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A Pescaria no Brasil

Por:   •  22/4/2019  •  Relatório de pesquisa  •  2.028 Palavras (9 Páginas)  •  341 Visualizações

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                       Pesca e Aquicultura

  Em média, cada pessoa no planeta come 20 kg de peixe por ano, com as próprias estimativas da FAO, sugerindo que isso representa 6,7% a 17% de proteína ingerida.

  O número é muito mais alto em alguns países em desenvolvimento, no entanto, onde as pessoas nas ilhas e nas áreas costeiras dependem muito de peixes para obter energia, chegando a 70% de proteína em alguns casos.
A proteína do peixe que está sendo medida também é capturada em águas interiores, e a aquicultura, a prática controversa da piscicultura em larga escala, expandiu-se rapidamente nos últimos anos.

[pic 1]Esta estatística mostra os principais produtores mundiais de aquicultura a partir de 2017, por país, em milhões de toneladas métricas. A partir de 2017, o volume anual de produção aquícola na China foi de aproximadamente 58,8 milhões de toneladas métricas. Fonte em: . Acesso em: 20 de agosto, 2018.
 
                   



                      Análise Mundial
 
  Com a produção pesqueira relativamente estática desde o final dos anos 80 no mundo, a aquicultura tem sido responsável pelo impressionante crescimento do fornecimento de peixe para consumo humano. Considerando que a aquicultura forneceu apenas 7% de peixe para consumo humano em 1974, esta parte tinha aumentado para 26 por cento em 1994 e 39 por cento em 2004. A China tem desempenhado um papel importante neste crescimento, pois representa mais de 60 por cento da produção mundial de aquicultura. No entanto, o resto do mundo (excluindo a China) também beneficiou com a sua cota de aquicultura no fornecimento global de peixe para consumo humano mais do que duplicou desde 1995.

 O crescimento na oferta global de peixe para consumo humano superou o crescimento da população nas últimas cinco décadas, aumentando a taxa média anual de 3,2% no período 1961- 2013, o dobro do crescimento populacional, resultando no aumento da
média per capita disponível. A per capita de consumo de peixe no mundo aumentou de uma média de 9,9 kg na década de 1960 para 14,4 kg na década de 1990 e 19,7 kg em 2013, com estimativas preliminares para 2014 e 2015 apontando para um maior crescimento além de 20 kg e em países de baixa renda com déficit alimentar (LIFDCs) (de 3,5 a 7,6 kg), ainda é consideravelmente menor que que nas regiões mais desenvolvidas, embora a lacuna está diminuindo.
 
 Em 2013, a
per capita de consumo de peixe aparente nesses países foi de 26,8 kg. Um considerável crescente da parte do peixe consumido nos países desenvolvidos, que consiste de importações, devido à demanda constante e pesca doméstica estática ou em declínio da produção. Nos países em desenvolvimento, onde os peixes são consumidos tende a ser baseada localmente produtos disponíveis, o consumo é impulsionado mais por oferta do que por demanda. No entanto, alimentado por aumento da renda doméstica, os consumidores e economias estão experimentando uma diversificação de os tipos de peixes disponíveis através de um aumento nas importações de produtos da pesca. Fonte em:. Acesso em: 20 de agosto, 2018.
 


                  Aquicultura Brasileira
   
  Em 2016 o balanço comercial de pescados estava em
déficit por inúmeros fatores. Esse déficit se deu por motivos como a grande seca na região Nordeste, que suspendeu a produção de tilápias e a redução da disponibilidade hídrica em todo o interior desta região. Outro fator importante foi a queda na produção de peixes redondos no estado do Mato Grosso, um dos maiores produtores do país, por conta de dificuldades no escoamento dos produtos. Houve queda na produção em Roraima, também provocada pela forte estiagem que atingiu o estado por dois anos consecutivos. A redução na produção de tilápias no estado de São Paulo, também por conta da estiagem nos grandes reservatórios de água em 2015.

  No setor pesqueiro, 2016 foi marcado por estagnação dos trabalhos de fomento e de promoção devido à incorporação do Ministério da Pesca e Aquicultura ao Mapa. O reduzido quadro de pessoal do Mapa trouxe sérios prejuízos ao setor no que diz respeito a emissão e renovação de licenças de pesca e fomento da atividade em relação aos programas do óleo diesel e de renovação da frota pesqueira. Outro fator que trouxe impacto para o setor pesqueiro, em 2016, foram os erros de transmissão de dados do rastreamento das embarcações, via satélite
. Fonte em:. Acesso em: 20 de agosto, 2018.



[pic 2]


               Investimentos na aquicultura
                                   
 
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), registraram a entrada de empreendimentos privados de maior porte na cadeia brasileira da aquicultura. O Município de Selvíria, em Mato Grosso do Sul, recebeu um investimento de 160 milhões de reais em um complexo que incluiu fábrica de ração, alevinagem, engorda e processamento de tilápia. Em Tocantinópolis (TO) houve construção de fábrica de ração e viveiros de engorda para a cadeia de tambaqui e pintado, mesmas espécies produzidas em Sorriso (MT), município onde foram investidos R$ 22 milhões para a instalação de frigorífico e fábrica de ração para peixes. A cidade de Almas, no Tocantins, já conhecida como polo aquícola do estado, recebeu instalações para engorda e processamento de tambaqui, pintado, matrinxã, piau, curimba e pirarucu.

