A Aquicultura no Brasil
Por: diegosepulchro • 27/2/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 909 Palavras (4 Páginas) • 245 Visualizações
Resenha Aquicultura
Diego Sepulchro
Definição e caracterização da aquicultura costeira e marinha.
Aquicultura é a ciência que estuda técnicas de cultivos de recursos encontrados no ambiente aquático, não somente de peixe como tradicionalmente conhecido, podendo variar de crustáceos (camarão e lagostas), moluscos (polvo, lula e ostra), algas para indústria alimentícia e estética, e não tradicionalmente como fontes de proteína e indústria têxtil a criação de rãs, jacarés e tartarugas.
A aquicultura costeira se baseia na criação de espécies de origem costeiras e marinhas, em regiões mais próximas a costa preferencialmente abrigadas como, baias e lagunas utilizando como estruturas de cultivos longlines, balsas ou tanques rede. Já a maricultura é associada ao cultivo em regiões de mar aberto, tanto na coluna d’água quanto no leito marinho.
A aquicultura partiu de uma atividade simples de baixa tecnologia e com a intenção de suprir os interesses locais, hoje em dia com a necessidade de suprir a demanda do mercado ouve o aprimoramento das técnicas e intensificando do cultivo, aumentando a densidade de indivíduos por área e diminuindo o período de produção para conseguir resultados mais rápidos, essa evolução da aquicultura é chamada de “revolução azul” ou “crescimento azul”.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) o setor da aquicultura é o seguimento que mais cresce mundialmente, devido à aquicultura proporcionar uma proteína de alta qualidade isso garante a segurança alimentar de diversas regiões no globo. Como a tendência da obtenção de peixe pelo método de captura é estabilizar e decair se persistir devido ao grande esforço de pesca sobre os estoques pesqueiros, a aquicultura vem como uma fonte de renda e ao mesmo tempo de preservação dos estoques.
O Brasil possui grande potencial para a aquicultura devido ao seu clima e por ser banhado por 7.367 km pelo oceano atlântico em sua costa leste, sua geografia favorável possibilita a atividade de aquicultura, baia e estuários são ambientes com grande potencial econômico, porem um potencial pouco explorado.
“O imenso potencial aquícola nestas regiões poderá contribuir, na medida que for sendo utilizado, para o aumento sustentável da produção de pescado através da oferta de proteína animal de qualidade, para a geração de emprego e renda, à manutenção das populações costeiras em seus locais de origem, beneficiando assim as comunidades e promovendo a inclusão socioeconômica da região costeira do país” (Pereira, F. C. & Oliveira, M. R. L, 2015, P.83).
Impactos ambientais associados
Na atualidade aquicultura é o seguimento alimentício com uma das maiores taxas de crescimento no mundo, a necessidade de novos recursos para suprir a demanda mundial está sendo sanada pelo incremento de novas tecnologias, a “revolução azul” vem como alternativa para aumentar a oferta de proteína de alta qualidade garantir uma segurança alimentar e contribuir de forma positiva para economia.
Com a intensificação da produção aquícola tem causado grande questionamento sobre sua sustentabilidade a longo prazo, os impactos presentes são, acidificação do ambiente consequente do aumento da mataria orgânica disponibilizada na água provenientes de ração, fezes e pseudo fezes, a ocupação do solo (cultivo de camarão no manguezais), eutrofização resulta na depleção de oxigênio, aumento da taxa de nutrientes na coluna d’água.
Embora os cultivos apresentem benefícios semelhantes, como geração de renda e oportunidades de emprego, e em casos ate contribuindo para renda familiar, os impactos ambientais resultantes podem ser diferenciados (Bardach, 1997). Os impactos vão variar de acordo com a região, o sistema de cultivo e da espécie cultivada. Cultivo de ostras e mexilhões possui baixo impacto, devido seu sistema de alimentação que filtra a água para retirar o alimento, necessitam de menos insumos para se desenvolverem diferente de espécies de peixes como, tilápia e salmão ou crustáceo como camarão, que necessitam de grande quantidade de insumos para uma produção viável economicamente.
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