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Ciclos Ovarianos

São alterações cíclicas que ocorrem nos ovários envolvendo as gonadotropinas. Esse processo se divide em 3 momentos: desenvolvimento dos folículos, ovulação e formação do corpo lúteo.

1ª Desenvolvimento folicular: O FSH causa crescimento acelerado de 6 a 12 folículos primários por mês, promovendo a proliferação leve de células da granulosa, aparecendo várias camadas. As células fusiformes do interstício do ovário formam a “teca”, uma massa de células das quais se dividem em 2. A teca externa possui uma cápsula de tecido conjuntivo muito vascularizado; a teca interna secreta hormônios sexuais esteroides (estrógenos e progesteronas).

Depois dessa fase proliferativa, a massa de células secreta o líquido folicular contendo alta concentração de estrogênio. Se forma o antro. Com os hormônios FSH, LH e estrógenos, ele tem um crescimento rápido do folículo. Com 1 semana de crescimento, porém antes da ovulação, um dos folículos desenvolve mais, os outros 5 ou 11 involuem tornando-se atrésicos. A atresia ocorre porque o folículo mais crescido possui grandes quantidades de estrogênio, agindo na hipófise anterior bloqueando a liberação de FSH, que bloqueia também o crescimento dos folículos menos desenvolvidos, mas não o do mais crescido. A Atresia é importante porque evita que mais de uma criança se desenvolva.

2ª Ovulação: O folículo que já está maduro libera o ovócito secundário com massa de milhares de células da granulosa (coroa radiada) e um líquido viscoso. A ovulação se dá quando se obtêm um pico de LH, que também é importante para crescimento folicular final. Dois dias antes da ovulação, a hipófise produz mais secreção de LH e FSH também e assim, causam a dilatação do folículo. O LH converte células da granulosa e tecais em secretoras de progesterona. Inicia então a produção de estrógeno que começa a cair 1 dia antes da ovulação.

3ª Fase Lútea: Ao final da ovulação, o folículo restante se transforma em corpo lúteo, o qual, nos próximos 7 a 8 dias, cresce. Logo após começa a involuir e a perder suas funções secretórias, cerca de 12 dias depois da ovulação. Perde também sua característica lipídica amarela, daí se torna um corpo albicans, que é substituído por TC e absorvido ao longo de meses. O corpo lúteo tem como funções produzir progesterona e estrógeno. Isso ocorre durante o pico de LH, que age nas células granulosas e tecais causando luteinização, proliferação, aumento de secreção e, por fim, degeneração. Esse processo dura 12 dias. O hormônio HCG secretado pela placenta, atua no corpo lúteo e prolonga sua vida a, pelo menos, 2 a 4 meses de gestação. Os hormônios produzidos pelo corpo lúteo causam feedback negativo na hipófise anterior, reduzindo concentrações de FSH e LH. Ele secreta inibina, que inibe FSH. Esse feedback causa involução do corpo lúteo, já que necessita de LH. O corpo lúteo costuma tem vida útil de 12 dias, após esse período ele morre ao 26º dia do ciclo menstrual. Então, perde a produção de estrógeno e progesterona, que permite produção de FSH e LH, novo ciclo quando ocorrer a menstruação.

Ciclo menstrual ou uterino

Durante este ciclo, as 3 camadas do endométrio são alteradas que são elas: Camada basal é uma camada fina sem edema ou hipertrofia e nem contém as porções distais das glândulas; Camada compacta que é a camada final, superficial, constituída por células do estroma em torno das porções adjacentes às glândulas endometriais; Camada esponjosa é uma camada espessa, edemaciada com glândulas dilatadas e tortuosas.

Vale lembrar que a camada basal possui sua própria vascularização e não se descama na menstruação. As camadas compacta e esponjosa descamam durante menstruação ou parto e são chamadas como camada funcional.

O ciclo menstrual é dividido em 4 fases:

1.Fase menstrual: Geralmente ocorre a cada 28 dias durando em média de 3 a 5 dias.

2.Fase proliferativa, ou fase folicular ou estrogênica: Depois da descamação, os estrógenos promovem a reepitelização do endométrio. A espessura do endométrio aumenta junto ao crescente número de células estromais e glândulas endometriais.

3.Fase secretora ou progestacional: A progesterona provoca o inchaço e desenvolvimento secretor aumentado do endométrio. Acumulando substâncias, aumentando o suprimento sanguíneo, os vasos ficam tortuosos. Serve para deixar o endométrio bem nutrido para suprir o embrião. Nessa fase acontece o edema do estroma.

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