Eutanasia
Trabalho Universitário: Eutanasia. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: alinesimioni • 25/4/2013 • 4.069 Palavras (17 Páginas) • 846 Visualizações
EUTANÁSIA EM ENFERMO TERMINAL: CONCEPÇÕES DE MÉDICOS E
ENFERMEIROS INTENSIVISTAS1
RIBEIRO, K.V.2
SOARES, M.C.S.3
GONÇALVES, C.C.4
MEDEIROS, I.R.N.5
SILVA, G.6
RESUMO
A eutanásia tinha um significado de morte honrosa, sem sofrimentos atrozes, bonita,
atualmente tomou uma definição diferente, sendo, portanto definida como o emprego ou
abstenção de procedimentos que possibilitem antecipar ou provocar o óbito de um paciente
com doença incurável na intenção de livrá-los dos intensos sofrimentos que o acometem.
Embora se tenha evoluído consideravelmente as discussões a respeito, ainda se receiam
falar sobre a mesma, principalmente entre profissionais de saúde uma vez que o artigo 66º
do Código de Ética de Medicina é vedado ao médico a utilização, em qualquer situação,
meios a fim de abreviar a vida do paciente, mesmo que a pedido deste ou de seu
responsável legal. Porém, percebe-se que o profissional de saúde encara certo grau de
dificuldade para admitir que não há mais “nada” para fazer pelo paciente. Sendo assim, é
comum que tal profissional lute para manter o paciente vivo, colocando-o em uma situação
de desnecessário sofrimento. Dessa forma, alguns profissionais que trabalham em
Unidades de Terapia Intensiva, a exemplo de enfermeiros e médicos, tem visões diversas
sobre o tema, levando a questionamentos a favor e contra essa prática. Portanto, este
trabalho teve como objetivo principal investigar percepções de enfermeiros e médicos
intensivistas, no tocante a prática da eutanásia em enfermos terminais. Trata-se de uma
pesquisa descritiva, exploratória com abordagem qualitativa realizada entre novembro e
dezembro de 2009 em duas unidades de terapia intensiva no município de Campina Grande
– PB. Participaram do estudo 3 médicos e 10 enfermeiros intensivistas, através da
entrevista semi-estruturada, só sendo operacionalizada após anuência do comitê de ética e
pesquisa do CESED. Os dados foram analisados através da análise categorial temática
proposta por Bardin (1997). Os discursos possibilitaram o surgimento de duas categorias, a
saber: Concepções acerca da eutanásia; Posicionamento em relação a prática da eutanásia.
Os resultados apontam que os enfermeiros e médicos intensivistas reconhecem os
sentimentos atrozes vivenciados pelos pacientes irreversíveis. Porém não optam por meios
como as práticas da eutanásia, voltadas a minimização de tais sofrimentos, uma vez que
infringiria principalmente os aspectos jurídicos, religiosos e éticos que lhe são
impostos.Dessa forma, consideramos que a eutanásia ainda é um tema bastante polêmico e
1 Parte Integrante da Monografia intitulada: Percepções de Enfermeiros e médicos atuantes na unidade de
terapia intensiva sobre eutanásia e enfermo terminal.
2 Enfermeira, graduada pela Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande - PB
3 Enfermeira, mestranda pelo programa de pós graduação pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB.
Integrante do Grupo de Pesquisa em Saúde da Mulher – GEPSAM. Docente da Faculdade de Ciências
Médicas de Campina Grande – PB.
4 Enfermeira, doutoranda pelo Programa de Ciências e Tecnologia da UFCG. Coordenadora do Comitê de
ética do CESED. Docente do curso de enfermagem da Faculdade Ciências Médicas de Campina Grande –
PB.
5 Relatora: Aluna do sexto período do curso de enfermagem da Faculdade Ciências Médicas de Campina
Grande – PB.
6 Aluna do sexto período do curso de Enfermagem da Faculdade Ciências Médicas de Campina Grande – PB.
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carece de discussões maiores principalmente em se tratando de enfermos em estado
terminal.
Palavras chaves: Eutanásia; enfermo; enfermeiro
1 INTRODUÇÃO
Para falar de vida e morte é necessário fazer algumas abordagens sobre o
significado de vida e morte. O surgimento da vida é afirmado por alguns a partir da
fecundação, outros acreditam que a nidação (fixação do ovo no útero) e a cerebralização
(formação do córtex cerebral) é o momento em que a vida se inicia já alguns se firmam na
tese de que não há um momento exato, seria uma construção, ou seja, um processo. Ainda
há aqueles que compreendem a aceitação do indivíduo na sociedade como o ponto inicial
da vida. Segundo o mesmo autor, com relação ao profissional de enfermagem a teoria
defendida é a concepcionista, que respeita a vida desde a fecundação até a morte. 1
O momento de estabelecer a presença da morte é discutível por várias correntes. É
mais difícil do
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