A Melissa Officinalis

A Melissa Officinalis, popularmente conhecida como erva-cidreira verdadeira, é uma planta nativa da Europa e da Ásia, cultivada no Brasil há mais de um século, e que possui uma grande importância fitoterápica. O primeiro relato escrito do uso medicinal dessa planta remonta de 80 a.C. do livro Matéria Médica. Durante a idade média, seu uso ganhou força. Paracelsus uma vez escreveu que o uso da Melissa Officinalis seria capaz de revivificar completamente um homem e curar todas as desordens do sistema nervoso (GUGINSKI, 2007). De fato, estudos etnofarmacológicos relacionam o uso da planta a cura de diversas enfermidades, tais como: pressão alta, insônia, nervosismos, cólicas menstruais, dor de cabeça, febre, gripe, ansiedade, problemas cardíacos e problemas estomacais. A parte mais utilizada dessa erva são as folhas, sendo empregadas em chás, que por meio de infusão, são tomados geralmente de duas a três vezes ao dia. Além disso as folhas podem também ser maceradas, atuando no combate de ferimentos (HABER et al., 2005, apub VILMA BRAGAS OLIVEIRA, 2016).

Em relação ao cultivo, por ser uma planta de clima frio, as mudas são quase sempre produzidas por sementes importadas, tendo seu plantio favorecido no mês de outubro, em solos férteis (FIALHO, 1998; LORENZI; MATOS, 2002; COUTO, 2006 apub MEIRA et al, [s.d.]). Devido a esse fato deve haver a preferência da utilização de adubos orgânicos devido ao seu alto potencial fértil (MEIRA et al, [s.d.]).

Elas preferem solos arenosos e argilosos, bem drenados e com pH em torno de 5 e 7. Pode crescer tanto ao sol, quanto em sombreamento parcial (JANAINA, 2003, apub MORADKHANI et al., 2010).

Quando a erva-cidreira cresce na semi-somba, ela produz folhas e habitat maiores do que aquelas cultivadas ao sol. A temperatura ideal para o cultivo seria algo em torno de 15 e 35° C, sendo que a planta deve ser irrigada com frequência para que o solo permaneça úmido. Depois de adulta, a necessidade de água diminui. Além disso, a melissa é sensível a intensidades elevadas de luz, e o fóton de luz vermelho interfere negativamente na produção do óleo essencial da planta (MEIRA et al, [s.d.]; MORADKHANI et al., 2010).

Entender essas características intrínsecas e extrínsecas da Melissa Officinalis é muito importante para garantir uma produção de qualidade com uma alta concentração dos princípios ativos.

REFERÊNCIAS:

• GUGINSKI, GISELE. ANÁLISE DA ATIVIDADE FARMACOLÓGICA DO EXTRATO ETANÓLICO OBTIDO DA Melissa officinalis L. Florianópolis/SC 2007. Disponível em:  . Acesso em: 24 Feb. 2021.
• ‌VILMA BRAGAS OLIVEIRA ; MARCIA. Levantamento das plantas utilizadas como medicinais na cidade de Caxias - MA: Uma perspectiva etnofarmacológica. Revista Interdisciplinar, v. 9, n. 4, p. 43–52, 2016. Disponível em: https://revistainterdisciplinar.uninovafapi.edu.br/index.php/revinter/article/view/749/pdf_362 . Acesso em: 22 Feb. 2021.
• ANTONIO, Marcos. LEVANTAMENTO ETNOFARMACOLÓGICO DAS PLANTAS UTILIZADAS COMO MEDICINAIS NA ZONA URBANA DA CIDADE DE SÃO BERNARDO - MA. Monografias Brasil Escola. Disponível em: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/quimica/levantamento-etnofarmacologico-plantas-medicinais-sao-bernardo-ma.htm#indice_12. Acesso em: 21 Feb. 2021.
• MORADKHANI et al. Melissa officinalis L., a valuable medicine plant: A review. Journal of Medicinal Plants Research, v. 4, n. 25, p. 2753–2759, 2010. Disponível em: https://academicjournals.org/journal/JMPR/article-full-text-pdf/A84A76F22866 . Acesso em: 21 Feb. 2021.
• MEIRA, M.R et al., PLANTAS MEDICINAIS, PRODUÇÃO E CULTIVO DA MELISSA OFFICINALIS NO BRASIL. Centro científico conhecer, MG [s.d.]. Disponível em: http://www.almanaquedocampo.com.br/imagens/files/Melissa%20Plantas%20medicinais,%20produ%C3%A7%C3%A3o%20e%20cultivo%20da%20melissa%20officinalis%20no%20Brasil.pdf . Acesso em: 25 Feb. 2021