OBSTETRÍCIA "INDUÇÃO DO PARTO EM BOVINOS"
Por: MedVet2 • 20/5/2017 • Relatório de pesquisa • 1.634 Palavras (7 Páginas) • 2.874 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE LEME[pic 1][pic 2]
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
OBSTETRÍCIA
"INDUÇÃO DO PARTO EM BOVINOS"
Discentes:
Bárbara Volpi de Freitas RA: 8429161045
Gabrielle C. de Lima Volpi RA: 8061779175
Marta Liliane Vassconcelos RA:
Rayane RA:
Docente: Prof. Reginaldo Alexandre Marques
LEME
2017
OBSTETRÍCIA[pic 3][pic 4]
Trabalho apresentado com o objetivo
de complementar as notas do semestre
na disciplina de
Obstetrícia Veterinária sob orientação
do Profº Alexandre.
LEME
2017
- INTRODUÇÃO
Os prejuízos decorrentes das distocias causados pelo peso do bezerro ao nascer podem ser minimizados pela indução do parto. Essa prática possibilita a sincronização dos nascimentos para um momento pré-determinado onde haja a possibilidade de se realizar assistência ao parto, caso seja necessário (Bó et al., 1992). Nesse sentido, a utilização da indução e sincronização dos partos permite a adoção de técnicas de manejo mais efetivas no que se refere ao monitoramento dos animais (Davis et al., 1979).
A indução do parto pode ser utilizada para facilitar o manejo e agendar parições (Bellows et al., 1988). Tem sido amplamente utilizada por produtores de leite na Austrália e na Nova Zelândia, para sincronização da lactação (Macdiarmid, 1983; Mansell et al., 2006); bem como para a sincronização do parto em receptoras de embriões in vitro com cruzamento zebuíno (Nasser et al., 2008).
Entretanto, para que essa biotecnologia seja utilizada com eficiência é necessário o desenvolvimento de métodos acessíveis, com baixo custo e de fácil aplicação, que não comprometam a vida reprodutiva da fêmea gestante, bem como a viabilidade do recém-nascido (Rezende et al., 2009).
- PROTOCOLOS ADOTADOS PARA A INDUÇÃO AO CIO
Com a finalidade de antecipar o retorno à ciclicidade, aumentar a eficiência de sincronização de cio e a utilização da inseminação artificial (IA), métodos para induzir o retorno ao estro podem ser utilizados após 30-40 dias pós-parto em animais em condição corporal moderada ou superior (Brauner et al., 2009).
- GLICOCORTICÓIDES e PROSTAGLANDINAS
A parição pode ser previsivelmente induzida, em bovinos, pelo tratamento com glicocorticoides (Macdiarmid, 1983) ou suas associações com prostaglandinas (Wiltbank et al., 1984; Lewing et al., 1985). A indução do parto com glicocorticoides ou prostaglandinas foi uma ferramenta de manejo, inicialmente proposta para se diminuir partos distocicos, encurtando-se o período da gestação. A diminuição do peso do neonato ao nascimento (Barth, 1986), em torno dos 250 dias, pode trazer consequências indesejáveis como a retenção de placenta (Königsson et al., 2001) e redução de transferência passiva de imunoglobulinas pelo colostro (Wittum et al., 1994).
O protocolo mais comumente utilizado consiste na associação de glicocorticoides de curta ação com a prostaglandina F2α (PGF2α). A combinação desses dois hormônios, atuando de maneira sinérgica, resulta em índices satisfatórios de indução e sincronização dos partos. No entanto, este protocolo apresenta como desvantagem elevados índices de retenção de placenta (53%) quando comparado aos observados após partos espontâneos (Barth, 2006).
Antoniazzi et al. (2009) encontrou que a indução do parto com glicocorticoide de curta ação associado ao análogo sintético da PGF2a, independente da aplicação prévia de glicocorticoide de longa ação, mostra-se eficaz em um período de 41,36 ± 1,89h, a partir da aplicação hormonal aos 270 dias de gestação. Usando aplicação do acetato de metilprednisolona e a associação de dexametasona e cloprostenol sódico na indução aos 270 dias, foi registrado um índice de retenção de placenta em vacas de leite de 14,3% e os de corte; 52,6%, considerando-se 24h pós-parto. Esses animais foram observados até 48h pós-parto, apresentando redução para 5,3% de retenção de placenta, sem qualquer tratamento adicional.
Barth (2006) relatou que os glicocorticóides de curta ação que mais são utilizados são a dexametasona e flumetasona, com 80-90% de eficiência. Ao aplicar dexametasona (20-30mg) ou flumetasona (8-10mg), a média de parição fica em torno de 48 horas após a aplicação, podendo variar de 24-72 horas. No caso de em mais de 72 horas após a indução não ocorrer o parto o tratamento é considerável como ineficiente. Ao se utilizar 30mg de acetato de metilprednisolona como pré-indutor (longa ação) aos 255 dias de gestação, 20mg de dexametasona (curta ação) e mais 0,5mg de cloprostenol (prostaglandina) aos 270 dias de gestação; Antoniazzi et al. (2009) obtiveram eficácia na indução do parto e baixo nível de retenção de placenta.
Na tentativa de reduzir os índices de retenção de placenta obtidos com o uso de
glicocorticoides de curta ação e prostaglandina, alguns estudos vêm sendo desenvolvidos utilizando corticoides de longa ação na pré-indução dos partos (BARTH 2006). Outra abordagem da indução da parição é a utilização de corticoides de longa ação que induzem o parto muitos dias após a aplicação (DAVIS et al., 1979). Entretanto, o corticoide de longa ação não induz o parto tão precisamente como a dexamentasona ou flumetasona, logo, a utilização de um de longa ação, seguida por um de curta ação, pode resultar em um parto bem sincronizado e reduzir a incidência de retenções de placentas (DAVIS et al.,1979).
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