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DOENÇAS TRANSMITIDAS PELA ÁGUA E SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL

Por:   •  14/11/2018  •  Artigo  •  2.940 Palavras (12 Páginas)  •  410 Visualizações

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DOENÇAS TRANSMITIDAS PELA ÁGUA E SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL

Romero Paulo da Silva Júnior

Prof. Marli Emília Sousa Almeida

Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI

Curso Ciências Biológicas (BID-0350) – Prática do Módulo I

16/06/2016

RESUMO

O presente artigo – Doenças transmitidas pela água e saneamento básico no Brasil – tem como objetivo analisar a relação existente entre as doenças transmitidas pela água e o saneamento básico no Brasil, sejam eles transmitidos por: vírus, bactérias ou parasitas, relacionando-os a má qualidade da água para consumo e a carência de tratamento da água. A opção teórica foi centrada na discussão sobre as doenças transmitidas pela água, saneamento básico e qualidade de vida da população. A pesquisa teve como metodologia uma revisão bibliográfica, que possibilitou a fundamentação teórica em relação as doenças transmitidas pela água no Brasil, saneamento básico e sua relação com a qualidade de vida da sociedade. Os resultados deste artigo explicitam a necessidade de um equilíbrio entre saneamento básico, tratamento de esgoto com a pretensão de diminuir os problemas relacionados as doenças transmitidas pela água e a qualidade de vida da população brasileira.

Palavras-chave: Água. Saneamento. Doenças.

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo tem por objetivo analisar as causas e consequências que levam ao desenvolvimento de doenças transmitidas pela água no Brasil, sejam elas proliferadas por: vírus, bactérias ou parasitas, relacionando-as a má qualidade da água para consumo e a falta de saneamento básico.

O abastecimento de água é uma questão essencial para as populações e fundamental a ser resolvida pelos riscos que sua ausência ou seu fornecimento inadequado podem causar à saúde pública. A universalização deste serviço é a grande meta para os países em desenvolvimento. (IBGE, 2000, p. 30)

É importante enfatizar o papel da quantidade da água na prevenção de doenças, em algumas realidades considerado ainda mais importante que o da boa qualidade. Estudos em Bangladesh e na Nigéria, por exemplo, mostraram que a ocorrência de diarreia e a presença de parasitas intestinais estão mais correlacionadas com as mãos sujas. (HELLER, 2010, p. 50)

Segundo Heller (2010), o predomínio das doenças emitidas pela água é causado por micro-organismos existentes em reservatórios de água doce, comumente após contaminação dos mesmos por dejetos humanos ou de animais. A propagação do agente infeccioso através da água pode se dá pelo contato com a pele durante sua utilização no banho, pelo consumo ou pela absorção de micro-organismo presentes na água.

A maneira mais frequente de contágio é através do consumo, seja diretamente ingerindo a água infectada ou por consumir alimentos lavados com água contaminada.

Nas regiões onde não há o tratamento adequado de água e rede de esgoto, ou seja, a existência de um saneamento básico adequado, as doenças infecciosas podem surgir devido a contaminação da água de rios, lagos, córregos e, em algumas situações, podem atingir o mar por excrementos humanos e de animais. A forma mais frequente de contaminação das águas é através do derramamento de resíduos e esgoto não tratado.

A partir desta perspectiva, as principais problemáticas destacadas neste artigo são: quais as causas que levam ao desenvolvimento das doenças transmitidas pela água no Brasil; e como se encontra a situação do saneamento básico brasileiro e sua relação com as doenças transmitidas pela água.

Com a pretensão de alcançar os objetivos delimitados, buscou-se como metodologia, revisão bibliográfica que segundo Severino (2007),

é aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já trabalhados por outros pesquisadores e devidamente registrados. Os textos tornam-se fontes dos temas a serem pesquisados. O pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos analíticos constantes dos textos. (SEVERINO, 2007, p.122)

A revisão bibliográfica fundamentou-se no estudo sobre as principais doenças causadas pela água no Brasil; dados estatísticos sobre o saneamento básico e sua distribuição nas regiões brasileiras, relacionando com as enfermidades ligadas a água e seu tratamento. Para a coleta de dados, buscou-se informações em publicações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Agência Nacional das Águas (ANA) e Ministério da Saúde.

Para além de informações relacionadas as doenças transmitidas pela água, suas causas e consequências o presente artigo busca uma reflexão sobre saneamento básico, seu tratamento da água no Brasil e sua importância para a qualidade de vida da sociedade.

2 DESENVOLVIMENTO

No Brasil, a partir da década de 1950, iniciou o processo de investimento governamental em saneamento básico, como uma política de melhoramento das condições sociais, diminuição do índice de mortalidade e consequente doenças transmitidas pela água, ocasionadas pela falta de tratamento de esgoto.

Durante as décadas de 1970 e 1980 intensificou o processo de abastecimento de água, consolidando segundo Leoneti (2011),

o Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANASA), que deu ênfase ao incremento dos índices de atendimento por sistemas de abastecimento de água, mas que em contrapartida, não contribuiu para diminuir o déficit de coleta e tratamento de esgoto. (LEONETI, 2011, p. 333)

No decorrer do tempo aspectos ligados ao saneamento básico e esgotamento sanitário, ganharam cada vez mais espaço nos planos governamentais, havendo um maior investimento de recursos, com o objetivo de possibilitar melhorias na qualidade da água, diminuir problemas relacionados a doenças transmitidas pelos recursos hídricos e benefícios em relação a saúde pública. Porém, mesmo com investimentos voltados ao tratamento do esgoto, dados do IBGE (2008), presentes na tabela 02, comprovam que os índices estão aquém do necessário.

De

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