Fisioterapia motora na Esclerose Lateral Amiotrófica: Estudo descritivo de quatro protocolos de intervenção
Por: Marilia Ferri • 2/7/2018 • Trabalho acadêmico • 856 Palavras (4 Páginas) • 489 Visualizações
Fisioterapia motora na Esclerose Lateral Amiotrófica: estudo descritivo de quatro protocolos de intervenção
RESUMO
O pesquisador buscou investigar e descrever quatro protocolos fisioterapêuticos propostos para pacientes com Esclerose Amiotrófica Lateral (ELA), sob o ponto de vista da independência funcional individual do paciente, onde o método utilizado foi acompanhar um dia de atendimento fisioterapêutico de todos os participantes e descrever os protocolos utilizados nos mesmos, pelo fisioterapeuta responsável, utilizou-se para caracterizar o nível funcional dos participantes no dia da visita e após 6 meses de tratamento fisioterapêutico a Medida de Independência Funcional (MIF), os resultados obtidos foram que em dois se observou que os protocolos aplicados parecem estabilizar o nível de independência funcional, em um, que a fisioterapia pareceu não intervir no curso progressivo da doença e no outro que o ambiente domiciliar pode atuar de forma positiva ao protocolo escolhido e desenvolvido. Concluiu-se que diante de uma doença progressiva, a fisioterapia motora contribui favoravelmente com a independência funcional dos pacientes, respeitando a característica clínica desta patologia.
INTRODUÇÃO
A doença foi descrita e caracterizada pela degeneração de motoneurônios superiores e inferiores que desencadeia uma perda progressiva da ação muscular que vai interferir diretamente na funcionalidade, na vida do paciente, se tem prevalência em homens, o óbito geralmente é causado por falência respiratória. A etiologia ainda não foi esclarecida, mas existem estudos que apontam que ela seja multifatorial e também pode estar ligada a atividades físicas intensas, durante a vida do indivíduo e as alterações levam morte neuronal causando anormalidades clínicas e morfológicas observadas nesta doença. Conforme o avanço nos sintomas da doença, o paciente sofre um declínio na sua independência funcional, causada pela fraqueza muscular o incapacitando de praticar suas atividades cotidianas, nesse momento a fisioterapia entra com um plano de tratamento, com o propósito de minimizar a progressão de sintomas, promover qualidade de vida e independência funcional. O fisioterapeuta deve manter o nível de atividade física em uma janela terapêutica que evite a atrofia por desuso, assim como evite o dano à fibra muscular por excesso de exercício, pois existem muitas contradições em estudos sobre o que é realmente eficaz como tratamento pra ELA, por isso deve-se sempre procurar novos estudos, com novas informações comprovadas que são eficazes. Portanto buscou-se os protocolos utilizados e como o paciente reagia a cada proposta fisioterapêutica no ponto de vista da independência funcional.
MÉTODO
Amostra
Foi um estudo de caráter descritivo, onde foram selecionados 04 indivíduos do sexo masculino com diagnóstico de ELA, todos com consentimento próprio e dentro dos critérios estabelecidos, para o estudo de protocolos fisioterapêuticos e da independência funcional nesta patologia, para que o resultado final fosse somente focado na ELA, sem interferência de outras doenças.
Procedimento
Cada paciente passou inicialmente por uma avaliação sócio-demográfica e neurofuncional, logo após essa avaliação, foi solicitado um dia de visitas as clínicas de cada paciente para a visualização e descrição dos protocolos utilizados por cada fisioterapeuta, Durante a visita, foi preenchido uma ficha de investigação de protocolos fisioterapêuticos para pacientes com ELA de acordo com o observado e relatado pelo Fisioterapeuta. Após seis meses o paciente era reavaliado, em busca de mudanças e não só a manutenção da funcionalidade. Foram colhidas informações gerais sobre cada paciente. O nível de independência funcional foi avaliado através da Medida de Independência Funcional (MIF) que é confiável e capaz de verificar o desempenho dos indivíduos em tarefas do dia-a-dia, esse instrumento de avalição é dividido em 18 categorias e cada categoria pode ser subdivida, porém este estudo utilizou somente 04 categorias, cada uma com sua subdivisão, cuidados pessoais, controle dos esfíncteres, transferências e locomoção, pois estão ligadas aos movimentos funcionais e cada elemento avaliado possui de 01 a 07 pontos, onde 01 é o mínimo e a pessoa é totalmente dependente de ajuda e 07 é o máximo e a pessoa possui independência completa. Quanto a investigação dos protocolos fisioterápicos, utilizou-se uma ficha que descreveu questões como tempo de tratamento, frequência semanal, duração de tratamento por sessão, local de tratamento, quais tipos de exercícios eram aplicados bem como quantas séries e repetições eram feitas para cada exercício.
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