EDUCAÇÃO SOCIOAMBIENTAL EM AMBIENTES LACUSTRES: UTILIZANDO A ANÁLISE DE PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS COMO FERRAMENTA

EDUCAÇÃO SOCIOAMBIENTAL EM AMBIENTES LACUSTRES: UTILIZANDO A ANÁLISE DE PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS COMO FERRAMENTA

Geovany Rocha Torres

As lagoas de Fortaleza contribuem tanto para o equilíbrio hídrico como para o valor paisagístico dos ecossistemas. Entretanto, estas têm sofrido com o processo de urbanização desordenada devido à impermeabilização do solo; supressão da mata ciliar; descarga de efluentes; e aterramentos (ALMEIDA, 1998). A problemática é intensificada quando, junto aos fatores citados, temos a negligência do poder público e a falta de conscientização da população. As características socioeconômicas locais podem ser interligadas ao processo de construção do conhecimento, favorecendo tanto ações de educação ambiental que estimulem o entendimento científico dos fatos atuais, como questionamentos críticos dos impactos causados ao meio ambiente. Neste contexto, foi trabalhado com alunos de ensino médio da E.E.F.M. Irmão Urbano Gonzalez Rodrigues a análise de 7 parâmetros físico-químicos (temperatura, pH turbidez, cloreto, dureza, dióxido de carbono e ferro) que caracterizam a qualidade da água de ecossistemas lacustres. O Trabalho foi concluído com a produção de um manual de análises de água aplicável no laboratório da escola, que tem como objetivo promover análises químicas simples de cunho didático da água da Lagoa do Mondubim, a fim de disseminar e despertar o interesse da comunidade escolar quanto à urgência na proteção e preservação das lagoas. O projeto contribuiu para que os alunos melhorassem seu rendimento nas aulas de Química, articulando a prática ao conteúdo programático previsto para o 2° ano do ensino médio. Os estudantes também tiveram a oportunidade de ter um maior contato com a natureza, observar os problemas sociais, econômicos e ambientais da região onde vivem. Bem como a oportunidade de discutir os problemas encontrados e as possíveis soluções.

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