Histoplamose DANI
Por: bulbov • 7/4/2016 • Trabalho acadêmico • 889 Palavras (4 Páginas) • 309 Visualizações
Histoplamose
É uma micose sistêmica, causada por uma infecção fungica proveniente do fungo Histoplasma Capsulatum, no qual pode se manifestar na forma assintomática ou na forma de doença disseminada e letal.
Existe duas variedades conhecidas desse fungo que causa Histoplasmose, o fungo A Var Capsulatum e o fungo A Var Duboisii, no qual, ambos tem em sua estrutura dupla morfologia com característica térmica de proliferação, onde somente é possível destinguir cada fungo quando já esta em fase leveduriforme.
O Histoplasma Capsulatum pode ser encontrado no solo em fase micelial e pode se converter em fase leveduriforme, ou seja, quando o fungo se prolifera e forma colônias pastosas, podendo ser visto microscopicamente depois de ser levado a temperatura corpórea ou sofrer incubação de 37°C.
O microorganismo desse fungo esta presente em solo orgânico, com PH ácido e contaminado por fezes de aves e morcegos. É um fungo de alta capacidade de infecção, porem de baixa patogenicidade, podendo se agravar e ate levar a morte indivíduos com algum comprometimento em seu sistema imunológico, como os imunossupressores, imunodeprimidos e imunodeficientes.
Na maioria das vezes a infecção acontece pela inalação de conídeos de fase filamentosa do fungo, onde se aloja nos alvéolos pulmonares e, a partir dai gerando uma reação do nosso sistema de defesa primário, onde os macrófagos fazem a fagocitose desses microorganismos, porém não tendo capacidade de destruir o invasor inicia-se então a fase leveduriforme do fungo no parênquima pulmonar, podendo invadir os linfonodos ilomediastinais e assim disseminando para órgãos como Baço, Fígado, Medula óssea tubo digestivo, entre outros, através da corrente sanguínea.
Após a 2ª ou 3ª semana do inicio da infecção, o nosso sistema de defesa desenvolve uma resposta celular do tipo Th1, onde irá estimular outras citocinas que ativam os macrófagos que, a partir desse momento começam a lisar as leveduras promovendo a formação de granulomas epiteliódes em seu interior, tendo a capacidade de formar uma necrose cascosa nas células grandes e em seguida fibrosar e calcificar.
Pacientes com transplante renal, pacientes com linfoma, pacientes hepáticos e principalmente pessoas que fazem uso de corticosteróides como os portadores do vírus HIV, podem desenvolver quadros graves de disseminação, pois havendo reincidência da doença não manifestada anteriomente, exige com que o sistema de defesa seja mais eficiente, onde nesses casos já não é possível devido ao comprometimento imunológico do paciente.
A Histoplasmose pode se apresentar na forma sintomática e assintomática, onde na manisfestação assintomática houve uma reação de anticorpos específicos que geram resposta imune que leva a cura da infecção na fase primária da contaminação.
A infecção por esse agente etiológico pode evoluir para um quadro clinico de Infecção Pulmonar Aguda, Infecção Pulmonar Crônica e Infecção Disseminada, tendo como sintomas mais comuns a febre alta, calafrios, cefaleia, tosse constante, falta de apetite, e dores musculares que surgem a partir do quadro de infecção pulmonar aguda, podendo evoluir para falta de ar, sudorese constante e tosse com sangue em casos mais severos.
O diagnóstico para identificação da histoplasmose consiste em exames específicos, e podem ser realizados através de exame sorológico, onde há a coleta de sangue e urina para se analisar a presença do antígeno polissacarídeo do fungo no soro coletado, através de biópsia dos tecido do pulmão, linfonodos, da pele, do intestino e da medula óssea, onde pode ser detectado a presença de granulomas epitelióides de aspecto sarcóide, onde os microorganismos podem ser vistos dentro das células de defesa.
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