A Revista Científica
Por: Carluzalves • 2/10/2023 • Resenha • 496 Palavras (2 Páginas) • 60 Visualizações
Revista Científica Podcast
O tema do podcast é: Como a degradação do meio ambiente pode influenciar a nossa saúde?
Todo mudo sabe que a poluição do ar faz mal a nossa saúde, particularmente ao sistema respiratório humano, não somente por influência dos gases como o monóxido de carbono, mais também pelas nanopartículas suspensas no ar por meio da poluição.
Segundo um estudo publicado em 2020, pesquisadores analisaram biopsias cerebrais de 186 moradores da cidade do México, uma das cidades mais poluídas do mundo, e notaram relações entre a poluição do ar, nanopartículas e doenças neurológicas.
Foram observados indícios de aglomeração de proteínas especificas de forma que danificam o cérebro podendo evoluir para desordens neurológicas como mal de Parkinson e Alzheimer, por razões diversas, nanopartículas metálicas provenientes da poluição do ar por queima de combustíveis oriundos de veículos, por exemplo, estariam relacionadas com essas agregações de proteínas e posteriormente doenças neurológicas.
A faixa-etária das 186 pessoas envolvidas no estudo era de 27 anos, com intervalo entre 11 meses a 40 anos de idade e tinham vindo a óbito por causas diversas não relacionadas com doenças cerebrais. Em 11% dos cérebros analisados foi observada a presença de 4 proteínas associadas a doenças neurológicas que estavam modificadas simultaneamente no cérebro, em 55% das amostras foi observada a presença de uma proteína fosforilada associada ao Mal de Alzheimer.
Os pesquisadores analisaram em quais regiões do cérebro essas proteínas preferencialmente se encontravam e observaram que grande parte das alterações, principalmente nos indivíduos mais jovens essas proteínas estavam mais presentes na região conhecida como substância negra, responsável pela produção de dopamina e de importância significativa no controle do movimento.
Se tratando das nanopartículas que podem causar inflamação e produção de radicais livres no organismo, foram observadas na substância negra aglomerados dessas substâncias compostas de titânio, alumínio e ferro, as de titânio particularmente foram encontradas em outras partes do corpo inclusive no trato gastrintestinal, dando a entender que elas podem ter sido absorvidas por outras vias de entrada como pela boca ou absorvidas pela respiração. Segundo o estudo as nanopartículas de ferro e alumínio provavelmente foram absorvidas para o cérebro por meio da respiração e da corrente sanguínea.
Apesar dos resultados, não foram observados eventos de causa e efeito no organismo do público-alvo do estudo pelo fato de que as pessoas que tiveram o cérebro estudado não chegaram a ser diagnosticadas com essas desordens neurológicas, porém os pesquisadores observaram a correlação entre essas nanopartículas presentes no cérebro e as alterações que estão relacionadas com essas doenças.
Portanto, o tipo de poluentes aos quais estamos expostos diariamente, o ambiente em que estamos inseridos são fatores importantes e carentes de observação pois podem vir a influenciar o desenvolvimento de doenças neurológicas no futuro.
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