Segundo dados do
IBGE para o ano de 2015, a produção de peixes de água doce é a principal categoria dentro da aquicultura brasileira respondendo por 84% da produção aquícola do País. A aquicultura marinha responde por apenas 16% da produção total, sendo composta pela carcinicultura (12%) e pela produção de ostras, vieiras e mexilhões (4%).

Entre as espécies de peixe, a tilápia (Oreochromis niloticus) e o tambaqui (Colossoma macropomum) respondem por 62% da produção nacional, de acordo com dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2016). Fonte em:. Acesso em: 20 de agosto, 2018.

[pic 3]


                  Piscicultura Brasileira

 
A produção brasileira de Tilápia foi de 357.639 toneladas em 2017, de acordo com levantamento da Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR). Esse resultado coloca o Brasil entre os quatro maiores produtores do mundo, atrás de China, Indonésia e Egito. Esse resultado é 8% superior ao de 2016 (640.510 t). 
 
 
A Tilápia é a mais importante espécie de peixes cultivados do Brasil. Segundo levantamento inédito da Associação Brasileira da Piscicultura, a espécie representa 51,7% da Piscicultura nacional A segunda posição não é de uma espécie em si, mas de uma categoria de peixes: os nativos. De acordo com a pesquisa da PEIXE BR, liderados pelo Tambaqui os nativos representam 43,7% da produção brasileira: 302.235 toneladas.

 
Outras espécies, entre as quais destacam-se Carpas e Trutas, representam 4,6% da produção brasileira de peixes de cultivo em 2017, com 31.825 toneladas. A pesquisa mostra que em todo o Brasil, pela primeira vez, os números da Tilápia no país, comprovando sua viabilidade em termos produtivos e como negócio, já que a espécie está presente nos maiores e mais recentes empreendimentos, sobretudo na região Sul/Sudeste.

   “A autorização para produção da Tilápia em estados com grande potencial de desenvolvimento da Piscicultura, como Tocantins e Mato Grosso, também mostra que a participação da espécie na Piscicultura brasileira deve crescer ainda mais no futuro”, complementa Francisco Medeiros, presidente executivo da PEIXE BR. Fonte em:. Acesso em: 20 de agosto, 2018.


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. Fonte em:. Acesso em: 20 de agosto, 2018.


           Produção Brasileira de peixes

  A Piscicultura brasileira cresceu 8% em 2017, terminando o ano com a produção de 691.700 toneladas de peixes cultivados. Em 2016, o país havia produzido 640.410 toneladas, com aumento de apenas 1% sobre o resultado de 2015: 638 mil toneladas.

  Com este resultado, a atividade voltou ao eixo normal de crescimento em 2017, após enfrentar muitas dificuldades em 2016 por conta, especialmente, da situação macroeconômica do Brasil, com redução dos investimentos, aumento do desemprego e queda no consumo de proteínas animais como um todo – na região Nordeste, a estiagem prolongada e a consequente redução dos níveis de reservatórios também impactaram diretamente o resultado da atividade.
 
 
Em 2017, a situação macroeconômica esteve um pouco melhor. Após recuo de quase 8% do PIB em dois anos, a economia ensaiou recuperação e o Produto Interno Bruto voltou a crescer cerca de 1%. A inflação também foi a menor dos últimos anos, ficando na faixa dos 3%. O emprego voltou a crescer, porém ainda aquém das necessidades e o consumo de alimentos também mostrou sinais de melhoria.

  Essa realidade foi responsável pela ativação de projetos de Piscicultura em diferentes localidades do país – especialmente o Centro-Sul. Porém, a situação ambiental continua emperrada em muitos estados e os processos para liberação de águas da União para a produção continuam parados. A escassez de chuvas manteve-se como um grande problema para o Nordeste.

  Tendo em vista as adversidades e o início do processo de recuperação da economia brasileira, a Associação Brasileira da Piscicultura (
PEIXE BR) considera o resultado positivo o crescimento de 8% em 2017. A expectativa da entidade é que o desempenho da Piscicultura mantenha a rota de crescimento em 2018, com aumento do consumo interno de peixes – atualmente na faixa dos 9,5 kg/ hab/ano.

[pic 5] Fonte em:. Acesso em: 20 de agosto, 2018.


Ranking da Produção de Peixes Cultivados                                                            por Espécies 2017.

[pic 6]
Fonte em:. Acesso em: 20 de agosto, 2018. 

 Produção de Peixes Cultivados no Brasil em 2017.

[pic 7]
Fonte em:. Acesso em: 20 de agosto, 2018.

         Consumo de pescado no Brasil

 
O brasileiro consome pouco pescado, cerca de 9,5 kg por ano. Muito abaixo da média mundial, que é superior a 20 kg/hab/ano. Para Francisco Medeiros, presidente da Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR). O presidente destaca ainda a diversidade do pescado produzido nacionalmente “temos que valorizar os peixes que cultivamos, como tilápia, tambaqui, pacu, tambacu, pirapitinga, tambatinga e dezenas de outras opções. São espécies que mostram o extremo potencial de produção de peixes que temos no país”.
 
 
Do consumo per capita atual, apenas um terço é de peixes de cultivo oriundos do Brasil. Grande parte é de peixes cultivados em outros países que são importados pelo Brasil, como o panga, cujo preço o tornou bastante popular e o salmão, muito utilizado nos restaurantes que servem comida oriental.

 
A cadeia da Piscicultura está em formação, mas já é representativa. São mais de 1 milhão de empregos diretos gerados em todo o Brasil, com uma taxa média de crescimento de 10% ao ano na última década.

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