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50 plantas que mudaram o rumo da historia

Por:   •  4/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.332 Palavras (6 Páginas)  •  2.602 Visualizações

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Referência

50 plantas que mudaram o rumo da historia/ Bill Laws. Rio de janeiro: Sextante, 2013.

Resumo

A obra de Bill Laws, nos trás informações as quais eram desconhecidas até então, e após a leitura é possível uma constatação. O autor vai abordando o ciclo completo da influência da cevada no processo civilizatório da humanidade abrangendo cultivo, armazenamento, distribuição e comercialização.

A cevada era um cereal essencial, muito útil á panela das pessoas. “Descobriu-se até uma qualidade medicinal: um anestésico local comum usado na odontologia é uma versão sintética de um alcaloide da cevada.” (p.105).

O autor afirma que há muitas utilizações para a cevada, na forma de farinha ou grãos, desde a fabricação de cervejas até a elaboração de bebidas, ingrediente básico na destilação do uísque, uma das plantas de grande importância para as pessoas e seus animais. Depois da cevada, o autor relata sobre o lúpulo ou Humulus Lupulus, sendo uma trepadeira, cresce da terra e sobe por qualquer suporte encontrado. Reproduz plantas masculinas e femininas separadas (dioica), usada como tintura na produção de papel e cordas, mas também pode ser usada na preparação de remédios caseiros, como no tratamento de problemas hepáticos e digestivos.

Segundo Laws 2013, 98% do seu cultivo é usado para preservar e aromatizar a cerveja, sendo apenas cultivada até o outono. O cultivo do lúpulo transformou-se em uma operação comercial em larga escala, a demanda pela planta cresceu bastante na América central, o qual si tornou popular o uso de cerveja com lúpulo.

        Outra planta citada na obra de Laws é a anileira, é uma planta que produz um corante azul brilhante em sua folha, o anil. Coloração que deu origem a cor das calças jeans, sua demanda aumentou muito, assim, tiveram que procurar uma fonte que substituísse o corante azul.

Os gregos deram o nome do “corante azul da Índia”, obteve seu sucesso comercial, mas foi no século XX que a procura do anil atingiu seu ponto mais baixo, a indústria de corantes de continuação na Alemanha e em 1900 teve o domínio no mercado. Logo em seguinte o autor destaca em sua obra a ervilha-de-cheiro, abordando informações sobre a planta, a mesma é uma flor silvestre e suas folhas são perfumadas.

Segundo Laws 2013 os cultivadores começaram a fazer experiências com suas próprias coleções de jardins procurando novas mutações para cultivar ou testando a interfertilização. Mendel começou a trabalhar com camundongos o qual não obteve sucesso, assim, recorreu ás ervilhas comestível, verdes e amarelas, percebendo que os traços são herdados independente um dos outros, do pai ou da mãe. Da ervilha-de-cheiro o autor passa a relatar sobre as atribuições da alfazema, as mesmas são mediterrâneas e considerada um tesouro para o comercio dos perfumes, também conhecida como Lavandula, o óleo da alfazema está presente em todas as partes das plantas, dessa forma, proporciona proteção na natureza, permitindo assim a sua sobrevivência.

A alfazema é uma erva culinária e medicinal, foi usada por todas as civilizações, dos egípcios, gregos, romanos aos árabes. De acordo com o autor, a alfazema também tinha reputação de inseticida, e ainda afirma que a planta desempenhou um papel particularmente no mundo da perfumaria.

        Laws contextualiza historicamente e detalha sobre as características das plantas, como a macieira silvestre, Malus pumila possui uma força simbólica na historia da humanidade, considerada uma fruta misteriosa é tema de tantos mitos e lendas O centro de origem está na região do Cáucaso, a macieira é uma planta perene de folhas caducas que entra em estado de paralisação aparente, no inverno, chamado de dormência. Outra planta citada é a Amoreira-branca, propriamente uma estrada, caminhos e trilhos. Era importante manter as estradas da seda seguras, a muitos anos antes os chineses dominaram a arte da produção da seda, a amoreira-branca ajuda na produção da seda e grande desenvolvimento econômico da região, sua região de origem é China e Japão onde ela era cultivada.

Segundo Laws 2013 o fio da seda podia ser tingido, decorado a mercadoria de grande valor, tendo sido tratados como joias, assim, a Amoreira-branca da seda havia cruzado o mundo. Destaca-se também a Noz-moscada, sendo usada há muito tempo para condimentar comidas e bebidas, porém seu verdadeiro sucesso como observou John Gerard, foi como alimentos para sustentar a vida e como medicamento. Seus frutos se assemelham ao damasco, adotadas por médicos na China para estimular o apetite e melhorar a digestão, também usada no alivio da insônia, diarreia e desconfortos gástricos. De acordo com o autor sua demanda era muito grande, dessa forma eliminando qualquer concorrência, trazendo a mão de obra escrava.

        Outra planta a qual é bastante conhecida que o autor cita em sua obra é o tabaco, considerada um veneno legal e popular, um remédio “infalível”. Anunciada como uma cura milagrosa, talvez isso explique como essa planta, apesar de todo o mal que provoca ao organismo do individuo, se expandiu pelo mundo.

Essa planta provavelmente originaria da Bolívia e do noroeste da Argentina, a “Nicotiana tabacum” foi levada da América ao velho continente pelos colonizadores europeus. Entre 1559 a 1661, o tabaco despertou o interesse de Jean Nicot, embaixador francês da corte portuguesa. Ele utilizou a planta para tratar úlceras e deu origem ao habito de inalar a folha moída. Mas, foi em1571, que o medico Nicolas Monardes, revelou que o tabaco podia curar até 20 doenças, como enxaqueca, gota, dor de dente, hidropisia e a febre intermitente. Passou a receber criticas no século XVII, mas só em 1952 foi desmascarado pelo “Reader´s Digest” (revista) como o “maço do câncer”.

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