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Levantamento da Meio Fauna Marinha da Praia do Olho d’ água, Ilha de São Luis, Maranhão, Brasil

Por:   •  22/5/2020  •  Projeto de pesquisa  •  2.190 Palavras (9 Páginas)  •  320 Visualizações

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SUMÁRIO

  1. RESUMO ...................................................................................................3
  2. INTRODUÇÃO .........................................................................................4
  3. OBJETIVOS ..............................................................................................5
  4. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA.............................................................6
  5. METODOLOGIA.......................................................................................7
  6. ETAPAS REALIZADAS.........................................................................10
  7. RESULTADOS E DISCUSSÕES..........................................................11
  8. CONCLUSÃO...................................................................................11
  9. ETAPAS A SEREM REALIZADAS.....................................................11
  10. CRONOGRAMA...................................................................................12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................13

I. RESUMO

Os tipos de organismos que constituem a meiofauna pertencem a um conjunto muito amplo de filos de invertebrados, sendo que alguns estão representados somente por umas poucas espécies. Segundo Giere (1993), um dos principais fatores que influenciam a distribuição da meiofauna é: estrutura do sedimento, tamanho dos grãos, salinidade, entre outros. No Brasil, estudos sobre a meiofauna vêm sendo desenvolvidos principalmente em ambiente marinho (Medeiros, 1989; Esteves & Fonseca-Genevois, 1997; Corbister et al., 1996; Netto et al., 1999; Pinto, 1998; dentre outros). Nenhum trabalho sobre a meiofauna foi realizado até o momento para o litoral do Maranhão.

Para a realização do estudo, aproveitaremos as marés diurnas mais baixas do período. Uma vez na localidade, coletaremos as amostras mais próximas da linha de maré, evitando a linha de batimento das ondas. Escolhemos um pontos desta praia, no qual coletaremos três réplicas de sedimento utilizando seringas de plástico de 60 ml. As seringas seccionadas na sua parte superior, serão introduzidas verticalmente, no sedimento. Posteriormente colocaremos o êmbolo para produzir um efeito ventosa e poder assim extrair o sedimento. As amostras de meiofauna serão colocadas em frascos de plásticos sem nenhum tratamento, fechadas hermeticamente e transportadas ao laboratório em uma caixa de isopor para que não haja alterações de temperatura, com o propósito de que os animais cheguem vivos ao laboratorio e em seguida seja realizado a separação destes invertebrados marinho em peneiras.

II. INTRODUÇÃO

Os grãos de areia que formam os sedimentos deixam entre si pequenos  ocos ou espaços, chamados interstícios que estão ocupados fundamentalmente por água, junto comum a pequena quantidade de ar. Estes espaços formados são, geralmente, muito pequenos e constituem o meio em que vive uma fauna peculiar: trata-se de um habitat altamente especializado que exige dos organismos adaptações morfológicas e funcionais especiais como tamaño reduzido, modificação da forma do corpo, proteção mecânica, pigmentação, órgãos estáticos, sistemas de fixação e redução das gônadas. Constituem, portanto, a “fauna intersticial”.

Além das modificações producidas na forma e na arquitetura do corpo, existe também uma série de transformações relacionadas ao modo de vida e que estão ligadas às anteriores. As mais importantes afetam a locomoção, a alimentação e a reprodução (Besteiro& Rodríguez-Babío, 2002).

O termo “meiofauna” foi usado pela primeira vez por Mare (1942) para definir um diversificado conjunto de metazoos bentônicos, de tamanho intermediário entre a microfauna e a macrofauna, que devido a seu pequeno tamanho atravessam malha de 1 mm e ficam retidos por 0,01 mm (McIntyre, 1969). Para alguns autores como Nybakken (1980), a meiofauna compreende todos aqueles animais que atravessam malhas de 0,5 a1,0 mm e são retidos por malhas de 30 a 100 µm.

Os tipos de organismos que constituem a meiofauna pertencem a um conjunto muito amplo de filos de invertebrados, sendo que alguns estão representados somente por umas poucas espécies.

O tamanho dos grãos é também de grande importância porque controla a capacidade do sedimento em reter ou deixar circular a água. Os organismos meiofaunísticos são aquáticos e, portanto, requerem a presença de água nos interstícios do substrato para sobreviver. Além do tamanho dos grãos, influe também na circulação de agua através dos espaços do sedimento, o oxigênio, a temperatura, a salinidade, a ação das ondas e a penetração da luz.

A meiofauna constitue o componente melhor estudado dentre os biótopos intersticiais. Nos sedimentos mais finos e mais protegidos, a meiofauna temporal pode ser particularmente abundante durante certas estações, mas em situações de maior hidrodinamismo, onde a meiofauna é totalmente intersticial, as formas temporais são geralmente pouco importantes.

O tamanho do corpo tende a diminuir de acordo com o tamanho dos grãos e como consequência o tamanho dos poros também diminue (Swedmark, 1964). Muitas praias possuem areias grossas, com grãos de 200μm e com uma meiofauna exclusivamente intersticial.

A composição da meiofauna varia tanto vertical como horizontalmente. Os fatores que originam esta zonação são as diferenças no tamanho dos grãos e os fatores físico-químicos, particularmente a temperatura, o oxigênio e a salinidade.

A distribuição vertical da meiofauna está determinada pelo grau de drenagem e oxigenação do sedimento. O oxigênio é o principal controlador químico dos gradientes verticais em tais sistemas.

As migrações estão associadas principalmente a mudanças no conteúdo de humidade do sedimento; os animais com frequência se movem para cima e para baixo quando a maré sobe e os espaços se enchem de agua (McLachlanet al., 1977; Meineke&Westheide, 1979). Movimentos verticais similares foram verificados em resposta às chuvas e à bioturbação das ondas (Boaden, 1968). Estes movimentos mareais são mais marcados onde as areias estão bem drenadas e a fauna tem uma distribuição vertical profunda.

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