Esclerose Lateral Amiotrófica

Esclerose Lateral Amiotrófica

A Esclerose Lateral Amiotrófica, também conhecida como ELA é uma doença neurodegenerativa

progressiva que atinge os neurónios motores do córtex cerebral, tronco encefálico e medula

espinal. No decorrer da doença, os sintomas costumam ser leves e delicados e passam

desapercebidos na maioria dos casos. Esta doença causa um declínio progressivo dos movimentos

e controle dos músculos, começando pelas mãos, braços, pernas e na musculatura responsável

pela fala, deglutição ou respiração. A ELA é caracterizada pela perda de força muscular

esquelética e atrofia devido ao processo degenerativo dos neurônios motores.

Os neurónios motores são responsáveis por transmitir o impulso nervoso do sistema nervoso

central, para os músculos voluntários ou esqueléticos, A ELA é definida pela deterioração

progressiva dos neurónios motores superiores e inferiores do SNC. Os neurónios motores

superiores são células nervosas localizadas na parte frontal do cérebro e estendem-se até à

extremidade superior da medula espinal, e os neurónios motores inferiores estendem-se da medula

espinal para todo o tronco e membros, e ambos os neurónios servem como unidades de controle

e de ligação entre o sistema nervoso e os músculos voluntários do corpo. As mensagens dos

neurónios motores cerebrais (neurónios motores superiores) são transmitidos aos neurónios

motores na medula espinal (neurónios motores inferiores). Na ELA, tanto os neurónios motores

superiores como os inferiores se degeneram ou morrem e deixam de enviar mensagens aos

músculos. Impossibilitados de funcionar, os músculos gradualmente debilitam-se e gastam-se

(atrofia) e se contraem momentaneamente e involuntariamente.

Mesmo com as limitações físicas, a pessoa com ELA continua com suas capacidades mentais

inalteradas, mantendo as habilidades cognitivas e intelectuais. Um exemplo disso é o astrofísico

Stephen Hawking que, mesmo com a doença ELA, foi capaz de elaborar inúmeras teorias sobre

o surgimento do Universo.

Esta doença afeta apenas os neurónios motores, logo não deteriora a função cognitiva, ou seja, a

atenção, a memória, a linguagem, e a percepção do indivíduo. Esta doença não afeta as funções

sensitivas, como os sentidos da visão, olfato, paladar, ouvido ou tato. Os doentes, geralmente,

mantêm o controle dos músculos dos olhos e das funções da bexiga ou dos intestinos.

A maioria