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Caso clínico sobre choque anafilático

Por:   •  19/3/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  362 Palavras (2 Páginas)  •  2.276 Visualizações

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        Uma criança de 10 anos viajou nas férias com os pais para o Nordeste, onde consumiu pela primeira vez camarão. No primeiro contato com o alimento a criança não desenvolveu nenhum sintoma. Dois anos depois a criança veio a ingerir novamente o alimento, mas desta vez apresentou vermelhidão, queda da pressão arterial e prurido. Os pais o levam ao pronto socorro mais próximo, são notificados que a criança sofreu choque anafilático e ficam surpresos ao serem notificados que a causa foi alergia a camarão; cuja criança já havia ingerido e nenhum sintoma havia sido manifestado. Os pais perguntam ao médico o porquê do menino não ter desenvolvido tais sintomas desde o primeiro contato com o alimento, este então os explica que é devido à ação dos mastócitos.

        Os mastócitos são células cuja principal função é armazenar potentes mediadores químicos da inflamação, como heparina (anticoagulante), histamina (vasodilatador), fator quimiotático dos eosinófilos na anafilaxia (ECF-A) e o fator de quimiotaxia para neutrófilo (NCF). A liberação desses mediadores químicos desencadeia a reação alérgica.

O primeiro contato com o alérgeno (substância irritante que causa a alergia) estimula a produção de IgE específicas que se unem aos receptores de superfície dos mastócitos, pois estes são ricos em receptores de IgE. No segundo contanto, as IgE ligadas ao mastócito se ligam ao alérgeno e desencadeia a liberação de todos os mediadores inflamatórios. Com isso a histamina causa uma vasodilatação, a heparina é anticoagulante, o ECF-A chama os eosinófilos e o NCF chama os neutrófilos ao local.         A vasodilatação causada pela histamina é o motivo da criança apresentar rubor e prurido, enquanto a queda brusca da pressão arterial é causada pela heparina.

Para o tratamento, o médico indicou inicialmente a administração de 0,2 mL de adrenalina aquosa por via intramuscular. A adrenalina é utilizada como primeira opção por ter caráter vasopressor e ser um estimulante cardíaco, revertendo o efeito causado pela histamina e heparina. Após a administração da adrenalina, o paciente continuou a apresentar prurido, foi-se recomendado anti-histamínicos (antagonistas H1 e H2), onde o antagonista H1 é importante na resolução de urticárias e pruridos.

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