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PATOLOGIA HUMANA ALCOOLISMO E ESTEATOSE

Por:   •  16/9/2015  •  Seminário  •  1.856 Palavras (8 Páginas)  •  322 Visualizações

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DOS ALIMENTOS

GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DOS ALIMENTOS

NUTRIÇÃO

DÉBORA PEREIRA

LUCIANA GODINHO

JÚLIO CESAR

DENISCLEITON

IGOR MARTINS

KAROLINA

        

PROFa: ANGÉLICA

PATOLOGIA HUMANA

ALCOOLISMO E ESTEATOSE

LAVRAS – MG

2014

INTRODUÇÃO

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 2 bilhões de pessoas de todo o mundo consumem bebidas alcoólicas, e que 76,3 milhões apresentam doenças associadas ao consumo excessivo de álcool, uma vez que este é uma das drogas mais usadas pela sociedade (BUCHO, 2012).

O consumo em excesso dessa droga, pode ocasionar vários danos ao organismo humano, como a Esteatose hepática alcoólica.

A Esteatose hepática se distingue em alcoólica e não alcoólica, sendo uma doença que se caracteriza essencialmente pelo acúmulo de gordura nas células do fígado (hepatócitos), o mesmo possui normalmente pequenas quantidades de gordura, mas quando essa ultrapassa 10% do peso hepático, nos deparamos com tal doença, também conhecida como fígado gorduroso.

Esteatose hepática não alcoólica (DHGNA), está comumente associada com diabetes tipo 2, obesidade e hipertensão, possuindo maior probabilidade de ocorrência em mulheres (KUMAR; ABBAS; ASTER, 2013 p. 623). Nos meados da década de 80, essa doença passou a chamar atenção de muitos médicos devido a epidemia de obesidade que assolava os USA (Estados Unidos da América). Entretanto, esta doença nos seus primórdios era conhecida como hepática leve, pois em geral os sintomas e complicações não eram perceptíveis. No entanto, a Esteatose hepática alcoólica, como já citado, está diretamente relacionado com o consumo excessivo de álcool. Trata-se de uma doença complexa que varia desde a esteatose, à inflamação e necrose hepática, à fibrose progressiva e cirrose ( BUCHO, 2012). O indivíduo que apresenta este desfecho e ainda está acima do peso, apresenta um maior risco à saúde.         

A descoberta desta patologia normalmente se dá através de exames de ultrassonografia e ou tomografias, sendo na maioria das vezes descobertas de maneira acidental, justamente pela doença ser assintomática na sua fase inicial.

ETIOLOGIA

Segundo o World health Organization (2014) o álcool além de possuir componentes psicoativos em sua formulação, também causa dependência, pois ele possui substâncias produtoras da mesma, sendo que o uso nocivo do álcool provoca uma doença de grande fardo social e econômico nas populações.

As sociedades contemporâneas estão cada vez mais expostas ao álcool, isso é determinado diretamente pelo volume de álcool consumido, o padrão de consumo, e em raras ocasiões, a qualidade do álcool consumido (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2014).

Vários fatores podem estar associados ao consumo de álcool seja ele a nível individual ou da própria sociedade como um todo, os ambientais, por exemplo, estão relacionados ao desenvolvimento da cultura, economia do pais, além é claro das aplicações das políticas do álcool, esses fatores estão associados ao aparecimento de várias patologias, sendo umas dessas a esteatose alcoólica (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2014).

A Esteatose Hepática é uma modificação de ordem morfofisiológica nos hepatócitos (células do fígado), sendo a mesma não caracterizada como doença. Ela é observada em diversos aspectos: desnutrição crônica, diabetes mellitus descompensado, abuso alcoólico, hepatite viral, colesterol, drogas como os corticoides e pode estar relacionada a algumas cirurgias para obesidade.

Os sintomas iniciais da esteatose hepática alcoólica, é uma leve dor abdominal. Mas, com o avanço dessa doença, podendo atingir à cirrose, os sintomas são mais agressivos.

DIAGNÓSTICO

Segundo a cartilha do Hospital Sírio-Libanês, para ser diagnosticada a esteatose, nos dias atuais disponibilizamos de alguns métodos /exames que são feitos com pacientes que de alguma forma apresentam sintomas provenientes ou similares a este distúrbio como: exames de sangue relativos ao fígado, já que a esteatose hepática é a causa mais comum de elevação das enzimas do fígado em exames de sangue de rotina. Outra maneira pode ser a detecção feita no exame físico realizado pelo médico, ou ainda por métodos de imagem, como a ultrassonografia de abdômen, tomografia ou ressonância magnética, sendo que ainda pode haver suspeita de esteatose quando o paciente apresenta obesidade central (aumento do diâmetro da cintura em relação ao quadril).

POR QUÊ  O ALCOÓLATRA TEM ESTEATOSE ?

  • O alcoólatra é frequentemente um desnutrido crônico.
  • O álcool é tóxico e potencialmente lesivo aos hepatócitos.
  • O metabolismo do álcool produz acetilCoA em excesso, que acaba sendo utilizado para síntese de ácidos graxos pelo hepatócitos e, portanto, de triglicérides. Além disso, o metabolismo de grandes quantidades de etanol consome grande parte do NAD+ (nicotinamida adenina dinucleotídeo) que é utilizado como aceptor de elétrons no ciclo de Krebs.

EPIDEMIOLOGIA

De acordo com Laranjeira et. al. (2007):

"Segundo dados de 2004 da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 2 bilhões de pessoas consomem bebidas alcoólicas. Seu uso indevido é um dos principais fatores que contribui para a diminuição da saúde mundial, sendo responsável por 3,2% de todas as mortes e por 4% de todos os anos perdidos de vida útil. Quando esses índices são analisados em relação à América Latina, o álcool assume uma importância ainda maior. Cerca de 16% dos anos de vida útil perdidos neste continente, estão relacionados ao uso indevido dessa substância, índice quatro vezes maior do que a média mundial."

Os índices epidemiológicos para pacientes alcoólicos são bem maiores que aqueles que o consomem moderavelmente, ressaltando que o consumo excessivo de álcool nos pacientes diagnosticados com esteatose hepática pode apresentar maior chance de evoluir desfavoravelmente para a cirrose e insuficiência hepática.

De acordo com uma pesquisa realizada por Mincis e Mincis (2010) a comprovação da hepatotoxicidade do etanol baseou-se em estudos epidemiológicos e em trabalhos realizados no próprio homem, que teve como reultado formação de esteatose, com alterações ultraestruturais, após 48 horas de administração de uísque, em doses consideradas “sociais”.

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