AGENTES INFECCIOSOS PARASITÁRIOS DA VIA GENITAL FEMININA
Por: Iago Mendes Camara • 14/5/2019 • Trabalho acadêmico • 843 Palavras (4 Páginas) • 351 Visualizações
IAGO MENDES CÂMARA
AGENTES INFECCIOSOS PARASITÁRIOS DA VIA GENITAL FEMININA
Trabalho apresentado como requisito para avaliação na disciplina de Estágio Supervisionado em Biomedicina I ministrada pelo prof. Msc. Divino José Otaviano.
PALMAS –TO
2017
IAGO MENDES CÂMARA
AGENTES INFECCIOSOS PARASITÁRIOS DA VIA GENITAL FEMININA
Trabalho apresentado como requisito para avaliação na disciplina de Estágio Supervisionado em Biomedicina I ministrada pelo prof. Msc. Divino José Otaviano.
PALMAS –TO
2017
1. INTRODUÇÃO
As infecções parasitárias que ocorrem na região genital feminina são basicamente causadas por um tipo de agente apenas, o Trichomonas vaginalis, um protozoário flagelado (REY, 2011).
Este trabalho tem como finalidade abordar os aspectos morfológicos do trichomonas vaginalis, e aspectos clínicos decorrentes da sua infecção, tanto os sintomatológicos quanto citológicos.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Trichomonas vaginalis
Corresponde a um protozoário flagelado, que tem a forma típica alongada, ovoide ou piriforme, medindo 10 a 30 µm de comprimento por 15 a 12 µm de largura.
O T. vaginalis possui quatro flagelos livres que partem de uma depressão do polo anterior, denominado canal periflagelar, e se dirigem para a frente. Um quinto, flagelo, recorrente, emerge fora desse canal e fica voltado para trás, mantendo-o aderente em toda sua extensão ao corpo celular por uma prega que constitui a membrana ondulante, mas que não chega até a extremidade posterior.
T. vaginalis vive habitualmente sobre a mucosa vaginal. Seu metabolismo é anaeróbio. A reprodução é por divisão binária longitudinal. T. vaginalis sobrevive, várias horas em uma gota de secreção vaginal e, na água, resiste 2 horas a 40ºC.
Transmitido sexualmente. Quase 50% das mulheres com T. vaginalis são assintomáticas. O T. vaginalis pode ser encontrada em mulheres com pH vaginal entre 6 e 6,5. [pic 1]
É transmitido sexualmente, pois também infecta o homem, alojando-se na uretra, nas vesículas seminais ou na próstata.
O T. vaginalis é responsável por causar uma infecção na mulher denominada tricomoníase.
2.2. Tricomoníase
É uma infecção silenciosa na maioria dos casos. O exame ginecológico das pacientes que não apresentam queixa alguma pode demonstrar a existência de lesões discretas.
Das manifestações objetivas, a mais frequente é a leucorreia, que em mulheres adultas consiste na produção de um corrimento abundante, geralmente esbranquiçado, sem sangue, podendo ter origem na vulva, na vagina (ou seu fórnix) ou na cérvix uterina.
O corrimento varia muito quanto ao aspecto e quantidade, sendo constituído de exsudato inflamatório, muco, células epiteliais, descamadas, leucócitos e piócitos em abundância, bactérias diversas e considerável número de T. vaginalis. Dependendo dos microrganismos associados modificam-se a cor, a viscosidade o cheiro e o aspecto (espumoso ou bolhoso, se há fermentação com muita produção de gás). Nas formas agudas, a vulva, o períneo e as áreas cutâneas vizinhas podem estar avermelhados e edemaciados. [pic 2][pic 3]
[pic 4]
2.3. Aspectos citológicos da infeçção por Trichomonas vaginalis
Nos esfregaços citológicos, devido à degeneração, raramente se identificam os flagelos do parasita. O seu núcleo é pequeno, excêntrico, redondo ou oval, levemente basofílico, de difícil identificação. Para a diferenciação com restos citoplasmáticos, a visualização do núcleo do parasita é essencial.
Apenas o núcleo e, raramente, o axóstilo são vistos no esfregaço cervicovaginal corado pela técnica de Papanicolaou.
Na infecção por T. vaginalis, o fundo dos esfregaços geralmente é purulento, às vezes sob a forma de acúmulos focais de neutrófilos, que são conhecidos como balas de canhão. Há pseudoeosinofilia citoplasmática pronunciada, e são comuns os halos perinucleares. Os núcleos podem ser volumosos, e pode haver cariólise e cariorrexe. É frequente a associação de T. vaginalis com Leptothrix vaginalis.
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