Ecologia: Causas e Consequências e Declínio da Biodiversidade

    Causas e Consequências e Declínio da Biodiversidade

  Segundo Townsend et al (2010) “ O termo biodiversidade é usado para expressar a riqueza de espécies, ou seja, o número de espécies presentes em uma unidade geográfica definida.

   A taxa de extinção de espécies decorrente da influência humana é a principal preocupação dos biólogos da conservação.

   As principais causas do declínio são a sobre-exploração, a degradação de habitats e a introdução de espécies exóticas. A sobre-exploração ocorre quando as pessoas exploram uma população (para obter alimento ou troféus) a uma taxa que não é sustentável. Dadas as suas taxas naturais de mortalidade e suas capacidades reprodutivas, em termos pré-históricos o homem foi o responsável pela extinção de muitos animais de grande porte, os chamados mega-herbívoros, devido a sua sobre-exploração.

   Os habitats podem ser adversamente afetados pela influência humana de três maneiras principais. Primeiro, uma proporção do habitat disponível para uma determinada espécie pode ser completamente destruída em decorrência do desenvolvimento urbano ou industrial ou de atividades voltadas a produção de alimento e outros recursos, como a madeira. Segundo, o habitat pode ser degradado pela poluição, a ponto de se tornar inabitável para certas espécies. Terceiro, o habitat pode ser perturbado pelas atividades humanas em detrimento de alguns de seus ocupantes.

           O desmatamento foi, e continua sendo, a causa mais comum de destruição de habitats. A maior parte das florestas temperadas nativas dos países desenvolvidos foi destruída há muito tempo, ao passo que as taxas atuais de desmatamento nos trópicos são de 1% ou mais por ano.

   Como consequência, mais da metade do habitat da vida selvagem já foi destruída na maioria dos países tropicais, essa perda é o principal problema enfrentado por espécies ameaçadas. Outras decorrências do desmatamento com relação ao ecossistema, podemos citar: perda de biodiversidade da fauna e flora nativas; degradação de mananciais ao remover a proteção das nascentes e prejudicar a impermeabilização do solo em torno da água; aterramento de rios e lagos devido à erosão ao retirar a cobertura vegetal, comprometendo a vazão dos rios; diminuição das chuvas devido à alteração das áreas de mata e do clima, causando grandes períodos de estiagem; com a ausência da vida vegetal e o tratamento inadequado do solo, outra grande consequência é a desertificação do ambiente; redução da umidade relativa do ar; aumento do efeito estufa; baixa na qualidade da água devido à erosão, tornando-a muitas vezes mais turva e imprópria para o consumo.

   A degradação pela poluição pode ocorrer de várias formas, desde a aplicação de pesticidas que prejudicam outras espécies além dos organismos-alvo, até a chuva ácida com seus efeitos adversos sobre uma grande diversidade de organismos, como árvores em florestas, anfíbios em poças d’água e peixes em lagos, e a mudança climática global que pode ter a influência mais abrangente de todas.

   Invasões de espécies exóticas em novas áreas geográficas podem ocorrer naturalmente e sem interferência humana. As atividades humanas aumentaram enormemente a ocorrência desse fenômeno. As introduções mediadas pelo homem podem ocorrer acidentalmente, por meio do transporte humano, ou intencionalmente. E ocorre na tentativa de beneficiar a população, visando o controle de uma praga, á produção de novos produtos agrícolas e á criação de novas oportunidades recreativas. No entanto, algumas têm sido responsáveis por drásticas alterações para as espécies nativas e para as comunidades naturais.

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