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O Estudo das formas e técnicas de exame do paciente

Por:   •  29/11/2017  •  Exam  •  7.044 Palavras (29 Páginas)  •  526 Visualizações

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1. Conceitue :

a) semiologia

- É o estudo das formas e técnicas de exame do paciente.

b) semiotécnica

- é a utilizaçao de recursos para exame do paciente. Pode ser física (denota alteraçoes anatomicas pelo exame físico funcional, como a claudicaçao quando há p. ex. aumento de volume de articulaçao) ou experimental (provoca alteraçoes organicas para se comprovar o diagnóstico, como o Teste de Tuberculinizaçao).

c) semiogênese

- procura explicar os mecanismos pelos quais os sinais clínicos aparecem e se desenvolvem.

d) sinal clínico

-é a alteraçao anatomica ou funcional pela qual a enfermidade se manifesta. Pode ser: local, geral, principal, patognomônico; inicial, tardio ou residual.

e) síndrome

- é um conjunto de sinais clínicos que afetam diversos sistemas, como a febre (hipertermia, sudorese, polidipsia sem poliuria), cólica equina, ICC, Insuficiencia Renal e etc.

2. Quais são as classificações do sinal clínico? Explique e exemplifique.

- o sinal clínico pode ser classificado quanto ao seu tipo (local, geral, principal ou patognomônico), quanto a sua evolução (inicial, tardio ou residual) e quanto ao seu mecanismo de produção (anatômico, funcional, reflexo/distante).

Quanto ao tipo, o sinal clínico local tem relaçao com o órgao envolvido (ex.: hiperemia de conjuntiva na conjuntivite).

O sinal clínico geral é quando se tem um comprometimento geral de um órgao ou sisttema que causa prejuizos em outras funçoes.

O sinal clínico principal é aquele relacionado com a localizaçao do sistema envolvido (ex.: crise epiléptica relacionada ao SNC).

O sinal clínico patognomônico ocorre somente em determinada enfermidade. Ex.: protusao da 3a palpebra em equinos com tétano.

Quanto à evolução,  o sinal clínico inicial é o primeiro sinal clínico observado, revelador da doença.

O sinal clínico tardio aparece após certo tempo do início da doença. Ex.: cegueira no diabetes melito.

O sinal clínico residual também é conhecido como sequela, que é a alteração permanente que ocorre na recuperação do animal, como por exemplo a mioclonia (reflexo do músculo aumentado) pode ser uma das sequelas no animal que teve cinomose.

Quanto ao mecanismo de produção:

O sinal clínico anatômico é a alteraçao na forma ou tamanho do órgao (ex.: aumento de volume articular).

O sinal clínico funcional é a alteraçao na funçao do órgao (ex.: claudicaçao em animais com fratura de membro).

O sinal clínico reflexo/distante ocorre longe do local de origem (sudorese em cavalos decorrente de cólica; icterícia decorrente de colestase hepática).

3. O que é diagnóstico? Quais são os tipos de diagnóstico?

- Diagnóstico é o reconhecimento de determinada enfermidade por suas manifestaçoes clínicas. O diagnóstico pode ser: nosológico/clínico, terapêutico, etiológico, presuntivo/provável ou diferencial. Também existem os diagnósticos: histopatológico, radiológico, laboratorial, sorológico, etc.

O diagnóstico nosológico/clínico é fundamentado na anamnses e exame físico complementar.

O diagnostico terapeutico é baseado na resposta favorável do paciente ao tratamento.

O diagnóstico etiológico é feito quando é possível determinar a causa da enfermidade.

O diagnóstico presuntivo é a suspeita clínica.

O diagnóstico diferencial lista doenças que podem causar o mesmo sinal clínico e que por isso precisam ser descartadas.

4. O que é prognóstico? Quais são os tipos de prognóstico?

- Prognóstico é a previsao da evoluçao da doença e suas prováveis consequencias; ele se baseia na perspectiva clínica de salvar a vida, recuperar a saúde ou curar o animal ou manter a capacidade funcional dos órgaos. O prognóstico pode ser favorável (evoluçao satisfatória), desfavorável (morte ou possibilidade de morte) ou reservado/incerto/duvidoso (de evoluçao imprevisível).

5. Defina tratamento e dê a classificação do tratamento de acordo com a sua finalidade.

- O tratamento é o meio utilizado para combater a doença. Pode ser: causal (combate a causa, como prover cálcio na hipocalcemia), sintomático (combate os sinais clínicos, como p. ex. um antiemético), patogênico (modifica o mecanismo da doença no organismo como o soro antitetanico ou a quimioterapia) ou vital (evita a morte, como transfusoes sanguíneas na anemia grave).

6. Diferencie exame físico e exame clínico.

- O exame clínico engloba o exame físico juntamente a todas as outras informaçoes necessárias para o diagnóstico (resenha, identificaçao, anamnese e exames complementares), porém o exame físico é constituído pelas informaçoes sobre os sinais clínicos pela inspeçao, palpaçao, auscultaçao, percussao e olfaçao, realizando-se nele o exame geral (estado geral e parametros vitais) e o exame especial (por sistemas organicos).

7. O que é anamnese?

- A anamnese sao as informaçoes sobre fatos de interesse médico atuais ou passadas na qual um informante (tutor ou tratador) fornece ao entrevistador (veterinário) acerca do paciente. Deve ser metódica e seguir a mesma sequencia, atentando para a confiabilidade da fonte de informaçao, a queixa principal, buscando saber a história médica atual, o comportamento dos órgaos (anamnese especial), a história médica pregressa e a história ambiental de manejo.

8. Quais são os métodos de exame físico? Dê exemplo prático de cada método.

- Sao cinco os métodos mais comuns de exame físico: inspeçao, palpaçao, percussao, auscultaçao e olfaçao. A inspeçao pode ser direta (visão), indireta (por equipamentos, como um oftalmoscópio, otoscópio, raio-X, etc). A palpaçao pode ser direta (mãos e dedos), ou indireta (sonda, cateter, pinça, agulha); nela deve-se avaliar a textura, espessura, temperatura, sensibilidade (apresenta hiperestesia?), presença de frêmito (ruído palpável: roce pleural, roce pericárdico, sopro grau V/VI ou VI/VI) e consistencia (mole, firme, dura, pastosa, flutuante, crepitante). Na percussao sao produzidos ruídos artificialmente para se avaliar a desnidade dos tecidos a se julgar pela sonoridade, avaliando tecidos com 7 cm ou menos de profundadidade e lesoes maiores do que 5 cm na maioria das vezes; sao utilizados técnicas diretas (digital) ou indiretas (digitodigital, martelopleximétrica) de percussao; o som produzido na percussao pode ser claro, timpânico, maciço, submaciço, hipersonoro (claro ou maciço) ou metálico geralmente. Na auscultaçao sao avaliados os sons cardíacos e respiratórios (da laringe até pulmões), borborigmos intestinais e a atividade ruminal, onde podem se ouvir ruídos aéreos (passagem de ar plas vias respiratórias), hidroaéreos (ar e líquidos, como borborigmos), líquidos (movimentaçao de líquido em uma estrutura, como sopros e líquidos cavitários), sólidos (atrito entre superfícies rugosas: roce pleural e roce percárdico). Na olfaçao se avalia o odor exalado, como ar expirado (uremia, acetonemia, halitose), transpiraçoes, secreçoes (otológica, gl. perianal), urina e fezes.

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