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O CONSUMO DE REFRIGERANTES ENTRE ADOLESCENTES NA CIDADE DE DOURADOS-MS

Por:   •  12/5/2015  •  Artigo  •  1.983 Palavras (8 Páginas)  •  518 Visualizações

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O CONSUMO DE REFRIGERANTES ENTRE ADOLESCENTES NA CIDADE DE DOURADOS-MS

ANGELO, Roseli R.; STEIN, Ariane M; VIEIRA, Luciana P.*

RESUMO

No Brasil, metade da população adulta está acima da faixa de peso saudável e um fator preocupante e assustador é o número crescente de crianças e adolescentes obesos, consequência do acesso ilimitado a alimentos de alta densidade energética e da vida em frente da TV e dos computadores. E as bebidas açucaradas como os refrigerantes são um dos maiores vilões da saúde segundo os nutricionistas, e com este trabalho, procuramos relatar associando o aumento do consumo de refrigerantes entre crianças e adolescentes da cidade de Dourados-MS, pois este teve crescimento de consumo entre a população brasileira.

Palavras-Chave: obesidade, adolescente, refrigerantes.

ABSTRACT

In Brazil, half the adult population is overweight, and a disturbing and frightening factor is the growing number of obese children and adolescents, a consequence of unfettered access to foods of high energy density and life in front of the TV and computers. According to nutritionists sweet beverages like soft drinks are one of the greatest villains’ health and with this research; we try to report associating the increase consumption of soft drink among children and adolescents in the city of Dourados-MS, because this had consumption growth among the Brazilian population.

Keywords: obesity, adolescent, soft drinks.

INTRODUÇÃO

A Obesidade é a maior das ameaças à saúde do século XXI. O processo inflamatório crônico, os hormônios e os mediadores químicos produzidos e liberados pelo tecido adiposo acumulado em excesso, aumentam o risco de doenças cardiovasculares, metabólicas, pulmonares e de diversos tipos de câncer.

No Brasil, dados de pesquisas nacionais identificaram uma tendência de aumento na prevalência de sobrepeso entre crianças e adolescentes. O inquérito mais recente mostrou que o sobrepeso entre os adolescentes brasileiros triplicou desde 1980, alcançando 17% em 2003. (NOGUEIRA, 2009)

Ao contrário dos carboidratos complexos contidos nos alimentos ricos em fibras, como as frutas e as verduras, as bebidas açucaradas são pobres em nutrientes, não induzem saciedade e estão ligadas a maus hábitos alimentares, como o consumo de fast food, doces, biscoitos e salgadinhos empacotados.

Segundo Ribeiro et al, o mercado brasileiro de refrigerantes é o terceiro em nível mundial, com um consumo de 11 bilhões de litros em 1998, e no Brasil, dados de pesquisas nacionais identificaram uma tendência de aumento na prevalência de sobrepeso entre crianças e adolescentes desde então.

A característica mais assustadora dessa epidemia é o número crescente de crianças e adolescentes obesos, consequência do acesso ilimitado a alimentos de alta densidade energética e da vida sedentária, e o consumo de refrigerantes e sucos açucarados vem sendo umas das maiores fontes de calorias ingeridas por crianças e adolescentes, contribuindo para um ganho de peso prejudicial, podendo ser também um marcador para outros problemas alimentares.

Segundo Hammer, a definição de obesidade é muito simples quando não se prende a formalidades científicas ou metodológicas. O visual do corpo é o grande elemento a ser utilizado. O ganho de peso na criança é acompanhado por aumento de estatura e aceleração da idade óssea. (1992, p 440).

As recomendações do Ministério da Saúde para que crianças e adultos evitem refrigerantes e sucos açucarados e, principalmente, aumentem os níveis de atividade física, devem ser levadas a sério.

Por meio desde trabalho, pretendeu-se analisar as relações de consumo desses tipos de bebidas açucaradas com os fatores de risco como a obesidade, pois este, na adolescência tende a persistir até a fase adulta e está associada a graves complicações de saúde.

Será que podemos dizer que essas bebidas contribuem de forma efetiva para ganho de peso entre as crianças e adolescentes que o consomem?

Os adolescentes constituem um grupo nutricionalmente vulnerável, considerando-se suas necessidades nutricionais aumentadas, seu padrão alimentar e estilo de vida, e sua suscetibilidade às influências ambientais. (RIBEIRO et al, 2012).

Entre os principais temas polêmicos encontrados no estudo da alimentação do ser humano, um dos mais controversos é o uso do refrigerante por crianças e adolescentes. Nunca, provavelmente, houve tanta discussão entre pediatras, nutricionistas, nutrólogos e outros profissionais da saúde sobre um produto que, seguramente, é de grande aceitação nesse público alvo.

Segundo Canty & Chan, consumir em excesso líquidos leves, mas calóricos e ter uma inadequada prática de alimentação precoce são prejudiciais e indutores da obesidade. (1991, p. 1159).

Acredita-se, então que o acesso a informações sobre alimentação e nutrição e o monitoramento do consumo alimentar são importantes para a identificação de um comportamento de risco, bem como para garantir o pleno potencial de crescimento e desenvolvimento dos adolescentes e com este trabalho procuramos relatar associando o aumento do consumo de refrigerantes entre crianças e adolescentes, pois o este teve crescimento de consumo entre a população brasileira.

A preferência das pessoas, começando pelos adultos (pais), as propagandas e o sabor marcante e agradável são alguns aspectos que contribuem para o início precoce do consumo desde a infância, sua perpetuação na adolescência e fase adulta. Este tipo de hábito alimentar acompanha o modelo globalizado de alimentação fastfood, o qual tem sido apontado como importante fator de risco para obesidade e doenças cardiovasculares, dentre outros problemas de saúde como o sobrepeso e obesidade.

Através do presente trabalho, objetivamos avaliar e descrever o consumo excessivo de refrigerantes por adolescentes da cidade de Dourados e seus riscos à saúde como doenças crônicas de fatores de risco como a obesidade.

MÉTODOS

Este trabalho foi desenvolvido com pesquisa qualitativa de cunho bibliográfico, aonde foram entrevistados 40 adolescentes de ambos os sexos da cidade de Dourados – MS, na faixa etária de 13 a 18 anos dentre meninos e meninas foram incluídos dentro do grupo amostral da pesquisa. E através de estudo transversal obtivemos os dados necessários para a formulação

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