Os Ciclos De Vida E Aspectos Biopsicossociais: Influência Da Mídia Na Alimentação Infantil
Por: Lysa Carollini Maquart • 1/6/2023 • Trabalho acadêmico • 3.017 Palavras (13 Páginas) • 197 Visualizações
CICLOS DE VIDA E ASPECTOS BIOPSICOSSOCIAIS: INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA ALIMENTAÇÃO INFANTIL
[1]Bruno Cipriano Rezende
¹Luana Schreider Lemos de Freitas
¹Lucas Guildolin Lohr
¹Lysa Carollini Maquart
¹Marlucia Alves Araújo Cirqueira Fazolo
[2]Elisabete Rafacho Ortiz Cassanta
Resumo
O presente trabalho busca destacar a influencia que a mídia traz na vida do ser humano, principalmente na fase infantil, gerando forte impacto negativo no cotidiano e principalmente nos hábitos alimentares e saúde. Abordamos as implicações e o uso das estratégias persuasivas que a mídia utiliza para atingir seu público alvo que na maioria das vezes são as crianças. Os alimentos são os produtos mais propagados pela mídia, e os que mais são anunciados são aqueles que não possuem os nutrientes necessários para uma alimentação saudável. O que de certa forma impacta e muito na vida da criança e muitas vezes viola a autoridade dos pais para com seus filhos.
Palavras – chave : Mídia. Hábitos alimentares. Publicidade infantil. Aspectos contemporâneos. Alimentação.
Introdução
Ao falarmos de alimentação, é necessário apontar aqui, que alimento é toda substância liquida ou sólida que quando ingerida, é degradada para suprir as necessidades do nosso organismo. Desde formar ou manter novos tecidos à fornecer energia para que o mesmo possa exercer suas funções adequadamente. São uma infinidade de nutrientes, dentre eles macro e micro moléculas, que são responsáveis por manter o equilíbrio do organismo humano. E a maneira mais eficaz de obter esses nutrientes é por meio de uma alimentação saudável e balanceada presentes em toda a vida do ser humano, desde o momento de sua formação no útero materno, ao momento em que chega ao seu fim de vida . A alimentação é o fator principal para que possamos nos desenvolver como seres humanos.
No entanto, “os padrões e hábitos alimentares da população vêm mudando nos últimos anos, principalmente em virtude das transformações que marcam o mundo contemporâneo, tais como a urbanização, a industrialização crescente, a relação entre tempo e espaço, as múltiplas atribuições da mulher na família e no trabalho, entre outras” (HENRIQUES et al., 2012).
Estes fatores reforçam a substituição de alimentos in natura ou minimamente processados, por alimentos ultra-processados e/ou refeições fora de casa, devido à sua praticidade e economia de tempo. Com isso, as crianças são expostas cada vez mais cedo a uma alimentação desequilibrada, pobre em nutrientes e excessiva em calorias (BRASIL, 2014).
A televisão e as mídias sociais atuais despertam sensações, prazeres, emoções e alegrias e por possuir grande tempo de exposição, chama a atenção principalmente das crianças que acabam se encantando pelos produtos divulgados (FREITAS et al., 2018). Produtos esses, que na maioria das vezes é um alimento, que principalmente pelo método de produção , não é capaz de suprir as necessidades do organismo, do contrário trazendo grandes riscos de obesidade e outras doenças a curto e longo prazo, já na fase em que a criança necessita de um apoio maior e uma educação melhor com relação à alimentação. o presente trabalho busca destacar a gravidade do assunto proposto, como forma de buscar melhorias nesse quesito, dando ênfase à maneira em que a mídia pode trabalhar para incentivar uma campanha alimentação saudável desde a maternidade.
Metodologia
Este é um trabalho de revisão bibliográfica com enfoque de pesquisa quali-quantitativa de visão reflexiva, tendo como fontes para fundamentação do tema, artigos nacionais e internacionais sobre a influencia da mídia no consumo alimentar infantil. A Coleta de dados foi realizada pela base de dados encontradas em : Google Acadêmico, Ministério da Saúde, Scielo, El conocimiento de los valores, Jornal da pediatria. Para organização dos dados, utilizamos os artigos da temática supracitada sem ordem para coleta. Para pesquisas utilizamos “influencia da mídia na alimentação infantil”. As referencias utilizadas foram de uma progressão entre os anos 2000 à 2019.
Referencial Teórico
A infância é o período em que os seres humanos, crianças, formam e desenvolvem seus aspectos psicomotores, preferências e capacidade social, e para que esse desenvolvimento ocorra de maneira saudável é necessária uma alimentação balanceada.
É também nessa primeira fase da vida que os hábitos alimentares se formam, a alimentação que uma criança leva nos primeiros anos de vida, aproximadamente até os 06 seis anos de idade, podem pautar suas preferências alimentares na até a vida adulta (RAMOS, 2004).
Ocorre que nos tempos atuais com a correria do dia-a-dia muitos pais e responsáveis não têm o tempo necessário para se dedicar a alimentação da criança, criar nela hábitos alimentares e preparar refeições caseiras e isso faz com que eles optem por refeições rápidas, quase sempre industrializadas, que acreditam ser saudáveis, pois é desse modo que muitas vezes as campanhas publicitárias desses alimentos os vendem.
Além disso, de acordo com Lima (2010) “na era do imediatismo, da correria e da falta de tempo dos pais, a televisão, o computador, o tablet e o celular tornaram-se os companheiros prediletos das crianças exercendo papel socializador e influenciando, entre outras coisas, nas práticas alimentares”.
A falta de tempo dos pais para criar hábitos alimentares saudáveis nas crianças, aliado a exposição delas a diversas mídias, por meio de vários dispositivos contribuem para que se criem preferências alimentares ruins, pois são bombardeadas por diversos anúncios publicitários de alimentos industrializados, mas, ao mesmo tempo, atrativos.
Paralelamente a isso o número de publicidade infantil aumentou, justamente devido a indústria alimentícia ter descoberto esse nicho com potencial lucrativo.
Segundo Pontes et al. (2009) “o marketing nutricional é utilizado para promover a venda dos seus produtos, ideias, iniciativas e ainda como um apelo de compra. Tudo depende dos fatores emocionais e cognitivos do consumidor” (FREITAS E NASCIMENTO, 2019).
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