Feridas
Artigo: Feridas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: isabel.serena • 12/10/2014 • Artigo • 1.221 Palavras (5 Páginas) • 382 Visualizações
ARTIGO ORIGINAL
Resumo
Recebido em 28.01.2008
Aceito em 13.05.2008
Não há conflito de interesse
Palavras-chave
Abstract
Keywords
O cuidado com feridas é uma atividade do cotidiano do enfermeiro. Entretanto, esse cuidado esbarra naquestão da autonomia desse profissional em suas atividades junto aos pacientes portadores de feridas. Opropósito deste estudo é avaliar a Legislação de Enfermagem brasileira sobre a autonomia do Enfermeiro nocuidado de feridas na perspectiva da prevenção e tratamento. Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratóriacujas fontes de pesquisas foram os sites dos Conselhos Regionais de Enfermagem (CORENs) da Federaçãobrasileira e o site do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), bem como textos que versem sobre oassunto. Constata-se escassez de legislação acerca da autonomia do enfermeiro no tratamento de feridas;uma vez que apenas 11 documentos foram compilados os quais estão distribuídos entre seis CORENs.
Cicatrização de Feridas; Autonomia Profissional; Ética de Enfermagem; Legislação de Enfermagem; Cuidadosde Enfermagem.
Wound care is a daily activity for the nurses. However, this care is limited to these professionals when theissue is their autonomy mainly in relation to activities with the patients with wounds. The purpose of thisstudy is to evaluate the Legislation of Brazilian Nursing on the Nurse’s autonomy in the wound care accordingto prevention and treatment. It is an exploratory descriptive research whose sources were the sites ofRegional Council of Nursing (CORENs) of the Brazilian Federation and the site of Federal Council of Nursing(COFEN) as well as texts dealing with this subject. Legislation shortage was observed concerning thenurse’s autonomy in the wound treatment; once only 11 documents were compiled which are distributedamong six CORENs.
Wound Healing; Professional Autonomy; Nursing Ethics; Nursing Legislation; Nursing Care.
Introdução
Na história do tratamento de feridas, desde os tempos antigos,observa-se grande preocupação do homem em manter sua saúde,sua integridade física. Com os avanços tecnológicos, na áreado cuidado aos portadores de feridas, obteve-se uma ascensãoquanto aos produtos e métodos utilizados. Quanto aoscuidadores, surgiu a necessidade da busca por um melhorpreparo técnico-científico condizente com as novas tendênciase perspectivas. A enfermagem sempre esteve inserida no papelde principal cuidador de lesões de pele desde seu surgimentocomo profissão1.
Embora as pesquisas sobre tratamento de feridas recebamgrande destaque nas publicações de enfermagem, o mesmo nãoocorre nas publicações médicas2 demonstrando que aresponsabilidade do tratamento e prevenção de feridas vemsendo atribuída ao enfermeiro, devendo ele avaliar a lesão eprescrever o tratamento mais adequado, além de orientar esupervisionar a equipe de enfermagem na execução do curativo.É necessário que o enfermeiro perceba que essas competênciassão intrínsecas ao seu cotidiano.
No entanto, é importante considerar que o tratamento deve serdirigido não apenas a lesão mas, sim ao indivíduo como umtodo. Para que isso ocorra o profissional deve ter além dacompetência técnica, competência humana3.
A prática de cuidados a pacientes portadores de feridas é umaespecialidade dentro da enfermagem, reconhecida pelaSociedade Brasileira de Enfermagem Dermatológica (SOBEND)e Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST) e, ao mesmotempo é um desafio que requer conhecimento específico,habilidade e abordagem holística.
Com o passar dos anos os enfermeiros estão identificandogradualmente, e organizando uma abordagem sistemática eterapêutica para a pele e cuidados com feridas, alcançando umaautonomia para a profissão nesta área.
Nesse sentido, autonomia profissional tem sido, ao longo dotempo e da evolução da enfermagem, um tema importante àcompreensão da profissão, tanto na definição de seus desafiose objetivos como na forma em que os enfermeiros se relacioname se apresentam para a equipe de saúde e para a sociedade emgeral4.
O enfermeiro e o tratamento de feridas: em busca da autonomiado cuidadoNurses and wound treatment: searching for care autonomyAdriano M. Ferreira1; Daiane D.D. Bogamil2; Paula C. Tormena21Enfermeiro, Professor Doutor*; 2Enfermeira**Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Câmpus Três Lagoas.
106 Arq Ciênc Saúde 2008 jul-set;15(3):105-9
escassez de legislação acerca da autonomia do enfermeiro no
tratamento de feridas, conforme se observa no Quadro 1.
Quadro 1- Descrição dos estados brasileiros e respectivas
legislações sobre autonomia do enfermeiro no tratamento de
feridas. Três Lagoas. 2007.
Corens Legislação
Distrito Federal Parecer Coren-DF nº 004/2007
Parecer técnico nº 005/2003
Parecer técnico nº 006/2000
Minas Gerais Parecer Técnico nº 06/06
Parecer técnico nº 20/07
Deliberação Coren-MG 65/00
Pernambuco Parecer n° 008/2005
Rio de Janeiro Parecer técnico nº 004/1994
Santa Catarina Parecer Coren-SC nº 021/AT/2004
São Paulo Parecer: Desbridamento: aspectos legais e
técnicos
Parecer: Curativos: aspectos legais e
técnicos
A autonomia pode ser definida como liberdade, independência
e bom senso que permite ao profissional tomar decisões e
cumprir tarefas, a fim de alcançar melhores resultados no
trabalho5.
Outra definição de autonomia vinculada a enfermagem pode
ser descrita como a faculdade que tem o enfermeiro de
autodeterminar-se dentro da equipe de saúde, no exercício
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