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TERAPIA OCUPACIONAL EM CONTEXTOS HOSPITALARES: UNIDADES NEUROLÓGICAS

Por:   •  28/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.485 Palavras (6 Páginas)  •  686 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

FACULDADE DE MEDICINA

BACHARELADO EM TERAPIA OCUPACIONAL


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TERAPIA OCUPACIONAL EM CONTEXTOS HOSPITALARES:
UNIDADES NEUROLÓGICAS

Juliana Souza, Laryssa Dantas, Lauren da Rosa, Paloma Souza, Paulo Danielci e Priscila Cavalcanti

Pelotas, Março de 2017.

INTRODUÇÃO

Este trabalho, apresentado à disciplina de contextos hospitalares do curso de Terapia Ocupacional da Ufpel, tem como objetivo discorrer a respeito da importância da TO no contexto hospitalar, especificamente em unidades neurológicas, descrevendo suas especificidades, apresentando conceitos relacionados às capacidades da neurologia que interferem no processo de saúde-doença nas unidades de tratamento. Através de fundamentação histórica da inserção da Terapia Ocupacional nesse contexto será demonstrado a relevância da profissão e a necessidade do trabalho em equipes multidisciplinares.

 A Terapia Ocupacional no contexto hospitalar é uma área que além dos aspectos curativos cuida das relações interpessoais e sociais. O ambiente é cercado por diversas questões complexas como, por exemplo, a biossegurança, a alta rotatividade e a preferência do sistema de saúde pelas intervenções breves, onde o terapeuta ocupacional atua facilitando a superação da doença. (DE CARLO; LUZO, 2004).

Em 2009 foi aprovada e publicada pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional a especialidade dos terapeutas ocupacionais em Contextos Hospitalares (Resolução COFFITO nº 371 de 06 de novembro de 2009)1 e no ano de 2012 foram publicados os Parâmetros Assistenciais Terapêuticos Ocupacionais, que descrevem diversas modalidades prestadas pelo Terapeuta Ocupacional em Contextos Hospitalares (Resolução COFFITO nº 418 de 04 de junho de 2012).

A TERAPIA OCUPACIONAL NOS CONTEXTOS HOSPITALATES

O terapeuta ocupacional pode trabalhar em diversos setores quando inserido na rede hospitalar, dependendo de suas especializações ou de forma multidisciplinar, desenvolvendo atividades de extrema importância para os pacientes, tendo como objetivo o desempenho funcional/ocupacional do sujeito pensando em prevenção e promoção de saúde. A prática é fundamentada nas diretrizes que guiam à atuação do profissional em todos os outros contextos, se ajustando às necessidades do ambiente e dos pacientes inseridos no campo de ação hospitalar.

De Carlo e Luzo (2004) entendem que para acompanhar as modernas tendências da instituição hospitalar, o terapeuta ocupacional precisou repensar sua prática. O que antes era uma prática voltada a intervenção junto ao paciente crônico, no decorrer dos tempos foi direcionada para uma tendência internacional, com uma reorganização dos cuidados em saúde, com períodos de internação mais curtos, resultando em atendimentos voltados a pacientes agudos.

O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) define a função do terapeuta ocupacional, como um profissional capaz de realizar:

Procedimento de avaliação, intervenção e orientação, realizado com o cliente internado e/ ou familiar e cuidador, em pronto atendimento, enfermaria, berçário, CTI, UTI (neonatal, pediátrica e de adulto), unidade coronariana, isolamento, brinquedoteca hospitalar, unidade materno-infantil, internação domiciliar e unidade de desintoxicação, para intervenção o mais precoce possível, a fim de prevenir deformidades, disfunções e agravos físicos e/ou psicoafetivo-sociais, promovendo o desempenho funcional/ocupacional e qualidade de vida durante a hospitalização.

Para Galheigo e Antunes (2008), se faz necessário maiores discussões sobre organização e intervenção no ambiente hospitalar, como por exemplo: a necessidade de delimitação das áreas de atuação do terapeuta ocupacional, e aprofundamento em discussões acerca da relação entre a visão profissional e sua intervenção.

        UNIDADES NEUROLÓGICAS

As doenças neurológicas podem ter diferentes origens: genética ou hereditária; congênita, ou seja, dependente de um distúrbio do desenvolvimento embrionário ou fetal do Sistema Nervoso Central ou Periférica, assim como traumas crânio-encefálicos (TCE), traumas raqui-medulares (TRM) e substituição de órgãos sensoriais disfuncionais por dispositivos artificiais, e adquirida, ou seja, ocorrendo, com maior ou menor influência do ambiente, ao longo dos diferentes períodos da vida, desde a fase neonatal até a velhice.

Em diferentes combinações e gradações, os sinais e sintomas acima citados, compõem os principais grupos de doenças neurológicas, a saber: Doenças vasculares: acidente vascular cerebral, popularmente conhecido como derrame. Doenças desmielinizantes: esclerose múltipla e outras. Doenças infecciosas: meningites, encefalites. Tumores do Sistema Nervoso Central ou Periférico. Traumatismos cranianos (repercussão no cérebro) ou raquianos (repercutem sobre a medula espinal). Doenças inflamatórias: polirradiculoneurite, polimiosite. Alterações do desenvolvimento: deficiência mental, paralisia cerebral, déficit de atenção/hiperatividade, dislexia e outros.

Doenças degenerativas, com ou sem hereditariedade definida, com ou sem distúrbio metabólico detectado: fenilcetonúria, distrofia muscular progressiva, Parkinson, Alzheimer, adrenoleucodistrofia (doença do óleo de Lorenzo) e muitas outras. Considerando que o paciente neurológico necessita freqüentemente de um diagnóstico funcional, de acordo com o seu grau de comprometimento e de o déficit ser temporário ou permanente (seqüela), existem especialidades paramédicas altamente relacionadas ao atendimento neurológico, tais como Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Psicologia, Pedagogia e Fonoaudiologia, envolvidas com o tratamento paliativo de reabilitação, cujos princípios o neurologista deve conhecer para poder recomendar.

A UTI neurológica é uma estrutura específica dedicada ao tratamento de pacientes com as mais diversas patologias, desde acidente vascular cerebral (hemorrágicos ou isquêmicos) a traumatismos crânioencefálicos e infecções no sistema nervoso central (como meningite, por exemplo). Atende também pessoas que tenham sido acometidas por aumento de pressão intracraniana ou processo de desobstrução dos vasos sanguíneos do cérebro.

Durante a internação na UTI, o paciente deve ser orientado sempre que possível, sobre o seu estado, de forma a evitar estresse, intercorrências e ansiedade por parte do familiar, o qual deve ser orientado sobre a rotina da unidade, estado geral do paciente, permanência, transferência, entre outros.

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