Resumo Tronco encefálico
Por: Júnior Pereira • 11/11/2015 • Trabalho acadêmico • 1.645 Palavras (7 Páginas) • 1.667 Visualizações
Por: Edvaldo Pereira da Silva Júnior
RESUMO TRONCO ENCEFÁLICO
O tronco encefálico está situado entre a medula e o diencéfalo, estando ventral ao cerebelo.
Há nele, núcleos (agrupamento de corpos celulares) e tratos ou fascículos (agrupamento de fibras nervosas). Alguns desses núcleos recebem ou emitem fibras que entram na constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 estão no tronco encefálico. O tronco se divide em: Bulbo, situado caudalmente, mesencéfalo, situado cranialmente, e ponte, situada entre ambos.
BULBO (MEDULA OBLONGA):
Tem forma de tronco de cone, está em continuidade com a medula, o limite entre ambos está ao nível do forame magno.
Estruturas do bulbo:
- Sulco bulbo-pontino: Pode ser visto anteriormente, separa o bulbo da ponte.
- Sulcos longitudinais do bulbo: Os mesmos da medula, são continuações.
- Forame cego: Região onde termina a fissura mediana anterior.
- Pirâmides: Estruturas alongadas de fibras descendentes, que ligam áreas motoras do cérebro à medula, estão de cada lado da fissura mediana anterior.
- Decussação das pirâmides: Região onde o feixe de fibras piramidais se cruzam, estão na parte caudal do bulbo.
- Oliva: Eminência oval entre os sulcos laterais anteriores e posteriores, formado por substância cinzenta o núcleo olivar inferior.
- Nervo hipoglosso (XII par craniano): Ventralmente à oliva, emergem do sulco lateral anterior os filamentos radiculares do nervo hipoglosso, que irão formá-lo.
- Nervo glossofaríngeo (IX par craniano): Seus filamentos emergem posteriormente à oliva do sulco lateral posterior.
- Nervo vago (X par craniano): Seus filamentos radiculares também se originam do sulco lateral posterior, contudo estão dispostos inferiormente aos do glossofaríngeo.
- Nervo acessório (XI par craniano): Uma parte de seus filamentos originam-se também do sulco lateral posterior, ainda na raiz craniana ou bulbar, a outra parte dos filamentos que constituirão este nervo advém do mesmo sulco, sendo porém tal parte pertencente à raiz espinhal.
- Porção fechada do bulbo: Metade caudal do bulbo, é percorrido pela continuação do canal ependimário da medula.
- Porção aberta/rostral do bulbo: Constitui parte do assoalho do IV ventrículo.
- Área posterior do bulbo: Compreende a região que vai desde o sulco mediano posterior ao lateral posterior, está dividida em fascículo grácil (mais medial) e fascículo cuneiforme (mais lateral) pelo sulco intermédio posterior.
- Tubérculo do núcleo grácil e tubérculo do núcleo cuneiforme: Eminências contendo substância cinzenta, os núcleos grácil e cuneiforme, estão situadas na parte mais cranial dos fascículos.
- Pedúnculo cerebelar inferior (corpo restiforme): Grosso feixe de fibras, forma as bordas da metade inferior do IV ventrículo, dobra-se dorsalmente penetrando no cerebelo. Inferiormente está em contato com os tubérculos.
Obs: O sulco mediano posterior termina a meia altura do bulbo, por causa do afastamento dos lábios do bulbo para formação do IV ventrículo.
PONTE:
Estruturas:
- Pedúnculo cerebelar médio (braço da ponte): É formado por feixes de fibras transversais que percorrem a base ventral da ponte, e convergem de cada lado formando a estrutura, esta penetra no hemisfério cerebelar correspondente.
- Nervo trigêmeo (V par craniano): Demarca o limite entre a ponte e o braço da ponte, emerge por duas raízes, uma maior, raiz sensitiva e outra menor, raiz motora.
- Sulco basilar: Sulco longitudinal na superfície da ponte, aloja a artéria basilar.
- Sulco bulbo-pontino: Além de separar ventralmente a ponte do bulbo, emergem dele o VI, VII e VIII pares de nervos cranianos.
- Nervo abducente (VI par craniano): Emerge entre a ponte e a pirâmide do bulbo.
- Nervo vestíbulo-coclear (VIII par craniano): Emerge lateralmente, próximo a um pequeno lóbulo do cerebelo o folículo.
- Nervo facial (VII par craniano): Emerge medialmente ao VIII com o qual mantém relações próximas.
- Nervo intermédio: Raiz sensitiva do VII par, está entre o facial e o vestíbulo-coclear.
Obs: Devido à presença de tantas raízes de nervos cranianos em uma área relativamente pequena, é comum em casos de tumores uma vasta gama de sintomas causadas por exemplo pela compressão dessas raízes na chamada síndrome do ângulo ponto cerebelar. Constitui juntamente com o bulbo o assoalho do IV ventrículo.
IV VENTRÍCULO:
É delimitado pelo rombencéfalo, tem forma de losango, está situado entre bulbo e ponte ventralmente e cerebelo dorsalmente. Continua caudalmente com o canal central do bulbo e cranialmente com o aqueduto cerebral e através deste se comunica com o III ventrículo.
Recessos laterais se comunicam com o espaço subaracnoideo pelas aberturas laterais (forames de Luschka) e pela abertura mediana do IV ventrículo, esta por sua vez de difícil visualização em peças anatômicas.
Estruturas do assoalho do IV ventrículo (fossa rombóide):
O assoalho é formado pela parte dorsal da ponte e porção aberta do bulbo. Limita-se ínfero-lateralmente pelos tubérculos do núcleo grácil e do núcleo cuneiforme. Supero-lateralmente limita-se pelos pedúnculos cerebelares superiores ou braços conjuntivos (feixes de fibras nervosas, que saem de cada hemisfério cerebelar, fletindo-se cranialmente e convergindo para penetrar no mesencéfalo.
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