que dizia respeito à parcela da população sem recursos financeiros dispunha da saúde através somente de ações filantrópicas e caridades. O início do século foi marcado com a epidemia de várias doenças como a febre amarela, varíola, cólera, malária, tuberculose, que provocou um desinteresse na imigração para o Brasil.
Oswaldo Cruz foi nomeado Diretor do Departamento Nacional de Saúde Pública, e ele criou o controle epidemiológico e liderou a Reforma Sanitária Brasileira, instituindo a vacina contra a varíola como medida obrigatória. Esta medida não é foi aceita pela população da cidade do Rio de Janeiro, que se manifestou, organizando a Revolta da Vacina. Em 1917, ocorre uma greve dos operários em São Paulo em meio à epidemia de gripe espanhola, a greve terminou em 1919. Criou-se as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs), que garantiam assistência médica para a classe dos trabalhadores, marco para a criação da Previdência Social no Brasil.
Getúlio Vargas toma posse como presidente em 1930 e promete a unificação das estruturas de saúde.
1930 - 1945: Era Vargas. Getúlio Vargas era tido como o “pai dos pobres”, com promessas de instituir e regulamentar o salário mínimo, as aposentadorias e planos de saúde. São Paulo se opõe ao presidente exigindo a constituição prometida anteriormente. As Caixas de Aposentadorias e Pensões são substituídas pelos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs). Em 1937, Getúlio Vargas cancela as eleições continuando como presidente. Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) atua combatendo doenças no interior do Brasil. Em 1945 é deposto e Eurico Gaspar Dutra é o novo presidente.
1945 – 1964: O modelo de saúde brasileiro se inspira no modelo americano, divergindo do método médico assistencialista. A saúde no Brasil agora recebe investimentos diretos do governo e são construídos grandes hospitais modernos e bem equipados, contando com uma diversa equipe médica de acordo com as especialidades. Criação da Rede Tupi de Televisão (TV Tupi) e da Petrobras. Em 1953 é criado o Ministério da Saúde, para promover ações em saúde pública e tratar da saúde em modelo vertical. Posse de Juscelino Kubitschek com a política de “50 anos em 5”. Construção de Brasília. Em 1964 quando Jânio Quadros assume a presidência da república, ele tenta a reforma da saúde, mas os militares tomam o poder, e com o golpe militar instaura-se a ditadura.
1964 – 1988: Ditadura Militar. Em 1967 aconteceu a unificação de todos os IAPs, e criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). Ficava a cargo do INPS assegurar a Previdência Social a todos os trabalhadores, a agora abrangendo também os trabalhadores rurais. As medidas de prevenção, assim como controle epidemiológico eram responsabilidade do Ministério da Saúde. Grande investimento nos hospitais privados. Projeto de criação da Transamazônica, construção da ponte Rio-Niterói e Usina Hidrelétrica de Itaipu. Criou-se o Instituto Nacional de Atenção Médica da Previdência Social (INAMPS). Ocorre o movimento: Diretas Já! Em 1985 provocando o fim da ditadura e eleição de Tancredo Neves. Em 1986 aconteceu a 8ª Conferência Nacional de Saúde, que objetiva a criação de um sistema único de saúde, igualitário e universal. Nessa conferência foi aprovada a constituinte o Sistema Único de Saúde (SUS).
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