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FLORA DA BAHIA – PROTEACEAE

Por:   •  8/5/2018  •  Relatório de pesquisa  •  4.589 Palavras (19 Páginas)  •  329 Visualizações

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FLORA DA BAHIA – PROTEACEAE

Mauricio de Souza Silva1, Luciano Paganucci de Queiroz2

¹Bolsista iniciação cientifica – IC Programa Especial de Taxonomia CNPq, Graduando em Bacharelado Ciências Biológicas, Universidade de Feira de Santana UEFS,.2Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS; Departamento de Ciências Biológicas, Feira de Santana, BA, Brasil. mauriciobio@live.com.

Resumo- (Flora da Bahia: Proteaceae)  Proteaceae é representada no Estado pelos táxons: Euplassa bahiensis (Meisn.) I.M.Johnst., E. inaequalis (Pohl) Engl., E. incana (Klotzsch) I.M., Johnst., E. legalis (Vell.) I.M. Johnst., Panopsis rubescens (Pohl) Rusby, Roupala caparoensis Sleumer, R. consimilis Mez ex Taub., R. montana Aubl., R. paulensis Sleumer., R. rhombifolia Mart. ex Meisn., e R. thomesiana Moric. São apresentadas as descrições e comentários para as espécies e gêneros. Além da sua distribuição geográfica no estado.

Palavras-chave: Flora, Bahia, Proteaceae, descrição, morfologia.

Abstract-(Flora of Bahia: Proteaceae) –Proteaceae is represented in Bahia by Euplassa bahiensis (Meisn.) I.M.Johnst., E. inaequalis (Pohl) Engl., E. incana (Klotzsch) I.M. Johnst., E. legalis (Vell.) I.M. Johnst., Panopsis rubescens (Pohl) Rusby, Roupala montana Aubl., R. consimilis Mez ex Taub., R. paulensis Sleumer., R. rhombifolia Mart. ex Meisn., and R. thomesiana Moric. Descriptions and comments of species and genera are presented, as well as their geographical distribution in the State.

Key words: Flora, Bahia, Proteaceae, description, morphology.

Introdução

Proteaceae ocorre predominantemente em regiões tropicais e subtropicais, principalmente na Austrália e na África do Sul, incluindo cerca de 80 gêneros e 1600 espécies. No Brasil, a família inclui três gêneros e cerca de 40 espécies (Amorim & Prance 2014).

As principais características da família são: árvores ou arbustos; folhas alternas, raramente opostas ou verticiladas, simples ou compostas, frequentemente pinatissectas, sem estípulas; inflorescência racemo, pseudorracemo, espiga, umbela, glomérulo ou capítulo; flores monoclamídeas, bissexuadas, zigomorfas ou actinomorfas, hipóginas ou períginas; cálice geralmente tetrâmero, geralmente gamossépalo, mas frequentemente partido em um dos lados ou com três sépalas unidas e uma livre, prefloração valvar; androceu isostêmone, estames opositissépalos, geralmente unidos ao cálice, anteras rimosas; ovário súpero, unicarpelar, placentação marginal, uni ou biovulado, raramente pluriovulado; fruto folículo, noz, aquênio ou drupa (Souza & Lorenzi 2012).

As famílias atualmente incluídas em Proteales (Proteaceae, Nelumbonaceae, Sabiaceae e Platanaceae; APG 3, 2009) são morfologicamente muito divergentes e, por isso, eram classificadas em grupos distintos. Por exemplo, Cronquist (1998) posicionou Nelumbonaceae em Nymphaeales, Sabiaceae em Ranunculales (ambas na subclasse Magnoliidade), Proteaceae em Proteales (subclasse Rosidae) e Platanaceae em Hamamelidales (subclasse Hamamelidae). No Brasil, estão representadas as famílias Proteaceae e Sabiaceae.

No Brasil, a família está representada por 33 espécies, das quais 23 são endêmicas do Brasil, pertencentes a três gêneros: Euplassa Salisb. (14 espécies / 11 endêmicas do Brasil), Panopsis Salisb. (3 / 1) e Roupala Aubl. (16 / 11). A maior riqueza do grupo está associada a florestas tropicais úmidas, ocorrendo 3 gêneros e 22 espécies na Mata Atlântica e na Amazônia (3 / 12), seguido do Cerrado (3 / 11) (Amorim & Prance 2014).

O valor econômico das espécies de Proteaceae do Brasil restringe-se a poucas espécies nativas que proporcionam madeiras de boa qualidade destacando-se Roupala montana var. brasiliensis Klotzsch e Euplassa cantareirae Sleumer. Segundo Pickel (1962) a madeira de R. montana var. brasiliensis é utilizada na confecção de mobílias, marchetaria, bengalas, torneiras e obras internas, e a madeira de E. cantareirae é aproveitada na aeronáutica (Rodrigues 1995). As espécies do gênero Grevillea são usadas para ornamentação, suas flores enfeitam praças e calçadas. Proteaceae também inclui espécies comestíveis, como a macadamica (Macadamia integrifólia), um gênero introduzido no Brasil, cujo cultivo tem crescido intensamente nos últimos anos. As sementes desta espécie, após torradas e salgadas, são comercializadas e consumidas de forma semelhante à castanha-de-caju, ainda são utilizadas em preparos de cosméticos.

Entre as Proteaceae nativas, destacam-se as espécies de Roupala com notável heterofilia, sendo as folhas dos ramos vegetativos pinatissectas e as dos ramos floríferos inteiras. As espécies deste gênero são conhecidas popularmente por “carne-de-vaca”, graças ao odor que se desprende dos ramos quando removidos. Outro nome popular para as espécies deste gênero é “carvalho-brasileiro”. Roupala montana  é a mais comum no Brasil, ocorrendo tanto em formações abertas quanto florestais. No cerrado e nos campos rupestres é comum Roupala montana Aubl., ao passo que nas florestas da Bahia ao Paraná, Roupala montana var. brasiliensis Klotzsch é a mais comum (Souza & Lorenzi 2012).

De acordo com Brandão (1998), Roupala montana tem na produção madeireira sua principal forma de exploração, sendo comumente empregada nas construções de obras rústicas. Dentre as utilidades da espécie destaca-se também a aplicabilidade medicinal de sua casca. Esta, sob a forma de infusão, é utilizada para limpeza de feridas e contra ulcerações.

Na lista da Flora do Brasil estão registradas 7 espécies da família no estado da Bahia: Euplassa bahiensis (Meisn.) I.M.Johnst., E. inaequalis (Pohl) Engl., Panopsis rubescens (Pohl) Rusby, R. consimilis Mez ex Taub., R. montana Aubl. (com três variedades), R. paulensis Sleumer, e R. thomesiana Moric. As espécies Euplassa bahiensis e Roupala thomesiana, são endêmicas da Bahia (Amorim & Prance 2014).

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