Erros Inatos Do Metabolismo
Pesquisas Acadêmicas: Erros Inatos Do Metabolismo. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: hemily_y • 25/10/2014 • 1.414 Palavras (6 Páginas) • 879 Visualizações
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA
Erros Inatos do Metabolismo
ANDERSON CASTRO WERNECK
HEMILY YAMAUCHI DE MELLO
CURITIBA
MAIO /2009
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 1
2 DESENVOLVIMENTO 2
3 CONCLUSÃO 7
4 ANEXO 8
5 REFERENCIAS 11
1.0 Introdução
Erros inatos do metabolismo são desordens que afetam o metabolismo e as vias de biotransformação no organismo (MUSTACCHI & PERES, 2000).
São distúrbios genéticos congênitos ou podem não ser observados no período neonatal, que alteram a vida do individuo e pode ser diagnosticado por meio de testes de triagem como o a triagem neonatal (teste pezinho) ou for cariótipo quando suspeitar-se de algum dos distúrbio cromossômicos (RAVAEL, 1997).
Estes distúrbios podem comprometer vários sistemas como erros enzimáticos, do metabolismo de carboidratos, lipídeos e da uréia, oxidação de ácidos graxos, desordens na metabolização de purinas, minerais, armazenamento de lipídeos, e todo o metabolismo de mucopolissacarídeos, mucolipídeos. São mutações, deleções ou translocações gênicas que podem ocorrer no DNA do individuo. (MUSTACCHI & PERES, 2000).
Quando estes metabolismos estão comprometidos pela produção de enzimas deficientes ou a não produção destas, podem levar a comprometimento do desenvolvimento físico e mental do individuo, este então necessitando de um estilo de vida adaptado conforme a necessidade de seu organismo (MUSTACCHI & PERES, 2000).
2.0 Desenvolvimento
2.1 Triagem neonatal. A triagem neonatal é a investigação de distúrbios congênitos originários de alterações no DNA, seu nome popular, teste do pezinho. No Brasil há uma legislação (portaria 822 do Ministério da Saúde de 2001) que diz que toda criança recém-nascida tem que fazer o teste básico para triagem de doenças congênitas. Estas doenças são: fenilcetonúria (PKU), hipotireodismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias e fibrose cística (SAUDE MS 2009).
O teste do pezinho deve ser feito após 48 do nascimento da criança, pois se feito antes ele pode apresentar resultados falso negativo em muitas das situações. E também, porque neste período a criança já deve ter iniciado sua alimentação a base de leite o que acusará distúrbios metabólicos ou não (FLEURY em 27 de maio de 2009).
No exame básico, são coletadas 3 gotinhas de sangue do calcanhar do RN em papel filtro para a análise bioquímica. Existem variações deste teste, intermediário (21-hidroxilase, galactosemias, Glicose 6 Fosfato Desidrogenase e biotinidase) e o estendido (perfil de aminoácidos e perfil de acilcarnitinas), onde há mais testes envolvidos então são necessárias mais amostras de sangue (7 picotes em cada um deles) (FLEURY em 27 de maio de 2009).
2.2Fenilcetonuria. Também conhecida pela sigla PKU tem caráter autossômico recessivo. De menor freqüência em asiáticos e afro-descendentes é causada pela deficiência na fenilalanina-hidroxilase (enzima hepática) que converte fenilalanina em tirosina. Como conseqüência temos um elevado teor de fenilalanina no sangue com um concentração sérica de tirosina baixa. Na urina aparece o acido fenilpirúvico pela transaminação da fenilalanina em excesso. (RAVEL, 1997)
Os fenilcetonúricos não identificados nos exames de triagem desenvolvem um retardo mental marcante ( com QI’s abaixo de 20) e um EEG anormal. As demais manifestações clinicas não são características podendo apresentar vômitos constantes, rebeldia, irritabilidade acentuada (lactentes apresentam choro constante), urina com cheiro de rato, defeitos físicos (pés planos, incisivos afastados, cabeça pequena), cabelos loiros e finos, pele clara, olhos azuis (défict de formação de melanina), hipertonicidade muscular, alteração de marcha, tremores (MUSTACCHI & PERES, 2000).
A triagem neonatal é feita pelo teste de Guthrie da inibição do crescimento bacteriano. O tratamento é a base de dieta isenta de fenilalanina (RAVEL, 1997).
2.3 Hipotireoidismo congênito. Ocorre a baixa ou não produção de T4 por vários motivos variados. É uma doença autossômica recessiva (MUSTACCHI & Peres, 2000).
Icterícia prolongada e recorrente, atraso na queda do coto umbilical, hérnia umbilical, choro rouco, respiração ruidosa, dificuldade para se alimentar, macroglossia, congestão nasal, constipação, letargia, pele seca, fria e pálida com levedo reticulares, bradicardia, hipotonia,mixedema, anemia, cabelos secos e quebradiços, hipotermia, cianose, atraso na erupção dentária (3ª POLICLINICA).
Se o diagnóstico não for realizado precocemente acarreta retardo mental irreversível, pois atinge uma fase crucial no desenvolvimento do SNC e formação de mielina com a chamada “fáscies cretina”. Ocorre déficit de crescimento com atraso importante da idade óssea (3ª POLICLINICA)
Os casos de hipoireoidismo congênito são acarretados na maioria dos casos por disgenesias tireoidianas, sendo mais prevalentes os casos de ectopia e não cursam com bócio (3ª POLICLINICA).
O diagnostico no teste do pezinho é feito pela dosagem de TSH nas tiras de papel filtro com sangue do recém nato. Altas quantidades indicam a falta de T4 estimulando a produção de TSH. Confirmado o hipotireoidismo, é tratado com a reposição do hormônio (MUSTACCHI & PERES, 2000).
2.4 Anemia Falciforme. Defeito nas proteínas de membrana, faz com que o eritrócito fique em forma de foice (drepanocito). A observação de tal ocorrência, de maior prevalência em afro-descentes confirma o diagnostico de falcização dos eritrócitos que levarão á uma anemia hemolítica. Não há cura, mas pode ser monitorada durante o longo da vida. (RAVEL, 1997).
2.5 Fibrose cística. De caráter autossômico recessivo ocorre
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