A Imagem Da Cidade - John Ruskin
Pesquisas Acadêmicas: A Imagem Da Cidade - John Ruskin. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gaaabrielsantos • 11/3/2015 • 1.568 Palavras (7 Páginas) • 687 Visualizações
Arquitetura e Urbanismo 5° Período Noturno
Análise de teses e conceitos referentes ao planejamento urbano. Livros: A Imagem da cidade - Kevin Lynch Paisagem Urbana - Gordon Cullen Morte e vida das cidades – Jane Jacobs História da Arte como História da Cidade – Giulio Argan
Gabriel Richard Vieira dos Santos RA:72404
Arquitetura e Urbanismo 5° Período Noturno
Projeto 5 Profº Fabio Morello
Gabriel Richard Vieira dos Santos RA:72404
O Arquiteto Urbanista Kevin Lynch, muito conhecido por seu livro “A Imagem da Cidade”, publicado em 1960, que é resultado de longos anos de pesquisa e análises, trata da fisionomia das cidades e da possibilidade de modificá-las. O livro aborda a qualidade visual da paisagem urbana.
Lynch examinou detalhadamente três cidades americanas, Boston, Jersey City e Los Angeles, e conversou com seus habitantes. O trabalho foi dividido em duas etapas: um reconhecimento de campo das áreas estudadas e longas entrevistas feitas com uma pequena amostra dos moradores de cada cidade.
A flexibilidade dos espaços e seus significados particulares são evidenciados por Lynch, sendo a cidade estável por algum tempo, porém sempre se modificando nos detalhes. Logo, não há um controle total sobre seu crescimento e sua forma nem um resultado final, mas apenas uma contínua sucessão de fases. Uma imagem clara da paisagem urbana constitui uma base preciosa para o desenvolvimento individual. Uma boa imagem requer a identificação de um objeto, o que implica seu reconhecimento enquanto entidade separável. A isso se dá o nome de identidade, no sentido de individualidade ou unicidade. A imagem também deve incluir a relação espacial ou paradigmática do objeto com observador. Sobre a construção da imagem. O autor também fala sobre cada um dos elementos que compõem a cidade. As vias, canais de circulação ao longo dos quais o observador se locomove de modo habitual, para Lynch, o trajeto habitual é umas das influências mais poderosas, de tal modo que as principais vias de acesso são todas imagens de importância vital. A constituição de uma via, as atividades realizadas ao longo de seu percurso ou as fachadas dos edifícios podem torná-la importante aos olhos dos observadores. Um método para alcançar esta qualidade é por meio de um gradiente, de uma mudança regular em alguma qualidade que seja cumulativa numa direção, por exemplo, as vias com origem e destino claros e bem conhecidos têm identidades mais fortes, ajudam a unir a cidade e dão ao observador senso de direção.
Os limites são elementos lineares que representam fronteiras entre duas fases, quebras de continuidade lineares. São exemplos de limites: praias, margens de rios, lagos, cortes de ferrovias, espaços em construção, muros e paredes. Já os bairros são regiões médias ou grandes de uma cidade de extensão bidimensional. Os pontos nodais são lugares estratégicos de uma cidade através dos quais o observador pode entrar, são focos intensivos para os quais ou a partir dos quais se locomove.
o marco é um objeto físico definido de maneira a evidenciar sua singularidade. O contraste entre figura e plano de fundo, a partir da sua localização espacial, parece ser o fator principal para que um elemento seja tomado como marco. Segundo a pesquisa, os bairros são estruturados com pontos nodais, definidos por limites, atravessados por vias e salpicados por marcos. De fato, todos os elementos atuam em conjunto num determinado momento e a maioria dos observadores parece agrupar seus elementos em organizações chamadas complexos.
O Livro História da Arte como História da Cidade foi escrito pelo renomeado Giulio Carlo Argan, nascido na Itália, em Turim, no ano de 1909. Aluno do crítico e historiador da arte Lionello Venturi, destacou-se internacionalmente a partir da década de 30 com estudos sobre a arte medieval e renascentista.
Carlo Argan também publicou numerosas monografias e coletâneas de ensaios, entre elas o livro aqui resenhado, História da Arte como História da Cidade. Neste livro, o autor procura reafirmar a analogia entre cidade e arte. No capítulo Cidade ideal e cidade real, Carlo Argan traz relações entre a arte e o renascimento. Ele explica que na época do renascimento surgiu a concepção de cidade ideal, arquitetada por um único profissional, como sendo uma obra de arte. Porém, é tratada pelo autor como um módulo, que é mutável mas a sua essência permanece a mesma. Ele também esclarece que antes de considerar a cidade como categoria estética, é necessário relacioná-la as técnicas construtivas, mas enfoca que não se trata apenas o resultado dessas técnicas e sim a conversão destas, estabelecendo a realidade da cidade.
O autor ainda debate o conceito de "centro histórico", interpretando como útil, pois permite diminuir a invasão das áreas antigas pelo avanço da população,revitalizar os centros históricos não se trata apenas da utilização de técnicas de recuperação, pois deve-se especular na sua essência, realizando uma refuncionalização. Por fim neste capítulo, Carlo Argan relata que para a assistência ao patrimônio cultural, é necessário uma catalogação dos bens, com fins jurídicos e baseado no bem cultural.
Já no capítulo 5, O tratado "De re aedificatoria",ele retrata o arquiteto Alberti, que verificou problemas concretos e conseguiu estabelecer uma relação entre o antigo e o presente, além de suas metodologias a respeito da restauração monumental. No tratado, ele divide a obra em duas grandes categorias: estruturas e ornamentos, onde o ornamento não é tão necessário quanto a estrutura e ambos devem ser coerentes, Alberti também configura a cidade como Estado, diferentemente de Virtrúvio, que configura o Estado como Império.
Outra preocupação de Alberti no tratado é em classificar os fenômenos construtivos, diminuindo-os a poucas classes fundamentais.O capítulo Urbanismo, espaço e ambiente, Carlo Argan retoma esta discussão de uma ciência urbanística, criticando a posição de Alberti, pois defende que o debate a respeito do urbanismo ser arte ou ciência
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