METODOLOGIA DE INSTRUMENTAÇÃO DE ENSINO DE CIÊNCIAS E DE BIOLOGIA

UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

TAINAH GIROLDO DE OLIVEIRA & ALINE JANAÍNA DOS SANTOS

Perfil praial e influências das ressacas na Ponta da Praia do município de Santos - SP

SANTOS[pic 2]

2015

UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

TAINAH GIROLDO DE OLIVEIRA & ALINE JANAÍNA DOS SANTOS

 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em graduação pelo Curso Ciências Biológicas da Universidade Santa Cecília.

Orientador: Profº. Me. Renan B. Ribeiro

Coorientador: Profº. Dr. Fábio Giordano

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2015

RESUMO

A ressaca é o aumento do nível do mar provocado pela elevação da maré astronômica e/ou maré meteorológica, acompanhado de ondas com amplitude maior que o normal. Neste trabalho serão realizadas medições na Ponta da Praia (Santos – SP), antes e após fenômenos de ressaca, para que seja possível realizar o perfil praial e analisar as alterações provocadas. Essas medições serão feitas através do teor de matéria orgânica, granulometria e inclinação da praia.

Palavras-chave: Ressaca, Perfil praial, Santos – SP.

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1.         INTRODUÇÃO

A baía de Santos, localizada na porção central do litoral de São Paulo, está orientada para Sul-Sudoeste, e é abrigada totalmente das ondas de Leste, parcialmente das ondas de Sudeste e exposta às ondas de Sul e Sudoeste. Canais estuarinos deságuam em seu interior, a Leste e Oeste. A região está sujeita à entrada frequente de frentes frias, devido à sua disposição geográfica, com entrada de ventos e correntes de direção Sul (MAGINI; HARARI; ABESSA, 2007).

A região costeira, situada na fronteira entre continente e oceano, é uma região de numerosas interações biológicas, químicas, físicas, geológicas e meteorológicas, proporcionando mudanças, tanto rápidas quanto lentas, no qual o mar atua alterando a forma e a configuração do continente. (SCHMIEGELOW, 2004)

Os processos litorâneos ligados à morfologia costeira e do fundo do mar resultam da combinação de forças naturais, ligadas a ondas, correntes, ventos e tectônicas, e antrópicas, ligadas à ação humana, principalmente em obras de Engenharia Costeira. Muito frequentemente, a costa é formada por material arenoso, que responde de modo bem rápido a estas ações por meio de fenômenos de transporte de sedimento. (ALFRDINI; ARASAKI, 2009)

A maré meteorológica é responsável pelo aumento ou diminuição do nível do mar em relação às marés astronômicas observadas em um dado local. Este fenômeno é geralmente mais importante quando os registros são maiores do que aqueles previstos pela maré astronômica, o que implica em intrusão de água do mar em local onde isso normalmente não ocorre. Nessas situações extremas, é comum ocorrer ondas de superfície com grande poder destrutivo, fenômeno conhecido por ressaca. (MARONE; CAMARGO, 1993).

Contudo, evidenciado a mudança nos sedimentos praiais após fenômenos de ressacas, o presente estudo visa obter qual a implicância desses eventos na faixa de areia da Ponta da Praia, localizada no município de Santos (SP).

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2. OBJETIVOS

2.1 Geral

O presente estudo visa realizar o perfil praial e analisar alterações na morfologia da praia provocadas por eventos de ressaca.

2.2 Específico

• Medir a inclinação da praia antes e após ressacas;
• Observar alterações no sedimento;
• Realizar a granulometria e coeficiente de trask;
• Medir a quantidade de matéria orgânica;
• Análise e comparação de dados das campanhas.

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3. METODOLOGIA

A região amostrada se localiza no último trecho de praia do munícipio de Santos – SP, nesse trecho foram dispostos sete transectos (Figura 1). Em cada transecto é medida a inclinação da praia, além de ser coletada uma amostra de sedimento na porção infralitoral, para realizar a granulometria e calcular o teor de matéria orgânica. Os transectos e interferências trópicas e antrópicas são fotografados para posterior comparação com as de mais campanhas.

Serão realizadas campanhas antes e após fenômenos de ressaca, preferencialmente nos dias e horários de marés mais baixas com ondas menores, para que não haja muita movimentação no sedimento.

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Figura 1 - Em destaque os pontos iniciais de cada transecto. (Fonte: Google Earth)

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3.1. Inclinação da praia

Inclinação praial é um método utilizado para medir a linha inicial de areia até onde se inicia a maré. Com esses resultados é possível determinar as ações de ondas num determinado ambiente costeiro em função do ciclo sazonal ou ressaca.

O método consiste em posicionar, verticalmente e paralelamente, duas balizas graduadas, a primeira é posta onde se inicia a faixa de areia, e a segunda posicionada aproximadamente a três metros desta. Com o auxilio de uma mangueira de nível é possível medir a diferença de altura correspondente ao nível inclinação entre as balizas, para certificar a distância exata entre as balizas usa-se uma trena. O procedimento é repetido em cada transecto, com o início na zona supralitoral e término na zona infralitoral. (Figura 2)

Com as medidas das diferentes alturas dos níveis das balizas, subtrai-se a medida da segunda baliza pela medida da primeira, somam-se os resultados e aplica a fórmula: tgα=c/d, onde o “c” é diferença entre as alturas dos níveis, e “d” é a distância entre as balizas, portanto “tgα” indica o valor do ângulo de inclinação, pelo valor de sua tangente ou pelo desnível linear em uma dada distância.

Desta forma, os resultados exibem uma diferença de nível indicando a inclinação da faixa de areia de cada transecto.