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Clinica zotecni

Por:   •  12/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  7.565 Palavras (31 Páginas)  •  692 Visualizações

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SISTEMA DIGESTIVO
ESTOMATITE:

Vem a ser a inflamação da mucosa oral tendo nome específico conforme o local, por exemplo:
glossite: língua
gnatite: bochecha
quelite: lábios

Etiologia: Pode ser devido a agentes físicos, químicos e infeções.
FÍSICOS:

Traumatismo em dosagem de medicamentos ou alimento forçado;
Corpo estranho pontiagudo;
Má oclusão dos dentes;
Ingestão de alimento muito gelado ou muito quente;
Presença de espinhos de plantas nos lábios.
QUÍMICOS:
Ingestão de substâncias irritantes, ácidas, alcalinas.
INFECCIOSAS:
BACTERIANA: geralmente é necrótica e manifesta-se por ulceração supurativa.
VIRÓTICA: geralmente tem a forma vesicular, erosiva e proliferativa(cinomose, parvovirose).
MICÓTICA: causada geralmente por fungo do gênero
Monilia sp.
Sintomas:

A mastigação é vagarosa e dolorosa, anorexia parcial ou total, salivação abundante sendo que a saliva pode conter pús e fragmentos de epitélio, se for bacteriana ou com invasão o hálito apresenta odor fétido,  dos linfonodos da região (submaxilar)e polidipsina (toma muita água).
Diagnóstico:
É Feito através da presença das lesões e se possível um exame laboratorial na tentativa de identificar a causa (leucograma).
Bactérias: neutrófilos

Vírus: neutrófilos e linfócitos
.
Fungos: basófilo
.
Tratamento:

Alimentação oferecida deverá ser macia e apetitosa.
Antissépticos orais (sulfato de cobre a 2%).
Medicamento na forma de spray (oximedina, farm-jet).
Se for bacteriana entrar com antibiótico.
Se for  fungo usar antimicótico (fugizan).

Obs.: problemas dentários (tártaro) é ou outros problemas de boca devemos fazer uma sedação do animal e molhar bem a região e trabalhar com pinças e orientar o dono do cachorro que geralmente este problema é pelo tipo de alimento dado a ele e o importante é deixar o cachorro roer osso (para a preservação dentária) e pode ser uma causa de gengivite.

FARINGITE: 
É a inflamação da faringe se caracterizando clinicamente por apresentar tosse, deglutição, falta de apetite sendo que em casos graves pode ocorrer regurgitação pelas narinas.
Etiologia:
Alimento em extremos de temperatura, ingestão de corpo estranho, problemas no sistema respiratório ou digestivo e por contaminação atinge este órgão.
Sintomas:
O animal se recusa a beber e a comer, é difícil abrirmos a boca do animal pela dor, a compressão manual da região da garganta induz a tosse, secreção nasal muco-purulenta, ocorre atitude de entender a cabeça, salivação abundante,   (dos linfonodos da região e  da temperatura.
Diagnóstico:
A patologia manifesta-se com dor no local e de instalação aguda, devendo ser feito um exame de boca com luz (lanterna) com mucosa rosada normal e parte bem hiperemica.
Tratamento:
Como 1a medida é a higiene do local.
Toda a medicação deverá ser parenteral, usar antissépticos orais e antibióticos. Geralmente as bactérias que atacam este órgão são sensíveis a penicilina e dar ao animal se for possível (sensibilidade)              (benzetassil).
Teste para ver a sensibilidade à penicilina:
0.1ml e inocula na região de pelo e aplica 0.1ml subcutâneo e aguarda de 15’a 1h e se com isso apresentar o buraco da agulha ele pode tomar a penicilina e se apresenta um halo vermelho não pode aplicar a penicilina, ou outro antibiótico (cloranfenicol) para os casos de não poder usar a penicilina.
OBSTRUÇÃO DA FARINGE:
Caracteriza-se por tosse, respiração com ruído e deglutição difícil até impossível.
Etiologia:
( dos linfonodos por um outro problema qualquer que comprima a faringe, corpos estranhos e edema laringeo ou faringeo.
Sintomas:
Ausência de deglutição ou dificuldade, geralmente consegue deglutir líquido. A respiração é com roncos, apresenta inspiração prolongada acompanhada por esforço abdominal acentuado. Por palpação na região da garganta pode-se as vezes notar a presença do corpo estranho ou do edema e pela auscultação desta região se observa um estertor respiratório bastante alto.
Diagnóstico:
Devemos Ter o cuidado de fazer exame de boca em todo o animal que não consegue deglutir pois pode ser paralisia de faringe. (que é um dos sintomas da raiva).
Devemos também diferenciar da estenose de laringe (ocorre ruídos na auscultação da região porém não há problemas de deglutição).
Tratamento:
Dependendo do animal deverá ser sedado para exame. Devemos remover o agente obstrutivo se possível. Usar anti-sépticos orais ou locais. Usar antibióticos se houver lesão.
PARALISIA DE FARINGE OU (FARINGOPLEGIA):
 Manifesta-se por incapacidade de deglutição, porém sem dor e obstrução respiratória.
Etiologia:
Acompanha várias doenças como Raiva, Encefalite, Botulismo, Tumor Cerebral e Tumor ou Abcesso Na Região.
Sintomas:
O animal geralmente está faminto, porém não consegue deglutir (nem água), faz várias tentativas e o alimento ou a água cai da boca, tosse, podendo haver expulsão do alimento pelas narinas, salivação constante e desidratação.
Diagnóstico:
A 1a impressão é que tem um corpo estranho na boca ou faringe. Se testa dando líquido forçado para ele beber com seringa de 20ml e com luva fazendo movimentos de deglutição.
Tratamento:
Praticamente não existe, a não ser que seja um tumor ou abcesso que danificou os nervos periféricos e após a remoção cirúrgica pode-se fazer a aplicação de calor no local e alimentação por +/- 1 semana será feita através de sonda gástrica e endovenosa. E se o animal vir a morrer neste período mandar fazer exame de Raiva.
ESOFAGITE:

É a inflamação do esôfago, no começo acompanhada de sinais de espasmo e obstrução, dor na deglutição e a palpação e regurgitação de material sanguinolento e viscoso.

“O alimento regurgitado está íntegro e muitas vezes nem chega ao estômago”.

Etiologia:

Ingestão de subst6ancia químicas e irritantes, ingestão de corpos estranhos pontiagudos. (osso de galinha).

Patogenia:

A 1a reação do esôfago à inflamação é o  do tônus muscular e dor nos movimentos peristálticos, edema que leva a obstrução do esôfago.

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