A Evolução do Veneno

A Evolução do Veneno

Para caça ou defesa, muitos animais fazem uso da peçonha há milhões de anos. Peçonha é uma substância tóxica produzida e inoculada noutro animal por aparato inoculatório presente no ser vivo produtor.

As peçonhas podem ser compostas de diversas formas, sendo comum a presença de proteínas e peptídeos. São toxinas que são utilizadas ativamente para caça ou defesa. Um exemplo é a peçonha de serpente.

Em contraste, os animais venenosos produzem venenos, que são utilizados de forma passiva para defesa.

Na natureza, o veneno pode ser considerado uma poderosa arma química capaz de romper a imposição do mais forte sobre o mais fraco. O maior pode ser vencido pelo menor, o mais rápido ser vencido pelo mais lento, e, além disso, evitando o embate físico e o risco do mais fraco sair ferido fisicamente numa disputa.

Entre os animais, devemos separar dois tipos: os venenosos e os peçonhentos. Os animais venenosos são aqueles que produzem a toxina, mas não possuem meios de injetá-la em outros indivíduos. Nestes animais, geralmente o veneno é desenvolvido com intenção de afastar predadores e é utilizado de forma passiva, somente quando o predador ataca. Age de diversas formas; muitos causam uma lesão no predador, fazendo-o regurgitar ou desistir da presa.

Os animais peçonhentos são responsáveis pelo maior número de acidentes. Possuem uma glândula produtora de veneno ligada diretamente por meio de um canal a um órgão inoculador, que pode ser um ferrão ou dentes. Esse aparato inoculador geralmente está ligado ao sistema digestivo e a peçonha tem função digestiva, como é o caso dos indivíduos que utilizam os dentes como inoculador da peçonha.

Outros, entretanto, o aparato inoculador foi desenvolvido em partes do corpo não associadas ao sistema digestivo, mas também possui função digestiva, como é o caso dos escorpiões. Os animais peçonhentos utilizam a peçonha de forma ativa, para atacar animais ou para se defender. Geralmente, além da ação digestiva, age paralisando o indivíduo evitando que este se afaste antes de ser ingerido.

Veneno é uma substância que pode matar os seres vivos ou os torná-los doentes, os venenos produzidos pelos animais atuais não são os mesmos que produziam seus ancestrais, pois o veneno evoluiu para se adaptar as necessidades de cada animal que o possui e o utilizam como uma arma mortífera.

O veneno é o recurso natural mais letal empregado no reino animal, desenvolveram de forma independente em criaturas tão diversas como medusas, insetos, cobras e inclusive em mamíferos, estes seres possuem veneno e alguma forma de aplicar na vítima sendo capaz de envenená-la.

Os venenos conseguem se modificarem conforme a distribuição geográfica dos animas e eles são gerados segundo a acessibilidade de presas e predadores que a região apresenta. À medida que o predador se torna mais apto para capturar sua presa, a presa responde se tornando mais apta a escapar do predador, que em consequência disso se tornará o predador mais apto a capturar sua presa.

No caso do esquilo e da cascavel, temos a coevolução específica entre uma presa e um predador. Duas espécies que evoluíram uma em resposta à outra. Uma presa como o esquilo pode enfrentar uma cascavel. Quando um esquilo encontra uma cobra como a cascavel, ele não se intimida, e a encara. O esquilo entende que a cascavel pode detectá-lo pelo calor, e por isso intensifica o fluxo sanguíneo para sua cauda, consequentemente aumentando o calor emitido por ela. Isso faz aparentar ser maior do que a cascavel imaginava, e também o veneno da cascavel é resistido pelo esquilo, fazendo com que consequentemente o veneno da cascavel evolua.

A cascavel foi se adaptando para caçar usando a radiação infravermelha, e o esquilo também foi se adaptando para evitar esse ataque, isso tudo faz parte da seleção natural. Essa evolução está relacionada com a sobrevivência e adaptação das espécies dentro de um determinado bioma.

No século passado acreditavam que apenas as mutações eram responsáveis pela evolução e que a seleção natural não tinha importância nesse processo. Depois disso vários cientistas começaram a