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REVISÃO BIBLIBIOGRÁFICA NOS CASOS DE INTOXICAÇÃO POR COBRE EM OVINOS: AGUDA, CRÔNICA E SEUS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS.

Por:   •  11/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  848 Palavras (4 Páginas)  •  401 Visualizações

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REVISÃO BIBLIBIOGRÁFICA NOS CASOS DE INTOXICAÇÃO POR COBRE EM OVINOS: AGUDA, CRÔNICA E SEUS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS.

Ana Karoline Pessette; Ana Carla D.Xavier ; Gabriella G.P do Nascimento;Marcos Eufrásio;Rayssa Ludmila Menegatti

INTRODUÇÃO

           No Centro-Oeste a ovinocultura e a produção de grãos vem crescendo constantemente, assim como os relatos de intoxicações por cobre. Sendo essa de grande impacto na ovinocultura, sendo o cobre (Cu) é um mineral usado na suplementação e em todas as células da espécie apresentada, já que provoca reações oxidativas, enzimáticas e a respiração celular.Segundo Lemos et al (1997); Sargison (2003) citado por Miguel (2013, p 365) “O quadro de intoxicação por cobre pode apresentar-se de duas formas distintas: um quadro agudo, em que o animal apresenta gastrenterite logo após o consumo de alta quantidade de cobre”. Também segundo Riet-Correa et al. (1989); Ortolani, (2003) já citado por Miguel (2013, p 365) “e uma forma crônica, em que ocorre o acúmulo gradativo do elemento em vários tecidos, principalmente no fígado, sem sinais clínicos durante alguns meses. Após uma situação de estresse, ocorre a liberação do elemento armazenado do fígado, causando quadro hemolítico e nefropatia”.Diagnósticos diferenciais com outras doenças são comuns com outras doenças, segundo Santos et al. (2008) citado por Miguel (2013, p 365) “os sinais clínicos e anatomopatológicos são similares aos de outras doenças, principalmente de intoxicação por braquiaria, sobretudo em animais criados em regime de pastoreio”.

OBJETIVO

        Este trabalho tem como objetivo relatar a intoxicação por cobre em ovinos que se apresentam de forma aguda e crônica, assim como seus diagnósticos diferencias, achados na necropsia e causas desta intoxicação.

MATERIAIS E MÉTODOS

Intoxicação por cobre aguda

Cinco ovelhas da raça Santa Inês de quatro anos de idade foram necropsiadas em uma propriedade rural em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Os sinais clínicos e dados epidemiológicos foram relatados pelo proprietário que disponibilizou uma semana antes aos óbitos uma mistura mineral formulada para bovinos além da silagem de milho (essa mesma que era fornecida já antes da mistura mineral). Recolheu-se fragmentos de diversos órgãos e tecidos, sendo que estes foram fixados em formol em solução a 10%. Foram recolhidas também amostras da silagem que esses animais consumiam. Os primeiros sinais clínicos ocorreram dentro de três dias, os animais começaram a apresentar anorexia e apatia, evoluindo fasiculação e rigidez muscular, seguido de morte. Na necropsia os animais apresentavam coloração amarelada na gordura do abdômen e do fígado, que também apresentou- se aumentado e com acentuação no padrão lobular, na superfície de corte foram encontradas áreas vermelhas brilhantes, levemente deprimidas e entremeadas por áreas amareladas. No exame histológico apresentava necrose centrolobular difusa e acentuada. O diagnóstico foi baseado nos achados clínicos, patológicos e nos níveis de cobre que foram encontrados nas amostras de fígado, silagem e mistura mineral que os animais estavam consumindo.

Intoxicação por cobre crônica

Quatro ovelhas da raça Texxel de três anos de idade, de uma propriedade rural em Dourados-Mato Grosso do Sul, criadas semi-extensivamente em capim Brachiaria brizanta. Em aproximadamente seis meses, eram suplementados com sal mineral destinados a bovinos. Foi relatado pelo proprietário que os animais na última semana apresentaram apatia, urina de coloração vermelha-escura a amarronzada, estavam decúbito esternal, seguido de decúbito lateral levando a obito. Foram observadas na necropsia edema subcutâneo ventral discreto e pequena quantidade de líquido seroso nas cavidades abdominal e torácica. Fígado com aumento de volume, amarelado, com alteração no padrão lobular e friável. Rins apresentaram coloração marrom-escura, aumento da estriação cortical e medular. Na bexiga encontrou-se conteúdo de cor marrom. Coletaram-se amostras de fígado, rins, coração, pulmões, músculos esqueléticos e encéfalo para fixação em formol a 10%. As amostras retiradas do fígado, rins e conteúdo da bexiga foram refrigeradas. No exame histológico o fígado apresentou áreas de necrose sem padrão zonal, irregulares, multifocais e acentuadas. No rim apresentou-se necrose epitelial tubular aguda, gotas hialinas e cilindros marrom-alaranjados nos túbulos coletores. O diagnóstico de intoxicação crônica por cobre foi baseado nos sinais clínicos, nos achados da necropsia, e no histopatológico pela coloração de Ulzmann que confirmou a presença de cobre no tecido hepático, caracterizado por acúmulo de material amorfo de coloração castanho-enegrecida no citoplasma de hepatócitos e de células de Kupffer.

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