O REINO ANNELIDA
Por: Carolmabi • 24/4/2019 • Trabalho acadêmico • 878 Palavras (4 Páginas) • 569 Visualizações
REINO ANNELIDA
Annelida (do latim annellus, pequeno anel + ida, sufixo plural) é um filo de animais portadores de metâmeros, segmentados, o qual são divididos em três grupos: Polychaetas (muitas cerdas), Oligochaeta(poucas cerdas) e Hirudinea (ausência de cerdas).
Os anelídeos são chamados assim por terem seu corpo dividido em segmentos, ou seja, é dividido em anéis. O animal mais popular do filo dos Annelida é a minhoca. Ele não, entretanto, constituído exclusivamente por ela. Entre outros, estão inseridos nesse grupo os poliquetas e as sanguessugas. Os anelídeos são divididos em duas classes: Polychaeta e Clitellata, que é constituída pelas sub-classes Oligochaeta e Hirudinea.
Recentemente, alguns grupos que antes eram considerados filos independentes foram aceitos entre os anelídeos. Isso inclui Echiura, Sipuncula e um grupo constituído pelos filos antigos Pogonophora e Vestimentifera (= Siboglinidae). Embora hoje saibamos que eles são anelídeos altamente modificados, esses grupos são tão diferentes que receberam uma descrição detalhada ao fim deste capítulo. Hoje em dia, a classificação geral dentro do filo Annelida também tem passado por revisões significativas e ainda precisa ser estabelecida em definitivo. Análises de filogenética molecular e filogenômica demonstraram que os agrupamentos taxonômicos baseados na morfologia são inválidos em muitos casos. Tradicionalmente, os anelídeos eram divididos em três classes. Polychaeta constituíam o grupo mais numeroso e diversificado, enquanto os outros dois eram Oligochaeta (ou minhocas e seus parentes) e sanguessugas (Hirudinoidea ou Hirudinea). Hoje em dia, não restam dúvidas de que o parente mais próximo dos hirudinóideos é o grupo Lumbriculidae de água doce – um táxon que está incluído entre Oligochaeta, e essas classes mais antigas (Hirudinoidea e Oligochaeta) hoje são conhecidas como Clitellata, um táxon. Além disso, estudos demonstraram que Clitellata se originaram dentro das poliquetas, tornando o termo “Polychaeta” sinônimo de Annelida.
O corpo dos anelídeos é formado por quatro regiões: uma região pré-segmentar derivada da episfera larval; a região do prototróquio ao redor da boca; os segmentos corporais repetidos sequencialmente; e o pigídio posterior. A episfera (ver seção sobre Reprodução e Desenvolvimento) transforma-se no prostômio pré-segmentar, enquanto o prototróquio e a região oral originam o peristômio, região que circunda a boca. A segmentação corporal dos anelídeos é conhecida como metamerismo. A extremidade posterior extrema do corpo é o pigídio, que abriga o ânus e comumente tem alguns cirros. Como o prostômio, o pigídio não é segmentado e pode perfeitamente conter resquícios do corpo larval. A partir desse esquema básico, constrói-se a enorme diversidade de formas corporais encontradas nos anelídeos. A maioria dos anelídeos apresenta metamerismo e corpos cilíndricos acentuadamente alongados. Esses animais são triploblásticos, têm intestino completo e celoma espaçoso. As exceções com respeito ao metamerismo são os sipúnculos e os equiúros, nos quais isso é perdido. Em outros grupos, como os hirudinóideos e os mizostomídeos, o celoma é reduzido. O trato digestivo (perdido por alguns clitelados e por todos os siboglinídeos) está separado da parede corporal pelo celoma, com exceção daqueles em que a cavidade corporal foi secundariamente reduzida.
A visão atual da filogenia dos anelídeos traz a hipótese de que Oweniidae, Magelonidae, Chaetopteridae e Amphinomida formem um grado basal de quatro grupos principais e de que, no geral, sejam anelídeos homônomos, o que sugere que essa seja a condição primitiva do filo. Muitos outros, particularmente as formas tubícolas, têm grupos de segmentos especializados para diferentes funções e, por isso, são heterônomos. A especialização dos grupos segmentares (heteronomia) contribuiu expressivamente para a diversidade morfológica dos anelídeos. As propriedades hidráulicas das diversas configurações do celoma possibilitaram modificações correspondentes dos padrões de locomoção, responsáveis em parte pelo sucesso dos anelídeos em diversos hábitats.
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