Atividade Contextualizada Nutrição Materno Infantil
Por: Desirée Guimarães • 18/2/2023 • Trabalho acadêmico • 1.390 Palavras (6 Páginas) • 144 Visualizações
GRUPO SER EDUCACIONAL
UNIVERSIDADE UNINASSAU
CURSO: NUTRIÇÃO
DISCIPLINA: NUTRIÇÃO MATERNO INFANTIL
NOME DO PROFESSOR EXECUTOR: DEISE PEREIRA DE LIMA OLIVEIRA
NOME DO TUTOR: PALOMA TRAVASSOS DE QUEIROZ
NOME DO ALUNO: DESIRÉE SILVEIRA GUIMARÃES
ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA
A gravidez é um processo natural e fisiológico da mulher, começa com a fecundação do óvulo pelo espermatozóide e é finalizada com o nascimento. Normalmente é um processo que acontece no decorrer de 40 semanas, onde ocorre várias alterações físicas, metabólicas, hormonais, anatômicas, bioquímicas e fisiológicas. Essas alterações podem provocar na gestante um desequilíbrio funcional, ocasionando assim o aparecimento de algumas patologias, dentre elas a Hipertensão na gestação, Diabetes Gestacional, Anemia, Infecção no Trato Urinário, Sífilis, Hepatite B. (CAMBOIM, 2017)
A Hipertensão gestacional é uma doença que acontece em cerca de 5% a 10% das gestações, onde ocorre um aumento da pressão arterial sistêmica. É uma das principais causas de morbimortalidade materna e perinatal. As mulheres grávidas que apresentam fatores de risco para o desenvolvimento da hipertensão deverão receber orientação quanto ao controle do ganho de peso. Na consulta pré-concepcional e em todas as consultas do pré-natal é recomendada a aferição da pressão arterial, porque a detecção precoce da anormalidade na pressão arterial é uma importante estratégia para o diagnóstico da hipertensão na gestação. (GOMES E SANTOS, 2019)
O Diabetes mellitus gestacional é uma doença metabólica caracterizada por aumento da resistência insulínica causada pelos hormônios gestacionais, o que podem levar a hiperglicemia. É uma doença que causa elevados índices de morbimortalidade perinatal, macrossomia e malformações fetais, trauma materno ou fetal no parto, partos operatórios, polidrâmnio, morbidade respiratória e metabólica no neonato. Já a Infecção do trato urinário durante a gestação é a infecção bacteriana que acontece com maior frequência na gestação, cerca de 17% a 20% das mulheres grávidas. Essa infecção pode ocasionar complicações importantes, como sepse materna, pielonefrite, infeção neonatal, prematuridade, podendo levar até ao óbito fetal. É de suma importância que a equipe de saúde realiza uma investigação durante todo o período gestacional; que faça a realização dos exames de rotina do pré-natal, que incluem urina de rotina e urocultura; monitoramento da recorrência da infeção, para assim assegurar a saúde da gestante e proteção do feto. (GOMES E SANTOS, 2019)
É essencial que os profissionais de saúde em todas as consultas do pré-natal incentivem a gestante a criação de hábitos saudáveis, pois a alimentação adequada e equilibrada nesse período tem papel determinante sobre os desfechos relacionados a gestante e ao bebê. Além de contribuir para a prevenção de ocorrências negativas, garantir reservas biológicas necessárias ao parto e pós-parto, garantir substrato para o período da lactação, favorecer o ganho de peso adequado e evitar o surgimento de algumas patologias gestacionais. Esses profissionais também devem intensificar as orientações quanto aos cuidados no decorrer da gestação; mostrar a importância da realização do pré-natal e a presença das gestantes nessas consultas. Por meio do pré-natal os profissionais de saúde realizam o rastreamento das doenças, faz a detecção precoce de patologias e implementam medidas durante o tratamento. Isso faz com que ocorra uma diminuição dos riscos para a gestante e para o feto. ( CAMBOIM, 2017)
No que diz respeito ao aleitamento materno, ele tem grande impacto na saúde física e psíquica da mãe e da saúde do bebê ao longo da vida. É um processo que abrange um maior vínculo entre mãe e filho, envolvendo fatores fisiológicos, ambientais e emocionais. O leite materno oferece os nutrientes necessários para a criança começar uma vida saudável, é o alimento primordial para o bebê até o sexto mês de vida como alimento exclusivo; depois deve ser complementado com outras fontes nutricionais até pelos menos os 24 meses. O aleitamento traz repercussões positivas no estado nutricional da criança, no seu sistema imunológico, no seu desenvolvimento cognitivo e emocional. Dentre seus benefícios pode-se citar: prevenção de diarreia, infecção respiratória; redução do risco de alergias, do risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes; diminuição da chance de obesidade; melhor desenvolvimento da cavidade bucal. (BRASIL, 2015)
Dessa forma, é papel dos profissionais de saúde informar as mães sobre a importância do aleitamento materno para ela e para o bebê; sobre a adoção de práticas saudáveis de aleitamento materno; além de incentivar, apoiar e fazer o aconselhamento em amamentação. É de suma importância que esses profissionais identifiquem e compreendam o aleitamento materno no contexto sociocultural e familiar; e procurem formas de interagir com a população. O profissional necessita estar preparado para prestar assistência solidária, eficaz, contextualizada e integral, respeitando o saber e a história de vida de cada mulher, além de ajudar na superação dos medos, dificuldades e inseguranças por parte da mãe. ( PERES, 2021)
Quanto a Nutrição materna pós-natal, a lactação é um período de grande demanda energética e as necessidades nutricionais da nutriz nessa fase são aumentadas, por causa da produção do leite e aumento das demandas de algumas vitaminas, como é o caso das vitaminas A, B12, B6, C e E. Para calcular a necessidade energética da mãe, deve-se levar em consideração não somente o estado nutricional, mas também a duração e a intensidade da amamentação. O Cálculo do valor energético total da dieta materna pode ser realizado através da fórmula: VET = GE (TMB x NAF) + adicional energético para a lactação – energia para a perda de peso. Onde VET = Valor Energético Total, GE = Gasto Energético, TMB =Taxa Metabólica Basal e NAF = Nível de Atividade Física. As recomendações nutricionais de proteínas são aumentadas durante a amamentação, assim como de alguns nutrientes, com o aumento na vitamina A e no Folato. (CAMPOS e PALANCH, 2017)
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